As profissões do mercado financeiro são inúmeras e variadas: por isso eu reafirmo tantas vezes como este nicho vai muito além do que se costuma imaginar.

Se você está em dúvida sobre qual caminho seguir, ou precisa saber mais detalhes sobre cada profissão e cada instituição financeira, continue comigo, pois hoje eu trouxe um verdadeiro guia para te orientar neste setor! 

Quais as profissões do mercado financeiro?

Vamos começar pelas profissões? Elas podem ser bastante distintas entre si e exigirem perfis profissionais e certificações diferentes, dependendo de com quais públicos e produtos elas lidam. Bora conhecer?

Assessor de Investimentos

O conhecido AI da Ancord (antigamente chamado de AAI – Agente Autônomo de Investimentos). Este profissional é, em resumo, responsável por auxiliar terceiros a investirem de forma mais inteligente. Não é requisito ter graduação, é necessário ser aprovado na certificação financeira de AI da Ancord e se cadastrar na CVM.

Ao trabalhar desta forma, portanto, é necessário saber se comunicar bem e conhecer o mercado financeiro a fundo, para poder explicar aos clientes, por exemplo, as diferenças entre renda fixa e variável, o que são fundos de investimento, como as aplicações funcionam e quaisquer outros conhecimentos importantes para que seus assessorados compreendam seu trabalho e alcancem seus objetivos.

Desde 2023, esses profissionais não precisam mais necessariamente trabalhar junto a apenas uma corretora em função da Resolução CVM 178.

Analista de investimento

Apesar de a profissão de analista de investimento se assemelhar um pouco à atuação do AI – já que ambos têm relação próxima com investidores – o analista oferece um viés mais técnico.

O que acontece, nesse caso, é que este profissional deverá ajudar seus clientes a compor carteiras de títulos, bem como estudar e compreender o mercado financeiro e econômico para ajudá-los

Os analistas, inclusive, costumam lidar bastante com empresas. Por isso é tão importante que eles também dominem assuntos como finanças corporativas e contabilidade.

Para trabalhar desta forma, ter um curso superior é obrigatório Administração, Contabilidade e Economia são opções frequentes. Além disso, é necessário passar em uma das versões da certificação CNPI, da Apimec. Estas se dividem em:

  • CNPI: para analistas fundamentalistas;
  • CNPI-T: para analistas técnicos;
  • CNPI-P: para analistas que desejem trabalhar com ambas as frentes.

Analista de Private Equity

Ao contrário do mercado aberto de ações, o Private Equity se trata do investimento em empresas de capital privado. Nessa dinâmica, os investidores se tornam sócios do empreendimento. Além disso, não somente contribuem com recursos, mas também com expertise em gestão.

Por isso, o Analista de Private Equity precisa ter basicamente uma mente empreendedora. Isto é, sua rotina não incluirá somente tarefas relacionadas aos investimentos em si, mas também voltada para o crescimento e a administração dessas empresas, para que elas cresçam e se expandam.

Neste cenário, mais uma vez temos as graduações como obrigatórias. Ademais, cursos de especialização e certificações financeiras não são exigidos por lei, no entanto, é fato que um profissional mais qualificado terá muito mais chances de evoluir e aproveitar oportunidades.

Os selos mais apropriados para essa atuação são as versões da CNPI Apimec, CFP Planejar e CFA.

Analista de sell-side e buy-side

A principal missão do analista buy-side é vender sugestões de aportes. Este deve trabalhar junto a uma consultora ou empresa especializada em oferecer suporte financeiro – também conhecido como financial advisory. 

Assim, este profissional será responsável por esquadrinhar o mercado financeiro e desenvolver relatórios e apresentações explicativas para que as instituições realizem essa análise com os clientes. Por essa razão, tão importante quanto dominar este setor, o analista precisa saber se expressar e escrever com clareza, já que seu dia a dia consiste em desenvolver propostas persuasivas.

Já o analista sell-side fornece esses mesmos relatórios para o lugar no qual trabalha. Ademais, irá trabalhar principalmente com clientes institucionais, como Private Equity e gestoras de fundos. Em outras palavras, terá um contato maior com apenas uma parcela de mercado – aquela que potencialmente trará mais resultados para clientes específicos.

CNPI Apimec, CFP Planejar e CEA Anbima são as três principais certificações que serão exigidas para trabalhar dessa forma, seja como buy-side ou sell-side.

Analista Financeiro

O Analista Financeiro pode oferecer serviços tanto à empresas, quanto à famílias ou indivíduos. Sua função é auxiliar nas finanças de seus clientes de forma geral. Ou seja, mais do que administrar carteiras de investimentos, irá também traçar estratégias para:

  • Cortar gastos;
  • Economizar de forma inteligente;
  • Controlar fluxo de caixa;
  • Executar balanços e negociações;
  • Pagar contas;
  • Lidar com impostos.

Em outras palavras, este analista tem uma atuação bastante completa, ideal para quem é familiarizado com os mercados econômico e financeiro

Além de uma graduação, as certificações financeiras CFP Planejar e CGE/CGA Anbima são boas opções para quem deseja seguir essa carreira.

Bancário

O termo bancárioé utilizado para designar todos os profissionais que trabalham diretamente com as operações de um banco. Por isso, quem trabalha dessa forma pode ser:

As atribuições específicas vão depender de cada cargo, é claro. Entretanto, é certo que, de um jeito ou de outro, o bancário irá atender o público, analisar indicadores de desempenho, vender produtos financeiros, gerenciar equipes e lidar com crédito, por exemplo.

Para trabalhar em um banco, novamente um curso superior é fundamental, especialmente para quem deseja ingressar nesse tipo de instituição por meio de um estágio ou programa trainee

Outra exigência são as certificações financeiras. Sem ter pelo menos a CPA-10 Anbima, é improvável que você consiga começar sua carreira como bancário. Para cargos mais altos, outros selos serão exigidos, como CPA-20 e CEA.

Broker

O Broker é, resumidamente, um intermediador do mercado de ações. Este profissional deve lidar ao mesmo tempo com o comprador e o vendedor do título. 

Como o seu papel é apenas simplificar operações, ele deve trabalhar sob a tutela de uma instituição financeira e jamais interferir nas escolhas de ambas as partes envolvidas na transação. Ele pode apenas oferecer consultoria, dada a sua expertise.

A sua atuação é principalmente institucional. Isso porque negociadores não podem operar sozinhos na Bolsa de Valores, o que requer a presença de um terceiro elemento que possibilite este processo.

O Broker não precisa ter nenhuma formação específica para atuar dessa forma. No entanto, cursos e certificados que atestem o seu conhecimento sobre investimentos são indispensáveis. No que tange às certificações, a mais recomendada é a AI Ancord.

Consultor de Investimentos

O consultor de investimentos, como seu próprio nome indica, é alguém com profundo conhecimento sobre o mercado de títulos, que vai prestar suporte e aconselhamento aos seus clientes. 

De forma simplificada, a sua atuação consiste em:

  • Avaliar o perfil de investidor dos clientes;
  • Traçar um diagnóstico de sua situação atual;
  • Encontrar títulos e opções que sejam apropriados a este cliente em específico;
  • Otimizar uma carteira de investimentos já existente, ou variar os títulos de uma carteira nova;
  • Acompanhar o desempenho das aplicações, bem como o mercado econômico e financeiro, a fim de prevenir riscos e ampliar lucros.

Para ser um Consultor de Investimentos é necessário ter uma graduação e alguma dessas certificações financeiros:

  • CEA (Certificação de Especialistas ANBIMA);
  • CFP (Certified Financial Planner);
  • CNPI (Certificação Nacional do Profissional de Investimento da Apimec);
  • CFA (Chartered Financial Analyst)
  • CGA (Certificação de Gestores ANBIMA);

Além disso, é preciso se cadastrar junto a CVM para poder atuar nessa carreira.

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Gestor de fundos

Aqui, temos aquele que irá gerir os fundos de investimentos. Afinal, esta modalidade funciona da seguinte forma: diversos investidores aplicam recursos no fundo. Assim, esse dinheiro fica nas mãos do gestor, que o aplica nos títulos que achar mais convenientes – desde que cumpra, é claro, os objetivos que constam nos contratos do fundo.

Esse gestor não terá contato direto com os cotistas, já que ele é contratado pelo fundo para atuar como um especialista, aquele que estudará o mercado financeiro e o acompanhará diariamente.

E por falar em especialidades, é comum que gestores trabalhem com alguns nichos específicos, como fundos multimercados, títulos públicos ou títulos de empresas.

Por ser um cargo de extrema responsabilidade, um gestor precisa ter uma formação bastante sólida, incluindo cursos de especialização. No que diz respeito às certificações financeiras, a CFG, a CGA e a CGE – todas da Anbima – são as opções mais adequadas.

Gestor de patrimônio

Esse tipo de gestão volta-se principalmente à prestação de serviços para pessoas físicas. Por isso, mais do que tomar conta de suas aplicações, o gestor de patrimônio também lidará com bens materiais, dívidas, renda e até plano de aposentadoria ou herança

Dessa forma, sua relação com os clientes será mais estreita. Afinal, além de administrar os bens e ativos de um indivíduo ou família, o profissional ainda precisará conhecer a fundo seus objetivos, sonhos e planos – informações essenciais para o exercício de sua função.

Aqui, temos mais uma profissão de grande responsabilidade. Logo, aquele que deseja trilhar esse caminho precisa de uma formação sólida – cursos de graduação e especialização relacionados às funções definitivamente irão te ajudar nesse processo.

Por outro lado, há também a necessidade de uma certificação financeira. Nesse caso, a mais adequada para gestores em geral é a CGA Anbima. Ademais, a CFP Planejar também pode ser útil. 

Planejador Financeiro

Um planejador financeiro pode ser pessoal ou empresarial. Logo, sua atuação pode abranger pessoas, famílias e empresas. 

De forma resumida, seu trabalho consiste em analisar, interpretar e administrar os recursos financeiros dos clientes. A partir disso, deve desenvolver estratégias a curto, médio e longo prazo para manter sua saúde financeira – potencializar lucros e economizar de forma inteligente, por exemplo.

Na prática, o seu dia a dia terá quatro tarefas principais: 

  • Coleta de informações sobre o cliente;
  • Análise dessas informações a fim de traçar um perfil de investidor;
  • Desenvolvimento de estratégias e comunicação com o cliente;
  • Manutenção do plano de ação.

Dentro das possibilidades, a certificação mais adequada para o planejador financeiro é a CFP Planejar. A nível internacional, também é possível tentar a CFA – o selo de maior prestígio do mercado, cuja prova é ministrada completamente em inglês.

Trader

Por fim, temos um termo que se tornou bastante popular nos últimos anos: o trader. Sua atuação consiste em comprar e vender ativos a curto e médio prazo. Assim, o seu lucro (ou seus prejuízos) vêm da oscilação de seus preços. 

Enquanto alguns tipos de traders realizam essa operação dentro de uma semana, por exemplo, outros a finalizam em questão de segundos. Por mais que a profissão tenha se tornado tão comentada ultimamente, é muito importante destacar que seus riscos são altíssimos.

Não há nenhuma exigência para se atuar dessa forma, nem graduação, nem certificação financeira. No entanto, é claro que investir em educação e selos é fundamental para ampliar seus conhecimentos sobre o mercado, especialmente para trabalhar de uma forma tão extrema e incerta como esta.

Quais as principais áreas do mercado financeiro?

Agora que você já conhece as principais opções de profissões do mercado financeiro, eu quero te mostrar um panorama geral sobre em quais áreas e instituições é possível encontrar excelentes oportunidades – afinal, nem só de bancos vivem esses profissionais! 

Cada lugar oferecerá serviços e produtos distintos para os clientes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Por isso, buscarão perfis diferentes de profissionais – estes que você acabou de ler sobre, por exemplo. 

Vem comigo para entender!

Bancos de investimento

Este tipo de banco existe para ajudar pessoas e empresas a aplicar recursos em títulos de investimento, como o seu próprio nome já indica. Além disso, pode administrar o patrimônio de terceiros e realizar financiamentos a longo prazo para companhias que precisam de capital para expandir ou para o fluxo de caixa.

Instituições assim precisam levar o termo “banco de investimento” em seus nomes e são caracterizadas como Sociedades Anônimas. Inclusive, saiba que um banco comercial, desses que todos nós temos contas, pode ser de investimento também – nesse caso, passam a se chamar bancos múltiplos.

Emissão de títulos e debêntures, assessoria financeira, financiamento de capital, empréstimos e realização de sociedades e fusões são alguns dos serviços oferecidos. 

Bancos de varejo

Estes também são conhecidos como bancos comerciais – estes que todos nós utilizamos, de uma forma ou de outra. Em resumo, eles oferecem produtos e serviços financeiros para pessoas físicas, tais como:

  • Contas corrente;
  • Poupanças;
  • Cartões de crédito;
  • Cartões de débito;
  • Empréstimos;
  • Financiamentos.

Estas instituições têm fins lucrativos – estes, inclusive, vem das taxas praticadas por cada banco, como os juros.

Nos últimos anos, a transformação tecnológica tem causado grandes efeitos na rotina de trabalho destes lugares. Afinal, muitos serviços agora são apenas digitais e toda a estrutura de funcionamento dos bancos foi alterada para atender a estas novas necessidades e novos perfis de clientes. 

Corretoras de valores mobiliários

Estas instituições exercem a função de intermediadoras entre empresas tomadoras de recursos e investidores. Em outras palavras, elas permitem a negociação de ativos, operacionalizando e facilitando o processo para ambas as partes.

Assim como os bancos de investimento, elas também devem ser registradas na categoria de Sociedades Anônimas. Já no que diz respeito aos demais serviços que as corretoras oferecem, além do intermédio, temos:

  • Home broker;
  • Financiamento para compra de ações;
  • Custódia de títulos e valores mobiliários;
  • Clubes de investimento;
  • Consultoria financeira.

Como você vai, mais do que contribuir para tornar o mercado de investimentos acessível, as corretoras ainda oferecem suporte completo para ambas as partes da negociação, tornando este nicho mais seguro e democrático.

Fintechs

Fintech é, na verdade, uma abreviação para financial technology  – ou “tecnologia financeira”, em português. O termo resume todas as startups e empresas que desenvolvem produtos e serviços financeiros exclusivamente digitais.

Assim, seus clientes podem ter cartões de crédito e débito, poupanças, concessões de crédito e todos esses produtos tradicionais utilizando unicamente seus smartphones

Assim como qualquer outra instituição financeira, as fintechs são absolutamente seguras, já que não somente são regidas pela legislação brasileira, mas também reguladas pelos órgãos competentes do mercado financeiro.

Dessa forma, representam no Brasil e no mundo um avanço tecnológico de dimensões colossais para este nicho, já que descartam a necessidade de contar com agências e corretoras físicas.

Gestoras

Uma gestora também pode ser conhecida como “gestora de recursos”, “de investimentos” ou “de patrimônio”. Sua atuação é ampla e estas podem atender tanto pessoas físicas, quanto famílias ou corporações.

Essas instituições trabalham a partir de duas frentes principais:

  • Criação de carteiras de investimentos de acordo com o perfil de cada cliente;
  • Criação de fundos de investimento, que atendam determinados objetivos de acordo com cada público específico.

Em ambos os cenários, a gestora recebe os recursos dos investidores e realiza um trabalho de investigação e análise para alocá-los da melhor forma possível, nos títulos mais convenientes para cada caso.

Além disso, ainda acompanham periodicamente o mercado econômico e financeiro, bem como a performance dos investimentos, a fim de mitigar riscos e se adequar a possíveis oscilações do setor.

Real State

O Real State é apenas um termo em inglês para “mercado imobiliário”. Sua tradução literal significa “propriedade real” – referindo-se à “bens físicos”.

Esta não é uma instituição, mas uma área bastante popular no mercado financeiro. Isso porque os imóveis costumam ser opções frequentemente buscadas por quem deseja investir. 

Há muitos fundos de investimento, por exemplo exclusivos do mercado imobiliário. Neste caso, os investidores aplicam seu patrimônio e as gestora os realocam em diferentes imóveis – residenciais, comerciais, industriais etc.

Como qualquer área do setor, esta também tem seus riscos próprios. O de inadimplência é um deles. Ou seja, se um inquilino não pagar o aluguel, o prejuízo também afetará quem investe no imóvel em questão.

Em resumo, no real state explora-se propriedades e imóveis, lucrando (a médio e longo prazo) com suas vendas e locações.

Seguradoras

Uma seguradora é, em termos bastante simples, uma empresa que assume riscos em nome de seus clientes. Nesse caso, o segurado paga uma quantia prévia à seguradora, que terá o compromisso de ampará-lo caso algum sinistro aconteça – de acordo com o que estiver especificado na apólice deste seguro. 

Caso tal imprevisto aconteça, o segurado estará financeiramente protegido – novamente, considerando cada detalhe elencado no contrato. 

Estas empresas são reguladas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e são consideradas como instituições não-bancárias

Para atuar dessa forma, é preciso ter a certificação da SUSEP. Este selo é obrigatório para quem deseja trabalhar como corretor de seguros, intermediando as operações entre as companhias e os clientes.

Como é a carreira no mercado financeiro?

A carreira no mercado financeiro é, antes de tudo, promissora. Primeiramente, porque sua gama de opções, áreas e instituições é ampla. Ademais, temos toda a tecnologia atualmente disponível, que não somente representa uma revolução nos serviços do ponto de vista dos clientes, mas também uma ferramenta incrível para aumentar o alcance e as capacidades de seus profissionais.

Outro ponto importante para se mencionar caso você esteja considerando trilhar esse caminho é que os esforços e os estudos devem ser constantes, desde os seus primeiros passos. Isto é, o mercado financeiro oscila e se transforma com frequência. Aqui, cabe até trazer novamente o ponto da tecnologia. Dessa forma, se você deseja realmente conquistar seu espaço ao sol, é preciso se manter atualizado.

De início, assim como em qualquer outra profissão, é natural que você comece por funções mais básicas. A minha dica aqui é a seguinte: aproveite estas oportunidades para aprender. No começo da carreira, você terá um contato incrível com diversas funções distintas, o que construirá uma base excelente para posições melhores no futuro. 

As certificações financeiras consistem em outro pilar do funcionamento das carreiras do mercado financeiro. Elas servem como um nivelador de funções e salários. Em outras palavras, estes selos irão determinar suas capacidades como profissional, te oportunizando cargos de maior prestígio e maiores remunerações. Para escalar, portanto, você deve conquistá-las – principalmente pois elas são exigidas em muitas instituições.

Por fim, tenho ainda algumas dicas rápidas sobre como é a carreira no mercado financeiro e como se sair bem:

  • Lidar com metas será uma constante no seu dia a dia, portanto, desenvolve inteligência emocional para trabalhar com elas;
  • Comunicação é fundamental, em todos os seus aspectos – saber escrever, saber se expressar e saber ouvir. Você precisará delas para trabalhar não somente com clientes, mas com outras equipes também;
  • O ambiente financeiro é competitivo, por isso, esteja preparado para evoluir constantemente e ser proativo;
  • Invista em cursos de desenvolvimento profissional para lapidar aquelas habilidades que não parecem tão óbvias – técnicas de venda, liderança e inglês para o mercado financeiro farão a diferença na sua vida;
  • Muitas vagas não são divulgadas publicamente. Portanto, invista em uma boa rede de networking – mas não a construa unicamente por interesse, aproveite as chances de aprender, ensinar e cultivar vínculos reais com supervisores e colegas.

Quais as melhores profissões do mercado financeiro?

A resposta final a esta pergunta, é claro, vai depender de suas preferências. Contudo, se considerarmos a demanda do mercado por profissionais, os salários e as tendências para o futuro, temos algumas que se destacam entre as demais. Olha só:

  • Consultor de investimentos;
  • Planejador financeiro pessoal e empresarial;
  • Assessor de Investimentos (AI);
  • Gestor de Fundos;
  • Gestor de carteiras (Equity Manager).

Basicamente, estamos testemunhando a ascensão do mercado financeiro como um nicho popular, sobre o qual a população geral compreende a importância. Dessa forma, é natural que a demanda por esses profissionais tenha aumentado tanto. 

Ao mesmo tempo, novamente temos a tecnologia como um recurso facilitador disponível, que hoje conta com ferramentas e sistemas específicos capazes de agilizar e tornar muito mais personalizados os resultados entregues aos clientes, ampliando a sua procura. 

Quais os melhores salários do mercado financeiro?

No que diz respeito unicamente aos salários, temos estas profissões aqui como as melhores pagas do mercado financeiro:

  • Diretor de Produtos Bancários: média de R$37.000,00 mensais;
  • Gerente de Relacionamento Private: média de R$25.000,00 mensais;
  • Analista de fusões e aquisições: média de R$20.000,00 mensais;
  • Equity manager: média de R$10.000,00 mensais;
  • Consultor financeiro: média de R$7.000,00 mensais.

Essa variedade de funções serve para mostrar que, de forma geral, o mercado financeiro conta com salários bem atraentes, em diversas frentes. Nesta lista, por exemplo, não temos somente remunerações altas, mas também profissionais que têm sido amplamente buscados pelo setor. 

Como trabalhar no mercado financeiro?

As exigências vão depender de cada função e instituição. Enquanto, por exemplo, algumas demandam cursos de graduação, outras aceitam apenas formação técnica

Para cursos superiores, Administração, Contabilidade e Economia são escolhas que abrangem a maior parte das profissões que listei neste artigo, já que os conhecimentos ensinados são amplos e podem te garantir uma boa base para o futuro. 

Contudo, como eu já te expliquei, o mercado financeiro é competitivo. Por isso, investir em uma formação sólida é crucial para alcançar patamares mais altos. Uma dica nesse sentido é o investimento em um curso de especialização, a fim de afunilar suas capacidades.

Se você ainda está na faculdade, a minha recomendação é que você aproveite o momento para buscar oportunidades de estágio. Essa é uma excelente forma de fazer a sua estreia no mercado, ganhar experiência prática e até começar a construir sua rede de networking.  

Para vagas em geral, eu te aconselho a ficar de olho nos sites de cada instituição ou empresa, e também no LinkedIn – que definitivamente despontou como uma ferramenta extremamente popular de recrutamento. Para te ajudar, você pode até realizar um curso de como montar o currículo perfeito para o mercado financeiro.

Certificações do mercado financeiro

Por fim, temos outra obrigatoriedade para a maioria das funções do mercado: as certificações financeiras. Mesmo quando não são exigidas por lei, é bastante comum que as instituições as considerem como requisito inegociável.

Os temas de cada prova dependerão dos objetivos do selo. Contudo, economia, finanças, contabilidade e legislação normalmente estão presentes na maioria. 

Este, inclusive, é o caso dos bancos, que exigem que o candidato tenha, no mínimo, a CPA-10 ou CPA-20. Caso você ainda esteja estudando, aliás, este pode ser um bom momento para começar a conquistar estes selos mais básicos, para futuramente se aventurar pelos de maior prestígio.

Além de se certificar sobre quais provas serão necessárias para atingir seus objetivos, eu também recomendo que você jamais se contente com apenas uma certificação. Isso porque, quanto mais exames você prestar e for aprovado, mais atraente você será para o mercado, e melhor se sairá em comparação com a concorrência.

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