O mercado financeiro é vasto. Por isso, não é raro que muita gente se sinta perdida ao escolher esse campo para construir sua vida profissional. Mais do que oferecer uma gama enorme de oportunidades e atuações, apenas o setor por si só já é bastante complexo e com inúmeras ramificações. 

Se você se sente perdido, não se preocupe, pois esse artigo tem justamente a proposta de te servir como uma espécie de “mapa”. Aqui, eu vou te mostrar como estudar o mercado financeiro – desde a sua definição até as melhores formas de ingressar na área. Vem comigo!

O que é o mercado financeiro?

O mercado financeiro é o ambiente onde valores mobiliários são negociados. Nele, há a movimentação de títulos de renda fixa, ações, fundos de investimento e até mesmo papéis que representam mercadorias, como aqueles atrelados ao mercado agrícola.

Para funcionarem, essas transações envolvem dois elementos cruciais: o credor e o tomador. Veja só a diferença:

  • Credor (agente superavitário): é a pessoa ou entidade que tem dinheiro ou recursos extras e decide emprestá-los a alguém que esteja precisando. Quando você pede um empréstimo, o banco que concede o valor se torna o seu credor, pois está disponibilizando uma quantia que não é sua e precisará ser devolvida futuramente, com o acréscimo de juros. Por outro lado, você também pode ser um credor. Afinal, se fizer um investimento no Tesouro Direto, por exemplo, estará basicamente “emprestando” dinheiro ao Governo Federal, que também precisará devolver o valor futuramente, acrescido de juros.
  • Tomador (agente deficitário): é quem pega emprestado o dinheiro do credor. Essa pessoa ou empresa pode precisar de dinheiro para várias coisas, como comprar uma casa, investir em um negócio, ou para outras necessidades. Na situação que trouxe no tópico anterior, sobre pedir empréstimo ao banco, você seria o tomador, já que está solicitando o recurso. Por outro lado, no exemplo sobre o investimento no Tesouro Direto, o tomador é o Governo Federal, que utilizará um dinheiro que é seu para impulsionar o desenvolvimento de diversas áreas econômicas.

Como você já pode observar, nesse arranjo, o valor movimentado é restituído com a incidência de juros, refletindo a dinâmica de empréstimo e pagamento.

Como funciona o mercado financeiro?

Ao unir investidores e quem necessita de recursos, o mercado financeiro serve para movimentar o fluxo econômico. Para isso, a sua dinâmica se concentra na atuação de instituições que intermediam essa relação e executam todas as aplicações, transações e negociações requisitadas.

Vamos pensar assim: um investidor aplica uma certa quantia em um título do Tesouro Direto, como já ilustramos anteriormente. Esse valor é, como você já sabe, emprestado ao Governo, que se compromete a devolvê-lo acrescido de juros. Com isso, o Governo usa esses recursos em seus projetos, ao passo que o investidor vê o seu patrimônio render e se multiplicar.

Essa transação pode ser intermediada por diferentes instituições, desde o site do Tesouro até as corretoras e bancos que oferecem esse serviço. Essa intermediação garante que o valor investido chegue à instituição que captou os recursos e que o investidor consiga resgatar seu dinheiro com os rendimentos combinados, desde que seja no término do prazo acordado entre ambas as partes.

Como lida com o patrimônio de terceiros, frequentemente envolvendo somas expressivas, é comum a existência de órgãos especificamente responsáveis por garantir o cumprimento das leis vigentes e a segurança da população. Vamos conferir juntos os principais?

Banco Central (Bacen)

O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma instituição autônoma ligada ao Ministério da Economia. Essa dita autonomia significa que, apesar de não ser subordinado a nenhum outro órgão, ainda é supervisionada pelo Governo Federal. Conhecido como “banco dos bancos”, o Bacen atua como autoridade monetária nacional, regulando e supervisionando as instituições financeiras do país.

Além de manter sob controle as atividades das empresas que atuam no mercado financeiro brasileiro, o Bacen ainda influencia diretamente a política econômica do país. A partir do gerenciamento da quantidade de moeda em circulação, consegue afetar a taxa básica de juros, a Selic, que você com certeza já ouviu falar sobre. 

Em resumo, além de autorizar instituições financeiras a funcionar e contribuir para que a legislação específica do setor seja seguida, o “bancão” ainda tem o poder de influenciar no poder de compra da população, já que suas ferramentas de política econômica aumentam ou fream a inflação.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por sua vez, é uma autarquia responsável por fiscalizar, normatizar e disciplinar o mercado de valores mobiliários no Brasil, como o seu nome indica. Assim, seu propósito é proteger os investidores e garantir acesso a informações confiáveis e completas sobre ativos diversos.

Assim como o Bacen, a CVM supervisiona os participantes do mercado financeiro, incluindo corretoras, assessores e investidores, por exemplo, para prevenir manipulações e fraudes. Além de aplicar regras e regulamentações específicas sobre valores mobiliários, a CVM ainda monitora a atuação dos profissionais de investimento e assegura que as empresas de capital aberto divulguem seus relatórios de forma regular e transparente.

Em resumo, tanto o Bacen quanto a CVM desempenham papéis fundamentais na regulação e na garantia da transparência e da integridade do mercado financeiro. Logo, é impossível estudar esse assunto sem compreender a fundo essas duas gigantes, ok?

Como iniciar os estudos sobre mercado financeiro?

Por ser complexo e apresentar tantas movimentações, à primeira vista o mercado financeiro com certeza parece impossível de dominar. No entanto, tudo é uma questão de organização. Você, inclusive, já está no caminho certo ao ler este artigo.

Primeiramente, vamos “começar pelo começo”: 

1. Entenda o que é o mercado financeiro

O mercado financeiro é uma espécie de ambiente. Nele, suas partes integrantes (tomadores de recursos e investidores) podem negociar produtos financeiros, como ações, fundos e títulos públicos. Também é onde a população geral pode tomar empréstimos e solicitar cartões, por exemplo. Ou seja, em palavras mais simples, é uma forma de conectar compradores e vendedores.

Sua importância é abrangente e, por isso, tem o poder de afetar o país todo. As taxas de juros são uma boa maneira de ilustrar essa afirmação. Afinal, sua oscilação pode, entre muitas outras consequências, afetar os preços daquilo que compramos todos os dias nos mercados.

É por ser tão amplo e complexo que eu te recomendo começar a estudar a partir deste ponto, o mercado financeiro. Para isso, mais do que se ater à sua definição e ao papel de seus integrantes, é também fundamental que você acompanhe suas novidades constantemente – assunto do qual eu falarei mais adiante neste artigo!

2. Entenda a importância de estudar antes de investir

Conselho bastante indispensável tanto no âmbito profissional quanto pessoal, é imprescindível que você compreenda qual a real necessidade de estudar sobre esse mercado antes de investir – ou de estimular um futuro cliente a realizar uma aplicação.

O conhecimento é um fator bem forte na mitigação de riscos. Ou seja, quando se compreende as engrenagens desse mercado, é muito menos provável que você, ou um assessorado seu, aplique valores por impulso ou sem estar completamente ciente de sua ação.

3. Conheça os principais investimentos do mercado

Eis aqui um fato: ao longo de toda a sua carreira no mercado financeiro, algumas modalidades de investimento aparecerão de forma constante na sua rotina. São elas:

  • Tesouro Direto;
  • LCI e LCA;
  • Fundos de Investimento;
  • Mercado de ações;
  • Certificados de Depósitos Bancários (CDBs);
  • Debêntures.

Suas performances são distintas – enquanto alguns são de renda fixa, por exemplo, outros são de renda variável. Além disso, a forma como cada um se relaciona com o mercado financeiro muda também, alterando seus possíveis lucros, sua evolução e principalmente os seus riscos.

A sua relação com esses títulos pode mudar de acordo com o caminho escolhido, é claro. Contudo, é muito provável que você precise compreendê-los de forma profunda, de modo a estar apto a fornecer informações concretas a possíveis clientes. Ou, ainda, você pode assumir a responsabilidade de gerir carteiras para investidores e empresas.

4. Conheça as possíveis áreas de atuação

E já que estamos no tópico das formas de atuação, explore todas as possíveis para ter uma visão mais apropriada sobre onde você deseja chegar e qual o melhor caminho para conquistar esses objetivos – certificações, graduações, cursos etc.

Ao contrário do que se costuma ouvir por aí, a carreira no mercado financeiro não se resume aos bancos. Apesar de esse tipo de instituição ser, sim, um excelente local para se trabalhar, há ainda inúmeras outras instituições e funções disponíveis.

Algumas das possíveis áreas são estas aqui:

5. Saiba onde você deseja chegar com esse estudo

Por mais que essa dica possa parecer simplista à primeira vista, há uma justificativa bastante específica para ela figurar nesta lista. A estrutura do mercado financeiro é muito bem delineada para acomodar seus profissionais. Assim, suas instituições têm hierarquias claras e ainda há o papel das certificações financeiras, desenvolvidas justamente para atribuir funções, designar salários e, de forma geral, hierarquizar seus colaboradores.

Quando se sabe onde deseja chegar, não somente estudar se torna mais fácil e prazeroso, como também se investe tempo e esforços nas estratégias mais adequadas para cada objetivo – desde as possíveis certificações para serem obtidas até a construção de uma rede de networking. 

6. Acompanhe as notícias do setor

Se o mercado financeiro é tão característico pela sua oscilação constante, nada mais natural do que acompanhar seus movimentos de perto e com constância. Isso porque até mesmo os detalhes são capazes de interferir na grande engrenagem que é este setor, na qual tudo encontra-se interligado.

Dessa forma, mais do que apenas compreender a teoria deste campo de atuação, você poderá observá-la na prática – uma excelente forma de desenvolver o seu olhar crítico e analítico, capacidades tão importantes para esta carreira.

7. Escolha bem suas fontes de informação

Acompanhar o mercado financeiro, porém, não significa perambular a esmo por quaisquer fontes de informação. Se a tecnologia tem obtido sucesso na tarefa de tornar o conhecimento mais acessível para a população em geral, também é verdade que este ambiente está repleto de plataformas duvidosas, espalhando desinformação.

Por isso, desconfie de links suspeitos enviados em redes sociais e boatos, dê preferência a portais sólidos de notícias e jamais esqueça de valorizar as informações oferecidas pelas próprias fontes oficiaisum boato sobre a Anbima, vamos supor, pode facilmente ser desmentido ou confirmado por meio do site oficial da instituição. 

Além disso, prefira acompanhar o trabalho de profissionais sérios do mercado, que atuam em conformidade com as boas práticas do setor. Isso porque, com o surgimento massivo de influencers, é comum que, por aí, muita informação infundamentada ou incompleta seja divulgada. Aqui, é mais uma chance de você desenvolver seu olhar crítico.

8. Tenha organização e disciplina

Por fim, uma dica de ouro que, inclusive, vai te ajudar a obter suas certificações financeiras ao longo dessa jornada. Novamente, trago à roda o fato de este mercado ser amplo e complexo. Por isso, se organizar para estudar é a melhor forma de garantir que nenhum conteúdo importante seja deixado para trás, ou entendido parcialmente.

Crie um cronograma de estudos adequado à sua rotina, divida os tópicos de uma forma que faça sentido para você, reserve tempo para descansar e conte com o auxílio de professores e profissionais deste campo – não somente para te ajudar a estudar, mas para oferecer um método de aprendizado que seja eficaz de verdade. Você conhece, por exemplo, o método de estudos exclusivo TopInvest? Ele foi especialmente projetado para te ajudar nessa missão.

O que estudar sobre o mercado financeiro?

Em termos práticos, o conteúdo necessário pode depender de acordo com as suas aspirações ou certificações que deseja obter. De forma geral, os tópicos mais importantes são:

  • Taxa de juros;
  • Sistema Financeiro Nacional (SFN);
  • Bolsa de Valores;
  • Renda fixa (Tesouro Direto, CDBs e afins);
  • Renda variável (ações, fundos de investimento e afins);
  • Sistema econômico;
  • Matemática financeira;
  • Inglês para o mercado financeiro;
  • Riscos financeiros;
  • Previdência Privada;
  • Legislação e ética.

Como estudar o mercado financeiro online?

Se valer da conveniência do ensino a distância é uma excelente oportunidade para quem deseja aprofundar o conhecimento sobre o mercado financeiro, mas não tem espaço na agenda para um curso presencial.

Se você se identifica com essa realidade, certamente ficará feliz ao descobrir que a gama de opções para você embarcar nessa missão é vasta: aulas, cursos e certificados completos e de qualidade, totalmente a distância.

Aqui, compilamos os principais para você dar uma olhada — e o melhor: gratuitos.

Anbima – Mercado Financeiro de A a Z

Isso mesmo: a própria Anbima disponibiliza um curso sobre o mercado financeiro para quem ainda é iniciante no assunto. Essa opção é bastante completa, com um conteúdo programático rico:

  • Riscos do mercado financeiro;
  • Estrutura do Sistema Financeiro Nacional;
  • Globalização;
  • Mercados financeiros;
  • Produtos financeiros;
  • Glossário.

Se você estiver interessado, a inscrição pode ser feita diretamente na página do curso da Anbima. Nela, você ainda vai encontrar apostilas e infográficos disponíveis para os alunos registrados, que certamente te deixarão melhor embasado para prosseguir na carreira.

B3 – Plataforma de educação financeira da Bolsa

Novamente, temos uma gigante oferecendo uma oportunidade gratuita de educação financeira: a Bolsa de Valores. Na plataforma de educação financeira da B3, você encontra uma gama enorme de cursos sobre o setor, divididos em assuntos específicos, que vão desde o nível iniciante, até o profissional.

Renda fixa e variável, mercado de ações, planejamento financeiro e Imposto de Renda são apenas algumas das opções disponíveis. Em resumo, uma mina de ouro para quem deseja aprender de forma online.

FGV – Empreendedorismo para o mercado financeiro

Partindo para uma ramificação diferente do mercado financeiro, temos essa opção bem interessante para quem deseja empreender. Esteja você em formação, ou já dando os primeiros passos na carreira, o conteúdo deste curso pode ser de grande valia, e ainda oferece um certificado aos alunos.

Confira a programação:

  • Propósito e perfil empreendedor;
  • Planejamento e gestão;
  • Relacionamento com sócios;
  • Perfil do cliente;
  • Carreira de Assessor de Investimentos.

Se você está na batalha por uma carreira no mercado financeiro, aliás, deve saber que a profissão de Assessor de Investimentos tem sido listada como uma das mais promissoras para o futuro. Logo, ter essa ferramenta para estudar será de grande valia para quem está de olho nesse tipo de atuação, que envolve bastante a veia empreendedora do profissional.

Quais são os melhores livros para estudar o mercado financeiro?

Para quem está estudando, uma boa leitura vale ouro. Felizmente, quando o assunto é o mercado financeiro, não faltam boas sugestões de livros para você adicionar na sua lista. Veja só:

1. Os Ensaios de Warren Buffett: lições para investidores e administradores (Warren Buffett)

Este primeiro é tido como um verdadeiro guia de bolso para os profissionais da carreira financeira. Afinal, Buffet é considerado por muitos como o melhor investidor do século XX e, naturalmente, se tornou uma referência no assunto.

Nesse título, ele compila uma série de dicas, textos e ensinamentos que podem servir como diretrizes ao longo da sua vida profissional, ou até mesmo enquanto investidor.

2 – Finanças Corporativas: Teoria e Prática (Eduardo Luzio)

Essa opção é especialmente valiosa para você, estudante do mercado financeiro, pois o foco do livro está nas empresas brasileiras. Por meio de relatos, estudos de caso e até exercícios, o autor traz uma perspectiva completa sobre as finanças corporativas.

Com essa obra, você vai começar na carreira sabendo quais práticas podem transformar uma empresa em sustentável e quais podem colocar em risco as suas estratégias.

3 – Fora da Curva (Compiladores: Pierre Moreau, Florian Bartunek e Giuliana Napolitano)

Neste livro, estão compilados os depoimentos de alguns grandes investidores, como Luis Stuhlberger, André Jakurski e Meyer Joseph Nigri. Juntos, os nomes listados na obra administram cerca de R$80 bilhões.

Vale lembrar que a maioria dessas pessoas normalmente não dá muitas entrevistas, por isso, se debruçar sobre essa leitura é uma chance de ouro de aprender macetes e estratégias com investidores de sucesso.

4 – Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar (Daniel Kahneman)

Escrito por um ganhador do Prêmio Nobel da Economia, esse livro analisa duas maneiras distintas de racionar: uma mais intuitiva e racional, e outra mais deliberativa e lógica.

Por meio de insights práticos sobre a tomada de decisões nos negócios e na vida pessoal, a obra é um convite para você iniciar na carreira financeira com uma visão mais fresca e assertiva do mundo.

5 – O investidor inteligente (Benjamin Graham)

Escrito em 1949, este é outro clássico no âmbito dos investimentos. Aliás, ele é considerado como uma das fontes de inspiração de Warren Buffett, já mencionado na minha primeira dica da lista. 

Em resumo, a obra destaca a importância de fazer uma boa análise de ativos antes de realizar um investimento. Mesmo com um ano de publicação mais antigo, segue sendo um compilado de lições valiosas para quem deseja trabalhar no mercado de investimentos.

Quais são os melhores filmes do mercado financeiro para iniciantes?

Agora, vamos partir para o cinema. Novamente, não faltam opções para você maratonar e aproveitar para entender melhor o mercado financeiro, por meio da ficção. Olha só:

1 – O Lobo de Wall Street

É impossível começar essa lista com outro título. Aqui, Leonardo DiCaprio é Jordan Belfort, um corretor de títulos real e que usou brechas no sistema para enriquecer. 

Por mais que a sua companhia tenha, então, virado uma gigante em seu nicho, as fraudes e a rotina desregrada também pesaram no seu destino.

2 – Becoming Warren Buffett

Novamente, esse nome figura nesse artigo, dessa vez com um documentário feito em 2017 pela HBO. Além de contar a história de vida deste que é um dos homens mais ricos do mundo, ainda nos dá vislumbres de como são seus hábitos e rotinas quando se trata do funcionamento da sua empresa. Basicamente, um título imperdível para quem deseja se inspirar nesse gigante.

3 – Quem quer ser um milionário?

Dev Patel, vivendo Jamal K. Malik, é um jovem que serve chá em uma empresa de telemarketing. Com uma infância difícil, chegou ao emprego atual após uma jornada para fugir da miséria e da violência.

Ao se inscrever em um programa de TV chamado “Quem Quer Ser um Milionário?”, Jamal entra em uma espiral de pensamento estratégico e escolhas bem feitas que vão mudar a sua vida. Na vida real, uma inspiração para mudar a sua forma de enxergar as coisas na carreira.

4 – O Homem que mudou o Jogo

Um profissional do mercado financeiro vai precisar de muita inteligência durante a carreira, e esse filme é uma grande inspiração.

Nele, Billy Beane (Brad Pitt) é o gerente do time de baseball Oakland Athletics. Sem muito dinheiro disponível e com a ajuda de Peter Brand (Jonah Hill), Billy se vale de estratégias brilhantes para desenvolver um programa de estatísticas para o clube, o que o leva a figurar entre as principais equipes de esporte nos anos 80.

5 – Margin Call: O dia antes do fim

Dentre todos os filmes que retratam a crise de 2008, esse é, de fato, um dos principais. Nele, um funcionário demitido entrega um projeto explosivo a um colega, prevendo o colapso da empresa. Quando o plano se concretiza, as ações despencam 25%. 

Em um dia, precisam liquidar todo o capital. Assim, uma corrida contra o tempo se inicia: vender tudo antes que os investidores descubram. Essa é basicamente uma saga financeira que vai te fazer enxergar o mercado com outros olhos.

Quais são as principais certificações do mercado?

Anbima, Ancord, Apimec e Planejar: eu tenho certeza que você já ouviu falar desses nomes. Essas são algumas das certificações financeiras mais básicas e fundamentais do mercado, ou seja, aquelas que você definitivamente irá precisar para dar os primeiros passos e as primeiras alavancagens na sua carreira. 

Para você não ficar perdido, sem saber por onde começar, eu listei as principais para te explicar o objetivo de cada uma. Vamos lá?

CPA-10

Emitida pela Anbima, a CPA-10 é a porta de entrada do mercado financeiro. Antes de te explicar o porquê dessa afirmação, vamos entender qual o objetivo deste selo.

Resumidamente, ele é voltado para quem trabalha com a distribuição de produtos de investimento para o varejo, seja em agências bancárias ou plataformas de atendimento. 

Inclusive, sem a CPA-10, é muito improvável que você consiga qualquer emprego em banco. Isto é, essas instituições não podem contratar funcionários sem a devida comprovação de que estes têm o que é preciso para atuar em suas funções. Logo, se você não sabe por onde começar, esta é a certificação ideal para você.

CPA-20

Também é emitida pela Anbima e é como uma sequência da CPA-10, porém, mais completa. Além de abrir as mesmas portas de sua antecessora, a CPA-20 permite que o profissional lide com clientes dos segmentos varejo, alta renda, private, corporate e até investidores institucionais. Ou seja, quem tiver esse selo vai obter posições de maior prestígio.

No mercado financeiro atual, muitos bancos podem até pular a exigência da CPA-10, partindo diretamente para a CPA-20. Quem já está numa instituição, certamente vai precisar desse selo para conquistar uma promoção.

É por essa razão, inclusive, que muitos optam por prestar a prova da CPA-20 logo de cara. Se você se sente preparado para isso, é definitivamente uma boa ideia. Porém, é preciso lembrar que, da mesma forma que a CPA-20 abre mais portas que a CPA-10, o seu exame também será mais complexo.

CEA

Da “trilogia” da Anbima, a CEA vem como o degrau mais alto das três, tornando o profissional em um especialista em investimentos. Na página, o selo permite que você recomende produtos de investimento para clientes de segmentos variados, além de assessorar gerentes de contas. As funções da CPA-10 e CPA-20, aliás, estão previstas aqui também.

Quem busca destaque na carreira, certamente deverá obter a CEA, já que esta abre espaço para cargos de gerência, por exemplo. Ah, e vale lembrar que, para se inscrever nesse exame, não é necessário ter prestado as outras certificações Anbima antes.

AI Ancord

Essa é a certificação da Ancord para quem deseja ser um Assessor de Investimentos (AI). Por muito tempo, o selo foi chamado de AAI (Agente Autônomo de Investimentos) e teve a sua nomenclatura alterada com a Resolução CVM 178, que veio para melhorar as condições de trabalho para os profissionais e tornar o mercado de investimentos mais seguro para os clientes.

Quem passa nesse exame, pode se unir a uma ou mais corretoras de valores, captar clientes e fornecer orientações sobre diferentes tipos de ativos financeiros. Desenvolvimento de perfil de investidor, acompanhamento de carteiras, mapeamento de riscos e atualização constante sobre o mercado são algumas das tarefas desse profissional, que obrigatoriamente deve ser certificado pela Ancord para atuar dessa forma.

CNPI 

Aqui, temos um selo oferecido pela Apimec, cujo objetivo é qualificar profissionais para atuarem como analistas de valores mobiliários. Atenção: nesse cenário, a certificação é obrigatória. Afinal, esse dito analista terá poder de decisão nos processos de investimento, e o exame CNPI vem para atestar que esta pessoa está apta a desempenhar esse tipo de função.

Essa distinção, aliás, divide-se em três categorias: CNPI Fundamentalista, Técnico e Pleno. Enquanto o analista fundamentalista se debruça sobre as pesquisas relacionadas ao potencial de uma empresa valorizar (analisando fluxos de caixa e balanços patrimoniais, por exemplo), o analista técnico volta-se para a observação de gráficos e padrões de determinados ativos financeiros, e do mercado como um todo. O analista pleno, por fim, está autorizado a operar das duas formas simultaneamente.

Se a CNPI for do seu interesse, saiba que a certificação vai te abrir portas em consultorias, bancos de investimentos e casas de research — entre inúmeras outras opções voltadas às finanças corporativas, à administração de recursos e às operações no mercado de capitais.

CFP

Esse selo é da Planejar, e sua sigla significa Certified Financial Planner Planejador Financeiro Pessoal, em português. Como o seu nome já dá a entender, a CFP autoriza um profissional a orientar clientes na alocação de recursos — embora a recomendação específica de papéis esteja restrita somente a quem é registrado na CVM.

O grande apelo dessa certificação é que além de garantir boas oportunidades no mercado nacional, já que é de um prestígio mais elevado que as demais, a CFP é válida também fora do país. Portanto, se você deseja trabalhar nesse ramo e esteja de olho na carreira internacional, tem aqui uma boa opção de caminho a seguir.

Qual o melhor curso para o mercado financeiro?

No que diz respeito aos cursos superiores, Administração, Contabilidade e Economia são as opções que oferecem a melhor base de conhecimento aos profissionais do mercado financeiro. Também é recomendável que você invista em especializações, que façam sentido com os cargos que você almeja exercer no futuro.

Os cursos de desenvolvimento profissional são extremamente valorizados também. Afinal, eles indicam que você é um profissional que não se contenta com o básico. Ademais, fomentam capacidades imprescindíveis para o seu dia a dia, tais como os já mencionados inglês para o mercado financeiro e matemática financeira, por exemplo. Além destes, temos ainda:

Como começar no mercado financeiro?

Quando se está realizando um curso de graduação, é possível que você consiga suas primeiras experiências na área por meio de programas de estágio ou trainee. Essas oportunidades podem ser encontradas nos sites oficiais das instituições financeiras e no LinkedIn.

Já para a etapa seguinte da sua vida profissional – uma posição em carteira assinada ou uma promoção – saiba que é obrigatório que você tenha pelo menos a certificação financeira CPA-10, da Anbima. Por mais que esta exigência não esteja estabelecida na lei, é muito improvável que uma instituição abra espaço para um candidato que ainda não possua esse requisito básico. 

Então, no que tange ao dilema sobre como começar no mercado financeiro, eu te aconselho a buscar suas certificações financeiras o quanto antes puder e que jamais se contente com uma só. Isso porque são estes selos que te colocarão como apto, futuramente, para exercer uma função de maior prestígio e escalar na carreira.

Mesmo que a sua ambição seja trabalhar de forma independente, os órgãos reguladores ainda exigem essa qualificação, como uma forma de manter o setor seguro para clientes e profissionais.

O que é preciso para trabalhar no mercado financeiro?

Vamos recapitular o que é necessário para entrar no mercado financeiro? Primeiramente, vamos à formação oficial:

  • Graduação em um curso pertinente ao mercado;
  • Especialização nas áreas que você deseja atuar;
  • Certificações financeiras (comece pela CPA-10);
  • Cursos de desenvolvimento profissional.

É claro que, neste ramo, não existe uma fórmula mágica para o sucesso. Mesmo assim, demonstrar e atestar conhecimento profundo sobre a área sempre será a maneira mais eficaz de se destacar frente à concorrência, transmitir credibilidade aos clientes e realmente oferecer serviços de qualidade ao seu público. Nunca se esqueça: o mercado financeiro é concorrido. Há, sem dúvidas, muita gente boa lá fora. Para não ficar para trás, não tenha medo de evoluir e se atualizar o tempo todo.

Agora, passando para um viés diferente, temos as soft skills – habilidades mais comportamentais e menos técnicas que têm sido altamente requisitadas no setor: 

  • Inteligência emocional;
  • Pensamento crítico;
  • Comunicação assertiva;
  • Liderança;
  • Relacionamento em equipe;
  • Agilidade;
  • Empatia;
  • Criatividade e propensão à inovação.

No mercado financeiro, se trabalha constantemente com outras pessoas, sejam elas clientes ou membros da equipe. Além disso, temos metas para bater, oscilações do mercado, transformações tecnológicas, imprevistos, prejuízos e lucros e mais uma infinidade de questões rotineiras que exigem de nós mais do que apenas facilidade com os números. 

Por isso, esteja preparado. Tenha a certeza de que os recrutadores, os clientes, os chefes e colegas de equipe irão, direta ou indiretamente, demandar essas soft skills

Qual instituição escolher para trabalhar?

Ao dar os seus primeiros passos no mercado financeiro, uma das dúvidas que com certeza te acometerá é sobre qual instituição será melhor para buscar uma vaga. Nesse caso, considere seus objetivos para o futuro e suas preferências dentro do setor. Assim, poderá começar pelos lugares e cargos com os quais você tem mais afinidade e ambição para crescer

No começo, muitos profissionais optam pelos bancos. Isso porque o ritmo aqui é intenso e o seu contato com diferentes equipes e funções será grande – uma mina de ouro para quem precisa juntar experiência e aprender na prática como o mercado funciona.

A TopInvest te ajuda a chegar lá

Do começo de seus estudos sobre o mercado financeiro até os seus primeiros empregos na área, nós te ajudamos a despontar neste setor como um profissional fora da curva. Não somente desenvolvemos cursos preparatórios para certificações financeiras, como também disponibilizamos apostilas de estudos e simulados gratuitos em nosso site. Seja qual for a sua ambição, vem com a Top!

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