O mercado financeiro é composto por um volume altíssimo de operações. Para controlá-las, também contamos com uma gama considerável de intermediadores. É a partir dessa lógica que chegamos ao tema deste artigo: o Broker

Em resumo, este termo configura um intermediador de operações financeiras. É bem provável, inclusive, que você já tenha visto este termo acompanhado de outros similares, como Trader e Dealer.

Então, para saber o que um Broker faz exatamente, onde ele trabalha, se vale a pena apostar nessa carreira e qual a diferença entre outros tipos de intermediação, vem comigo!

O que é um broker?

Também conhecido no Brasil como Agente Autônomo de Investimento, um broker pode ser uma organização ou um profissional do mercado financeiro. Sua principal função é intermediar negociações no mercado de ações, lidando simultaneamente com um vendedor e um comprador de um título.

O termo inglês “broker” (derivado do francês “broceur“, “pequeno comerciante”)  significa “corretor”. Contudo, essa tradução não é utilizada, uma vez que no mercado financeiro existe uma figura acunhada estritamente como “corretora”. Inclusive, além de assumir a função de corretor, este profissional trabalha como um consultor de operações de investimento e recebe comissões pela sua atuação.

O que faz o broker?

Com a função principal de simplificar transações, o broker atua como intermediário na realização de compras e vendas para investidores, sobretudo os institucionais. Uma vez que o negociador não é autorizado a operar sozinho na Bolsa de Valores, a presença deste profissional possibilita a realização da negociação.

Em operações de grande porte com altos valores envolvidos, a participação de um broker é essencial para que o investidor mantenha a posição prevista, evitando distorções no preço do ativo. 

Em uma operação hipotética onde, por exemplo, um fundo de investimento pretenda comprar R$20 milhões em ações de uma companhia, as chances de que isso ocasione o disparo no valor da ação, pela simples pressão momentânea de demanda é bastante plausível. Como estrategista entre as duas partes da operação, o broker age para que isso não ocorra.  

É preciso citar ainda, que a figura do broker está sempre sob a tutela de uma instituição financeira. Apesar de ter o dever de gerenciar os seus clientes e atender suas demandas e objetivos, legalmente ele não deve interferir nas escolhas do investidor sugerindo transações. Ele pode, porém, sempre que assim solicitado, orientar seus clientes em operações de mercado.

Qual a diferença entre Broker, Trader e Dealer?

Por mais que o termo “operador da bolsa” já possa ter se tornado senso comum mesmo para quem não atua ou não tem interesse no mercado financeiro, compreender as as diferenças entre as três modalidades de operadores  — broker, trader e dealer — e suas atribuições específicas é imprescindível para todos aqueles que querem trabalhar na área. Afinal, pode ser, inclusive, o diferencial que orientará os iniciantes do ramo na escolha do caminho profissional a seguir.

Quem é o Broker?

Como eu expliquei anteriormente, no mercado de ações, o  broker atua como um “corretor”. Ele é o intermediador entre a parte que deseja comprar e a que deseja vender um título, facilitando, sobretudo, operações de grande porte. Além disso, por meio de sua experiência e rede de contatos, pode auxiliar como consultor de investimento, multiplicando os lucros de seus clientes. 

Também conhecido como “Stock Broker” ou Agente Autônomo de Investimento, esse profissional recebe comissões pelo trabalho desenvolvido junto aos clientes de uma corretora de valores. Para operar ele necessita a Certificação de Agente Autônomo de Investimento (AAI), da Associação Nacional das Corretoras de Valores (Ancord).

Quem é o Trader?

O trader é o operador que busca a obtenção de lucros em operações de curto prazo, por meio de análise técnica e da observação das variações do mercado financeiro. Em base, é o profissional especializado em identificar tendências de alta e queda em ações, podendo lucrar, inclusive, com a queda da Bolsa de Valores ou do preço de um determinado ativo.

A título de exemplo, em uma situação onde o trader observa a tendência de queda nas ações de uma companhia, ele possivelmente venderá esses papéis hoje pelo preço atual e voltará a comprá-las no futuro, por um valor reduzido. Desse modo, lucrará com a diferença.

Diferente de um investidor que busca lucro com antecipações de longo prazo, o trader se caracteriza por seu foco no curto prazo. Exemplo mais extremado desse tipo de operação, o termo day-trade se refere às ações onde o operador compra e vende ações no mesmo dia, buscando obter lucratividade com as micro variações desse espaço de tempo.

Ao contrário de um broker, não é incomum que um trader atue com recursos próprios, trabalhando ou não como funcionário de uma corretora de valores.

Quem é o Dealer?

No Brasil, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, esse termo não se refere a uma pessoa, mas sim a uma instituição. No mercado nacional, um dealer corresponde a uma instituição credenciada pelo Banco Central (Bacen), para intermediar as compras e vendas de títulos públicos do próprio Bacen. 

  Na prática, o Banco Central emite títulos públicos que são vendidos a investidores e podem ser comprados de volta. Essas transações, porém, são sempre operadas por um banco ou instituição financeira credenciada.

Para se enquadrar como dealer, a instituição precisa obedecer a uma série de padrões técnicos. Os mais importantes de acordo com a regra vigente são: 

  • Apresentar um elevado padrão ético de conduta nas operações realizadas no mercado financeiro;
  • Inexistência de restrição que possa desaconselhar seu credenciamento;
  • Patrimônio de referência.

Além dos dealers de títulos públicos, o Bacen ainda trabalha com intermediários de câmbio na negociação de moedas estrangeiras. São instituições que auxiliam o controle das variações do valor do real.

Uma vez dadas as definições e atribuições de cada tipo de operador, fica mais fácil esclarecer as principais diferenças entre eles. Vamos recapitular? Olha só:

  • A primeira diferença é bastante clara. Enquanto broker e trader são termos que denominam profissionais do mercado financeiro, dealer, no Brasil, se referem sempre à instituições;
  • Como  instituição credenciada, o dealer trabalha para o Bacen; o broker, por sua vez, trabalha para uma corretora de valores; e já, o trader, pode trabalhar para si mesmo. Em suma, o broker e o dealer são intermediários, já o trader não necessariamente precisa trabalhar como tal;
  • Enquanto funcionários de uma corretora, o broker e o dealer possuem salário fixo e, normalmente, contam com comissões. O trader, por sua vez, quando trabalha por conta, depende exclusivamente dos lucros resultantes de suas compras e vendas;
  • Embora não seja exigida graduação específica para atuar como broker, as corretoras tendem a optar por profissionais com certificações e cursos especializantes ligados ao mercado financeiro; o trader, uma vez que trabalha de modo autônomo, teoricamente não precisa de nenhuma formação. No entanto, seu conhecimento e tato de operador serão determinantes para o seu faturamento.

O que é Home Broker?

O home broker funciona como uma plataforma digital criada para facilitar a compra e a venda de ações. Por meio dela, é possível que o investidor realize transações online e sem o intermédio de um operador — ou seja, um broker. Por trás da plataforma, contudo, há o gerenciamento de uma corretora de valores, que conecta o investidor ao mercado de capitais. 

Sendo uma das maiores responsáveis pela popularização da Bolsa de Valores, ao democratizar o acesso, a plataforma oferece uma gama de facilidades para os investidores, tais como:

  •  Acesso à cotação das ações em tempo real; 
  • Permissão de compra e venda de ações de maneira ágil;
  • Fácil acesso ao portfólio de ações e saldo financeiro.

Contudo, ao não contar com a mediação de um broker qualificado, a falta de conhecimento, contatos e experiência do investidor no mercado de ações, é um fator de risco relevante a se considerar ao optar por essa ferramenta.

Onde o Broker trabalha?

De modo geral, enquanto profissional que intermedia as transações entre um vendedor e um comprador, o trabalho do broker pode ser observado em diferentes ramos de negócios: 

Mercado de ações

No mercado de ações, como já citado, o broker atua como operador da Bolsa de Valores, intermediando a compra e venda de ações para clientes de uma corretora de valores. Sua função primordial é participar de negociações de título, aproximando eventuais vendedores e compradores. 

Mercado imobiliário

No mercado imobiliário, o broker assume as funções de um corretor de imóveis. Ele auxilia na seleção do melhor imóvel para cada comprador e facilita as tratativas deste com o proprietário.

Mercado empresarial

No mercado empresarial o broker é uma personagem essencial para a indústria, uma vez que pode atuar na intermediação de negociações tanto com distribuidores quanto com varejistas. 

Vale a pena ser um Broker?

A popularização da Bolsa de Valores por si só já seria motivo suficiente para escolher o broker como um caminho profissionalizante seguro. É uma área em franca expansão que preza por profissionais determinados, com conhecimentos abrangentes do mercado, tato para atendimento, resiliência para a construção e manutenção de uma cartela de clientes e olho para oportunidades de investimento. 

E tem mais: fora a remuneração garantida pela corretora de seguros, o profissional pode incrementar significativamente sua renda por meio de comissões. 

Quanto ganha um Broker?

A remuneração média de um broker pode variar de R$12.000,00 a R$50.000,00 mensais. Por seus ganhos estarem atrelados a comissões, o salário do broker pode oscilar de acordo com a cartela de clientes atendidos e o porte das negociações em que atua como intermediador.

Qual a demanda por Broker?

Muito embora a figura do broker, historicamente, tenha sido popularizada como  a de um intermediário em negociações institucionais de grande porte, o aumento constante de pessoas físicas na Bolsa de Valores tem feito com que as buscas por esse tipo de operador se torne cada vez mais comum.

Para se ter ideia, somente entre julho de 2021 e junho de 2022, 1,25 milhão de novos investidores ingressaram na Bolsa. Atualmente mais de 4,40 milhões de brasileiros já investem em renda variável. Com esse aumento, se proliferam também a busca de instituições financeiras por Brokers qualificados, bem como o surgimento de novos escritórios e boutiques de investimento, que necessitam de operadores capacitados.

Seja para realizar ações de compra e venda para investidores institucionais já acostumados com o mercado, ou instruindo novos clientes com análises recentes e tomadas de decisão, a demanda de trabalho para broker só tende a se expandir no Brasil.

O que é preciso para ser Broker?

Embora não necessite de uma formação específica, um broker capacitado necessita conhecer e, obviamente, gostar de trabalhar com o mercado financeiro negociado. As corretoras de valores buscam por profissionais realmente interessados na área, com cursos e certificados que atestem suas aptidões e conhecimento.

Entre os conhecimentos técnicos que se esperam de um broker estão:

  • Autoridade em operações no mercado de ações e capitais;
  • Total entendimento sobre Renda Variável e fixa;
  • Rápido entendimento de investimentos recomendados por analistas.

Além disso, a posse de uma certificação financeira é obrigatória. 

Qual a certificação para ser um Broker?

Para atuar no Brasil, o broker precisa contar com a Certificação de Agente Autônomo de Investimentos (AAI), da Ancord

A prova da Ancord tem 80 questões, objetivas de múltipla escolha. Para ser aprovado, é preciso acertar no mínimo 70% do conteúdo – ou seja, 56 acertos. Além disso, é necessário que você obtenha o mínimo de 50% de acertos nos módulos I, II, III, VIII e XV. No total, a prova tem 15 módulos.

Ao longo da prova, há conteúdos tanto sobre o mercado financeiro, quanto sobre o mercado de investimentos.

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