Do conhecimento técnico à inteligência emocional, administrar uma carteira de ativos pode ser uma tarefa imensamente difícil para muita gente. Ao mesmo tempo, essa empreitada é crucial em qualquer cenário, seja para uma pessoa física ou jurídica. 

Em termos bem populares, a decisão de investir é descrita como o ato de fazer o seu dinheiro trabalhar por você. Em vez de deixá-lo parado em alguma conta, portanto, é possível fazer com que essa quantia renda com o passar do tempo. Se a ideia de lucro parece simples, assim à primeira vista, é verdade que a estratégia para utilizar os juros ao seu favor é mais complexa.

Por essa razão, e também pelo reconhecimento de que a expertise profissional pode tornar as aplicações muito mais seguras e rentáveis, é que a função do assessor financeiro ganhou um destaque enorme nos últimos anos. Com uma demanda de mercado cada vez maior, esta pode ser uma boa opção de jornada para você.

Quer saber mais sobre o assunto? Vem comigo descobrir o que o assessor financeiro faz, qual a sua remuneração e como se tornar um!

O que é um assessor financeiro?

Um assessor financeiro é quem orienta seus clientes na escolha de produtos financeiros e na montagem de uma carteira de investimentos. Ele atua junto a uma corretora de valores ou a um banco, auxiliando seus clientes a tomar decisões financeiras mais assertivas e pertinentes a cada perfil de investidor.

Esta profissão exige um bom grau de confiança entre assessor e cliente. Afinal, mais do que servir de guia para realizar aplicações, a análise de metas e objetivos futuros de cada investidor também compete a este profissional. Ainda, devo lembrar que um assessor não realiza aplicações em nome do cliente – seu trabalho, na verdade, se resume a prover informações relevantes sobre produtos financeiros e sanar dúvidas.

Essa forma de atuar, inclusive, gera bastante confusão no que diz respeito às diferenças entre um assessor e um consultor financeiro. Vamos entender quais são elas?

Qual a diferença entre consultor e assessor financeiro?

Enquanto um assessor financeiro deve estar obrigatoriamente vinculado a um banco ou uma corretora, o consultor pode trabalhar de forma independente. Dessa forma, o papel do assessor volta-se principalmente para a prospecção de clientes, uma vez que deve recomendar serviços e produtos financeiros da instituição para a qual trabalha.

Na prática, isso tudo significa que, enquanto o consultor oferece um atendimento mais livre e personalizado, que inclui até a análise das finanças do cliente como um todo (rendimentos, despesas, reservas e afins), o assessor está proibido de prestar qualquer aconselhamento que envolva outras organizações financeiras.

O que faz um assessor financeiro?

De modo geral, é correto afirmar unicamente que um assessor financeiro guia clientes ao longo de suas aplicações financeiras. Na prática, porém, os pormenores dessa rotina podem variar de acordo com suas duas frentes de atuação: assessoria financeira empresarial e assessoria financeira pessoal.

Assessoria financeira empresarial

Temos aqui o auxílio às pessoas jurídicas. Pense comigo: de onde vem o lucro de uma empresa? De maneira simplista, podemos dizer que vem, sim, de suas vendas – descontados todos os custos e encargos do processo. Contudo, uma parte desse valor é frequentemente destinada a aplicações financeiras

Em outras palavras, qualquer empresa pode multiplicar o seu patrimônio e reunir capital para empreender seus projetos de expansão se souber investir com inteligência. Para isso, porém, o assessor financeiro deste segmento precisará entrar com alguns conhecimentos e técnicas específicas, bem como se encarregar de tarefas pertinentes ao contexto. Olha só:

Inteligência estratégica

A estratégia é a chave do sucesso em qualquer ramo do setor financeiro. Neste caso, porém, essa habilidade é ainda mais pontual, já que temos a saúde corporativa presente na equação.

Por essa razão, o assessor financeiro empresarial deverá ter um olhar bastante analítico, com a finalidade de compreender o funcionamento do negócio, seus processos, suas despesas e seus custos para recomendar produtos pertinentes à sua situação atual e aos seus objetivos.

Gestão de risco

Todas as operações financeiras apresentam riscos, até mesmo as de renda fixa. No âmbito empresarial, alguns destes riscos são mais específicos e requerem atenção redobrada para que a estratégia desenvolvida seja realmente eficaz.

Ao lidar com patrimônios corporativos, mais do que considerar unicamente as características de cada produto financeiro, o assessor necessita ainda atentar para os possíveis imprevistos oriundos da própria empresa – oscilação nas vendas, setor de atuação, pagamento de tributos, entre outros.

Planejamento financeiro corporativo

A sustentabilidade econômica é um dos principais pilares da atuação do assessor neste cenário. Isto é, os representantes de uma empresa que desejam alocar recursos sem comprometer o funcionamento de suas atividades.

Por essa razão, mais do que simplesmente recomendar ativos de forma estratégica, é preciso considerar que cada decisão tomada pode interferir nos processos do negócio.

Planejamento de IPO

Até aqui, eu falei exclusivamente de empresas que desejam aplicar uma parte de seus lucros em ativos financeiros para multiplicar seu capital. No entanto, o oposto também é possível: organizações que necessitam de recursos para expandir. Para isso, empreende-se uma IPO, sigla que, em português, significa Oferta Pública Inicial.

Em termos mais simples, a empresa abre o seu capital na Bolsa, por meio da venda de ações. Para isso, porém, é preciso da expertise profissional que possibilite essa operação de forma segura e inteligente – ou seja, de um assessor financeiro empresarial.

Assessoria financeira pessoal

Nesta frente, o foco está nas pessoas físicas – indivíduos como você e eu que buscam auxílio para montar uma carteira de ativos eficiente. Para tal, um assessor financeiro pessoal terá uma rotina com atribuições pontuais, da mesma forma que acontece com a corporativa. 

Análise de dívidas

Separar uma parte do patrimônio para realizar aplicações financeiras pode englobar muitos cenários distintos: a necessidade de se organizar para pagar dívidas ou de simplesmente analisar os débitos já existentes a fim de alocar o capital que sobra após seus pagamentos.

Seja como for, o assessor financeiro deverá ter um olhar analítico para compreender cada caso e oferecer produtos e soluções personalizados, que não comprometam a saúde financeira de seus clientes.

Auxílio para aposentadorias

Tem notado que, nos últimos anos, as pessoas têm começado a organizar sua vida futura cada vez mais cedo? Independente da fase da vida, o assessor financeiro com certeza lida frequentemente com o objetivo de preparar clientes para a aposentadoria.

Não são poucos os que buscam esse auxílio profissional para começar a construir uma carteira de investimentos que traga lucros a médio e longo prazo. Para tal, é necessário conhecimento sobre o mercado e sobre os produtos do banco ou da corretora que possam ser úteis para o atingimento desta meta.

Desenvolvimento de perfil de investidor

Nenhum produto financeiro deve jamais ser oferecido sem que um perfil de investidor seja desenvolvido antes. Com essa análise, é possível compreender quem é este cliente, qual a sua tolerância ao risco, seus objetivos, sua renda atual, suas despesas e tudo o que for importante para que o serviço seja profundamente personalizado.

Assessores financeiros lidam com muitos clientes simultaneamente. Dessa forma, é imprescindível que este profissional esteja solidamente qualificado para realizar esse tipo de avaliação.

Resumidamente, a atuação de um assessor financeiro, seja ela pessoal ou empresarial, é repleta de atribuições específicas e que cabem unicamente ao cenário em questão, mas também de outras que são compartilhadas pelas duas frentes.

Em outras palavras, se você deseja seguir com essa carreira, deve saber que gestão de risco, análise de perfil de investidor e boa comunicação, por exemplo, serão requisitos em qualquer caminho que escolha seguir.

Quais as competências de um assessor financeiro?

E por falar em características comuns em ambas as frentes da profissão de assessor financeiro, eu trouxe ainda algumas competências que são basicamente obrigatórias no seu dia a dia.

Transparência

Ao oferecer produtos financeiros da corretora ou banco para o qual trabalha, o assessor deve ser transparente em relação a todas as informações que provê – essa é uma das obrigações básicas no que diz respeito ao aspecto ético de qualquer carreira em nosso mercado. 

Assim, ao se reunir com os clientes a fim de prestar seus serviços, o profissional deve ser claro ao listar custos, riscos e rentabilidade de um ativo. Por mais que o seu trabalho envolva recomendar unicamente as aplicações da instituição a qual está vinculado, as demandas do cliente devem ser atendidas.

Planejamento personalizado

Seja no âmbito pessoal ou corporativo, a grande verdade é que cada cliente será um caso único. Ou seja, cada um representará uma estratégia distinta.

O atendimento prestado, portanto, deverá considerar sempre metas específicas, situação financeira atual, perfil de investidor e quaisquer outros detalhes que sejam primordiais para oferecer produtos financeiros relevantes e pertinentes ao momento.

Acompanhamento

Uma das características mais marcantes do mercado financeiro é a sua oscilação constante. Da mesma forma, aliás, que um ativo pode apresentar maior ou menor rentabilidade, o próprio investidor também pode passar por uma mudança de cenário.

Queda nas vendas, despesa imprevista, alta ou baixa na taxa de juros: os fatores que podem afetar o desempenho de uma carteira de ativos são inúmeros. Consequentemente, é papel do assessor monitorar continuamente essa performance, com a finalidade de empreender eventuais mudanças de rota, quando necessárias, ou responder às dúvidas dos clientes que possam surgir com o tempo.

Relacionamento

Afirmar que o relacionamento entre o assessor e o cliente deve ser de confiança engloba vários aspectos. Primeiramente, é claro, precisamos do fator ético: ou seja, a transparência que já mencionei por aqui, que vem das informações claras e verídicas sobre os produtos oferecidos e a situação econômica atual.

Além disso, há também a comunicação assertiva. Isso porque, para construir um bom relacionamento com o cliente, é preciso saber ouvi-lo e adequar o atendimento para que este seja acessível a qualquer pessoa – desde as mais leigas, até as mais experientes no mercado financeiro. 

Quanto ganha um assessor financeiro?

No Brasil, a média salarial de um assessor financeiro gira em torno dos R$3.000,00. Esse valor, no entanto, depende do nível de experiência do profissional, da região do país onde atua e da empresa na qual trabalha. 

Em grandes empresas e para profissionais com certo tempo de estrada, os ganhos podem ultrapassar os R$7.000.

Como ser um assessor financeiro?

Primeiramente, faz-se necessário um curso de graduação. Normalmente, os assessores financeiros têm diplomas em Administração, Economia ou Ciências Contábeis

Embora o diploma não seja uma obrigatoriedade, é fato que ele te coloca à frente da concorrência e aumenta as suas chances de conseguir se colocar mais facilmente em um bom banco ou corretora. Ademais, além de prover uma boa base de conhecimento para iniciar a sua jornada, as faculdades são uma ótima maneira de construir uma boa rede de networking, bem como de encontrar as primeiras oportunidades no mercado financeiro.

Como a qualificação é um fator crucial para escalar na carreira e obter remunerações mais altas, um curso de especialização é um plus muitíssimo bem-vindo – e essencial! 

Assim, MBAs, cursos de pós-graduação e mestrados em assessoria ou gestão de investimento cabem perfeitamente nos requisitos para este tipo de vaga. 

Tão importantes quanto um diploma são as certificações financeiras. Estes selos servem não somente para hierarquizar funções e designar salários no mercado financeiro, como também são requisitos mesmo quando não são obrigatórias por lei.

Em um setor tão competitivo, não é errado dizer que um profissional sem certificações não vai a lugar algum. Até mesmo para cargos mais iniciais, as mais básicas são exigidas. Interessado em se tornar um assessor financeiro? Então, você vai precisar obter as suas.

Qual a certificação para se tornar assessor financeiro?

Há duas certificações ideais para trabalhar como assessor financeiro: a CEA Anbima e a AAI Ancord.

Por mais que cada uma tenha suas especificidades, ambas te abrem portas nessa carreira e são, como eu já expliquei, exigências do mercado. Vem entender os detalhes sobre cada uma!

CEA Anbima

Essa certificação te dá o título de especialista em investimentos. Via de regra, ela é o selo que habilita um profissional a recomendar produtos financeiros e assessorar gerentes de contas. Para assessores, tê-lo no currículo é indispensável. 

A sua prova tem 70 questões, que precisam ser resolvidas em 3h30. A aprovação mínima é de 70%. O seu conteúdo, aliás, inclui:

  • Sistema Financeiro Nacional;
  • Economia e finanças;
  • Instrumentos de renda fixa, renda variável e derivativos;
  • Fundos de investimento;
  • Produtos de previdência complementar;
  • Gestão de carteiras e riscos;
  • Planejamento de investimento.

Vale lembrar que a CEA é uma das certificações de maior prestígio da Anbima. Ou seja, além de te ajudar a se tornar um assessor financeiro, ela possibilita muitos outros caminhos também. Para realizá-la, basta acessar a página de inscrição para CEA Anbima no site da instituição. 

AAI Ancord

Aqui, o certificado te torna um Agente Autônomo de Investimentos. Apesar de o título levar a palavra “autônomo”, o profissional precisa estar obrigatoriamente vinculado a uma instituição financeira – assim como um assessor.

Com o selo de AAI no currículo, você está oficialmente autorizado a prospectar clientes e oferecê-los orientações sobre quais ativos são mais pertinentes aos seus objetivos e condição financeira.

A prova tem 80 questões e 2h30 de duração. O conteúdo, por sua vez, é o seguinte:

Aqueles que desejam trabalhar dessa forma, inclusive, devem ainda realizar seu registro junto à CVM. Se interessou? Então, basta acessar a página de inscrição AAI Ancord!

A TopInvest te transforma em um assessor financeiro

Afinal, nós te ajudamos a passar em qualquer uma das certificações que você escolher para chegar lá e se tornar um assessor financeiro. Olha só:

Ambos os cursos contam com muitas horas de aula, questões comentadas e suporte online de nossos professores. O conteúdo, aliás, é desenvolvido a partir do Método Top de estudos – que te ajuda a aprender de verdade o conteúdo, no tempo ideal e sem deixar nada importante para trás. Por aqui, você não sai somente certificado, você se torna um profissional muito além do básico!

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