Sabe o que há de comum entre a maioria daquelas profissões do mercado financeiro que são listadas como tendência para o futuro? O otimismo que as cercam origina-se do fato de que, cada vez mais, indivíduos, famílias e empresas despertam para a necessidade de auxílio profissional no que tange à manutenção de sua saúde financeira.

Neste leque, temos o consultor financeiro pessoal. Em resumo, esse profissional compreenderá os objetivos e a situação atual de seus clientes para, então, traçar estratégias que os auxiliem a alcançar suas metas e aumentar seu patrimônio.

Curioso para conhecer a sua rotina, quem são seus possíveis clientes e quais as vantagens de seguir essa carreira? Vem comigo!

O que é a consultoria financeira pessoal?

Na consultoria financeira pessoal, temos a atuação de um profissional especializado que orienta seus clientes em todos os aspectos que tangem sua vida financeira. Por meio de uma jornada de compreensão de sua atual situação, de seus objetivos e seu momento de vida, o consultor traça, implementa e supervisiona estratégias que garantam a saúde financeira do assessorado.

Embora possa trabalhar de forma autônoma ou em seguradoras, um consultor financeiro pessoal não deve ter vínculos com instituições bancárias. Afinal, o seu trabalho deve ser ético e beneficiar exclusivamente os seus clientes.

Outro fator importante é que a consultoria não permite a existência de vínculo emocional entre profissional e cliente. Dessa forma, o consultor posiciona-se como alguém neutro e com maior capacidade de fornecer orientações imparcialmente.

Esclarecer dúvidas, fornecer explicações sobre investimentos e orientar os clientes sobre como lidar com seu patrimônio de uma maneira mais inteligente e proveitosa estão na sua lista de obrigações também – mas não se preocupe, mais adiante você vai compreender melhor cada uma de suas tarefas rotineiras! Continua comigo.

Quem precisa de uma consultoria financeira pessoal?

O principal público-alvo da consultoria financeira pessoal são indivíduos e famílias. Dentro dessas categorias, os tipos de clientes podem ser inúmeros: casais se preparando para a chegada de um bebê ou para a compra de uma casa própria, necessidade de juntar fundos para custear estudos e viagens, famílias que desejam manter seu patrimônio seguro para gerações futuras, planejamento sucessório para empresas familiares… Os cenários podem ser extremamente variados.

Estes clientes, inclusive, não necessariamente possuem patrimônios exorbitantes – embora estes também busquem consultores financeiros pessoais com frequência. É muito comum que, atualmente, qualquer indivíduo, casal ou família que sinta a necessidade de organização profissional de suas finanças busque pelo atendimento adequado.

Quais os benefícios da consultoria financeira pessoal?

Vamos agora entrar em detalhes sobre como a consultoria financeira pessoal pode ser proveitosa para seus clientes. 

Lembre-se: a atuação desse profissional é 360º no que diz respeito às finanças de seus assessorados. Portanto, a sua expertise estende-se por vários aspectos, como riscos financeiros, gestão de investimentos e planejamento tributário, por exemplo. Vem comigo entender melhor!

Planejamento financeiro

Organizar as finanças definitivamente não é tão simples quanto parece. Basicamente, esta tarefa é um constante malabarismo com os rendimentos mensais, as contas a pagar, a necessidade de alimentar uma reserva de emergência, os objetivos e sonhos futuros, o gerenciamento de aplicações e muito mais.

Neste aspecto, a consultoria financeira pessoal entra como o auxílio profissional que vai compreender as nuances desse fluxo de caixa e os comportamentos do cliente para só então ter dados suficientes para desenvolver estratégias e orientações pertinentes ao caso.

Gestão de ativos e investimentos

Por meio da análise da situação financeira e do perfil de investidor, a consultoria também exerce a função de encontrar ativos que se adequem à realidade dos clientes. Além disso, o profissional ainda deve monitorar o mercado a fim de manter as aplicações rendendo todo o seu potencial.

Esta, inclusive, é uma vantagem enorme aos clientes. Isto é, ao investir – seja em renda fixa ou variável – é possível manter o patrimônio rendendo e se multiplicando, em vez de apenas deixá-lo parado. No entanto, não raro encontramos por aí pessoas que não têm tempo ou conhecimento suficientes para estudar e fazer uso dessas possibilidades.

Planejamento de aposentadoria

Seja qual for a idade do cliente, fato é que nunca é cedo ou tarde demais para começar a planejar a aposentadoria. Inclusive, com as condições ideais e organização em dia, uma pessoa pode deixar de trabalhar e continuar vivendo confortavelmente antes do que pensa.

A consultoria, nesse caso, existe para analisar os diferentes tipos de aposentadoria (pública e privada), além de definir todos os demais detalhes sobre essa fase da vida, como início e valor dos aportes periódicos, duração do planejamento, padrão de vida a ser mantido futuramente e estimativa de cessão do trabalho.

Gestão de riscos

Os riscos financeiros são inúmeros e absolutamente ninguém está imune a eles. Imprevistos, afinal, acontecem: um problema de saúde, uma demissão, um carro que necessita de conserto e algum outro grande gasto que faz o cliente precisar de uma nova rota para dar o giro, por exemplo. Também há, é claro, os clássicos riscos que se assume quando se lida com o gerenciamento de ativos.

Mais do que tentar prever tudo isso, na medida do possível, a consultoria financeira pessoal serve para contornar todos esses problemas de maneira otimizada e, mais importante ainda, construir uma reserva de emergência consistente para que essas eventualidades não causem grandes impactos na saúde financeira dos clientes.

Planejamento tributário

De uma forma ou de outra, todos sabemos que os impostos impactam suas vidas pessoal e financeira. Na prática, realizar todas as declarações do jeito certo e encontrar formas legais de minimizar o peso desses tributos requer um conhecimento mais específico.

Assim, temos o bem-vindo auxílio profissional da consultoria, que deve realizar a análise das declarações dos clientes, a fim de encontrar inconsistências nos dados e preveni-lo de ter algum problema futuro. 

Planejamento sucessório

Uma família pode ter uma empresa, ou apenas bens e economias acumulados com o passar do tempo. Seja como for, a maioria das pessoas logo busca a ajuda de um profissional para realizar a transferência desses bens.

Mais do que garantir a justa distribuição de tudo e encaminhar um futuro estável e confortável para filhos e próximas gerações, essa tarefa abrange ainda impactos jurídicos, custos tributários e previsão de cenários possíveis. Ou seja, se trata de uma burocracia que, para ser feita de forma efetiva, melhor contar com um consultor.

O que faz um consultor financeiro pessoal?

Até aqui, você teve uma noção bastante precisa sobre o que uma consultoria oferece aos clientes. Os serviços te parecem atrativos para a sua carreira? Então, agora vou me aprofundar nas tarefas do consultor financeiro pessoal – tudo aquilo que faz parte da sua rotina diária e que requer o máximo de suas capacidades técnicas e soft skills.

Levantamento da situação financeira

Primeiramente, temos o contato inicial entre cliente e consultor. Nessa etapa, é preciso que o profissional levante todas as informações possíveis a fim de compreender qual é, exatamente, a situação financeira do indivíduo, casal ou família em questão.

Nesse processo de reconhecimento, alguns dados não podem ser deixados para trás, já que são estes que darão um escopo sólido para o trabalho do consultor. São eles:

  • Estilo e padrão de vida, hábitos, sonhos, objetivos e informações pessoais em geral;
  • Extratos bancários;
  • Rendas fixas;
  • Despesas fixas;
  • Produtos financeiros;
  • Bens materiais;
  • Reservas de emergência.

Desta forma, a apuração do diagnóstico do cliente será muito mais efetiva. Importante mencionar, também, que é nesta fase inicial que o consultor apresenta seus serviços, explica como o seu trabalho funciona e sana quaisquer dúvidas que possam surgir.  

Identificação dos pontos de melhoria

Com o diagnóstico da situação financeira do cliente em mãos, o consultor financeiro pessoal com certeza vai identificar inúmeros aspectos que não estão funcionando como poderiam

Gargalos, despesas e tributos desnecessários e ausência ou mau gerenciamento de ativos são alguns dos problemas comuns, por exemplo, encontrados principalmente quando alguém necessita dos serviços desse profissional para organizar suas finanças de forma geral.

Em resumo, você, como consultor financeiro pessoal, com certeza vai lidar muitas vezes com erros tais quais:

  • Acúmulo de dívidas e, por consequência, juros;
  • Gastos que excedem os ganhos;
  • Ausência de aplicações no mercado financeiro;
  • Ausência de controle sobre ganhos e gastos;
  • Ausência de reserva de emergência.

Investigação sobre perfil de investidor

Parte dessa investigação da situação financeira do cliente é composta pela delimitação do seu perfil de investidor. Essa análise existe para mensurar sua tolerância ao risco, principalmente quando se trata de aplicar uma parte do patrimônio em ativos.

A etapa do levantamento de dados já é bastante útil no que tange a esta tarefa. No entanto, há ainda algumas questões específicas que podem ser levantadas para que o perfil seja traçado de forma precisa. Eis aqui alguns exemplos:

  • Faixa etária;
  • Situação empregatícia atual;
  • Se possui dependentes financeiros;
  • Se possui economias e aplicações financeiras;
  • Quantos investimentos foram feitos nos últimos 24 meses;
  • Grau de interesse sobre o mercado financeiro;
  • Grau de conhecimento sobre termos pertinentes, como marcação a mercado, juros etc.
  • Quais opções de ativo parecem mais atraentes e porquê;
  • Qual o horizonte de investimento (se é meses ou anos, por exemplo);
  • Como o investidor se sentiria a respeito de um prejuízo de 10%.

Ao analisar essas e outras respostas, pode-se classificar o cliente como um investidor conservador, moderado, arrojado ou agressivo. As futuras aplicações no mercado financeiro, é claro, devem acompanhar esse grau de tolerância ao risco.

Esse perfil, aliás, deve ser refeito periodicamente, uma vez que as respostas podem mudar com o passar do tempo.

Definição de metas

Outra demanda bem comum que esse tipo de consultor encontra ao longo do exercício de sua função é a necessidade de ajuda com projetos futuros. Frequentemente os clientes terão planos grandes para o futuro: comprar uma casa, se aposentar de forma confortável, viajar para o exterior, investir em um carro – as possibilidades são muitas.

Assim, cabe ao profissional encontrar meios de chegar lá. Em outras palavras, de estabelecer quais estratégias financeiras deverão ser utilizadas para viabilizar essas metas, bem como estipular o tempo necessário para tal.

Apresentação da análise de carteira

Para clientes que já possuem uma carteira de ativos, ficará a cargo do consultor a missão de analisar esses investimentos e sentenciar se estas são as melhores opções possíveis ou não. 

Aqui, é importante verificar se os papéis condizem com o perfil do investidor em questão, se o patrimônio não está acumulado em apenas um ativo, se a rentabilidade obtida tem sido satisfatória e se não há aplicações mais vantajosas no mercado.

Como consultor, você poderá gerir a carteira de seus clientes. No entanto, lembre-se de que as aplicações só podem ser realizadas com o seu consentimento, e que os relatórios de desempenho devem ser apresentados periodicamente. Em outras palavras, o assessorado deve estar sempre a par do que tem sido feito em relação às suas finanças. 

Apresentação da estratégia

Reuniu informações, definiu o perfil de investidor, compreendeu as metas, a situação financeira atual e desenvolveu uma estratégia sólida? Então, é hora de apresentá-la ao seu cliente, explicar os próximos passos e tirar dúvidas.

Como você já sabe, é uma obrigação do consultor compartilhar todos os detalhes sobre o seu trabalho com o assessorado. Afinal, seus esforços existem unicamente para irem ao encontro de suas expectativas. 

Nesta etapa, já será possível saber quais estratégias podem ser implementadas imediatamente e o que ainda deve ser otimizado. Temos, aliás, uma missão a ser assumida em equipe, já que tanto profissional, quanto cliente terão deveres a cumprir em prol dos objetivos definidos.

Monitoramento

Sabe o que pode ser tão (ou mais) volátil que o mercado financeiro? Nossas próprias vidas. Eu já mencionei isso nesse artigo: imprevistos acontecem e o risco está aí para todos. 

A consultoria financeira pessoal é marcada por possíveis imprevistos de origens diversas. Da mesma forma que a taxa de juros pode afetar o desempenho de um ativo, uma mudança de rota de cunho pessoal também é passível de acontecer – uma doença, uma viagem, um filho, um casamento…

Por essas razões, talvez a estratégia definida no início do contrato já não seja mais pertinente após alguns meses. Além disso, há ocasiões em que o plano estabelecido simplesmente não deu tão certo quanto o esperado. 

Assim, o acompanhamento deve ser constante, a fim de modificar ou aprimorar as decisões tomadas, caso necessário. Esse monitoramento deve ser compartilhado com o cliente por meio de relatórios, já que este precisa consentir com qualquer mudança que possa acontecer. 

Quanto ganha um consultor financeiro pessoal?

A média brasileira para o salário de consultor financeiro pessoal é de R$4.000,00, com ganhos que podem chegar aos R$20.000,00 mensais. 

A remuneração pode variar de acordo com a forma utilizada pelo profissional para trabalhar: se este é contratado de alguma empresa, ou se oferece os serviços de consultoria como autônomo. 

Outro ponto de impacto é sua experiência. Ou seja, quanto mais tempo de estrada tiver esse contador, maior será o seu salário.

Como se tornar um consultor financeiro pessoal?

Primeiramente, é preciso um curso de graduação. Administração, Contabilidade e Economia costumam ser as melhores opções para seguir essa carreira. Além disso, ter uma especialização pode ser um destaque no mercado financeiro. A maioria das faculdades – a FGV, por exemplo – ofertam cursos bastante pertinentes, como consultoria financeiras e gestão financeira.

Além da educação formal, algumas habilidades serão necessárias no dia a dia, sejam elas técnicas ou comportamentais. Por isso, investir em cursos de desenvolvimento profissional é uma excelente maneira de desenvolvê-las. Olha só alguns exemplos: 

  • Matemática financeira;
  • Capacidade de análise;
  • Atualização constante sobre o mercado financeiro;
  • Excel;
  • Calculadora financeira HP12c;
  • Comunicação assertiva;
  • Proatividade.

Outro requisito indispensável para se atuar dessa forma são as certificações financeiras.

Qual a certificação para se tornar um consultor financeiro pessoal?

As principais certificações para consultores financeiros pessoais são a CFP Planejar e a GGA Anbima. Enquanto a CFP prepara o profissional para atuar como consultor, a CGA é necessária para quem oferece também os serviços de gestão de carteiras

Os pormenores da cada uma são distintos e eu vou te apresentar as informações mais importantes sobre essas certificações.

CFP Planejar

Embora a CFP Planejar não seja obrigatória, é inegável que o mercado de trabalho te dará muito mais espaço e melhores oportunidades se você tiver esse selo no currículo. Além de ser uma exigência na maioria das instituições financeiras ao contratar um novo colaborador, ela ainda concede maior credibilidade para aqueles que trabalham como autônomos.

Esta prova é dividida em seis módulos, que também são as áreas de conhecimento que seu conteúdo abrange:

  • Planejamento Financeiro e Ética;
  • Gestão de Investimentos;
  • Planejamento da Aposentadoria;
  • Gestão de Riscos e Seguros;
  • Planejamento Fiscal;
  • Planejamento Sucessório.

Ao todo, são 140 questões que podem ser respondidas em um exame único, com duração de 7h, ou dividida a partir de seus módulos. A aprovação é concedida àqueles que obtiverem um aproveitamento mínimo de 70% sobre o seu peso total, além de aproveitamento de 50% (no mínimo) em cada módulo.

Na hierarquia das certificações, a CFP Planejar tem imenso prestígio. Por isso, caso alcance essa conquista, você com certeza se destacará frente à concorrência.

CGA Anbima

Se um consultor financeiro pessoal também exercer a função de gestor de investimentos, então a CGA Anbima é uma obrigatoriedade. Isso porque é este selo que autoriza o profissional a executar essa administração, garantindo oficialmente ao mercado de trabalho e clientes que esta pessoa está apta a alocar fundos e lidar diretamente com ativos.

Os conteúdos que este exame abrange são:

  • Gestão de carteiras – renda variável;
  • Gestão de carteiras – renda fixa;
  • Investimentos no exterior;
  • Avaliação de desempenho;
  • Gestão de risco;
  • Legislação, regulação e tributação.

Há um total de 45 questões, que devem ser respondidas em até 2h30. O aproveitamento mínimo também é de 70%.

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