O Sistema Financeiro Nacional é composto por diferentes mercados. Cada um a seu modo afeta a economia brasileira de uma forma diferente — o que significa, em termos mais diretos, que todos impactam a nossa vida também, meros mortais, profissionais do setor ou não.

Dentre estes, temos o mercado de crédito — definitivamente um dos que mais influencia o comportamento do consumidor no Brasil, seja um cidadão ou uma empresa. A inflação, a taxa de juros, os preços do supermercado, os investimentos, os empréstimos: tudo movimenta esse mercado específico.

Seja você um profissional da área financeira, um aspirante ou apenas um entusiasta, eu te aconselho a continuar aqui comigo. Neste artigo, você vai compreender o que é o mercado de crédito, como ele funciona, qual a sua relação com demais aspectos e estruturas do país e como as suas movimentações impactam o país.

O que é o mercado de crédito?

O mercado de crédito é o ambiente onde são realizadas operações e concessões de crédito e financiamento para pessoas físicas e jurídicas. A definição de crédito, aliás, é o pagamento futuro, muitas vezes acrescido de juros, de um valor obtido no presente.

Este mercado é uma parte importantíssima do Sistema Financeiro Nacional, uma vez que é, basicamente, uma ferramenta utilizada em prol do crescimento econômico. Ao mesmo tempo, toda essa estrutura nos proporciona ter um panorama acurado do grau de endividamento da população brasileira.

Qual o papel do mercado de crédito?

Primordialmente, o maior propósito do mercado de crédito é favorecer a movimentação de recursos. Para isso, conecta quem necessita de recursos com quem pode financiá-los ou emprestá-los.

Dessa forma, o ciclo da economia se torna mais dinâmico. Afinal, às empresas fica reservada a vantagem de aumentar o seu patrimônio por meio da prática de juros. Já para o consumidor, há o benefício de conseguir realizar uma compra mesmo quando não possui capital suficiente para tal.

Quanto mais desenvolvido for, mais o mercado de crédito contribui com a alocação de recursos na economia — uma vez que a sua influência sobre o crescimento desse setor é tão grande. No entanto, os processos e as conexões que justificam essa relação são complexos e variados. Assim, para entender todos os seus pormenores, continue comigo!

Qual a diferença entre mercado de crédito e mercado de capitais?

Enquanto no mercado de crédito o empréstimo é feito por instituições financeiras para os clientes, no mercado de capitais o valor parte dos investidores para as empresas — que o devolve futuramente também com o acréscimo de juros. Ademais, este último ainda conta com a intermediação de corretora de valores ou banco para estas operações.

A confusão que os termos possam causar é compreensível, uma vez que, em ambos, temos o processo de empréstimo e captação de recursos. No entanto, é importante reforçar que, no mercado de capitais, são as empresas que necessitam de fundos, e não o contrário. A razão para isso é que, com o patrimônio obtido a partir dos investidores, elas podem empreender projetos de expansão e crescimento, por exemplo.

Quais os tipos de crédito do mercado de crédito?

Uma empresa que oferece crédito o faz a partir de duas modalidades: crédito para pessoa física e para pessoa jurídica, uma vez que cada uma tem objetivos de diferentes naturezas. As diferenças são as seguintes:

1. Pessoa Física

Para cidadãos como eu e você, pessoas físicas, os tipos de crédito mais populares que as instituições financeiras oferecem são esses aqui: 

  • Crédito consignado: o valor emprestado ao cliente é pago por meio de parcelas descontadas em sua folha de pagamento ou benefício. Por isso, essa modalidade destina-se a trabalhadores que tenham carteira assinada com empresa privada, aposentados, beneficiários de programas do governo, militares das Forças Armadas e servidores públicos. Participantes destes últimos dois grupos podem ser ativos, inativos ou pensionistas;
  • Crédito direto ao consumidor: oferecido por bancos e até mesmo por lojas, é uma forma desburocratizada de obter crédito, uma vez que nem sempre é preciso comprovar renda ou informar a razão do empréstimo. Nas lojas, esta modalidade se manifestava por meio dos carnês. Hoje, com a tecnologia aplicada a tantos serviços financeiros, esses estabelecimentos também podem oferecer versões digitais deste crediário. Assim, o dinheiro emprestado não sai de um banco, mas da própria loja; 
  • Cheque especial: este crédito pré-aprovado passa a estar disponível a partir do momento que uma conta corrente é aberta, independente de o correntista o ter solicitado ou não. Este “valor extra” funciona como um empréstimo menos complexo, feito para ser utilizado em situações de aperto com as finanças. “Limite pré-aprovado”, “LIS” e “cheque azul” são algumas das demais formas de nomear essa prática;
  • Cartão de crédito: extremamente popular no país, o cartão de crédito também é uma forma de empréstimo. Ao comprar algo neste cartão, você não utiliza seu próprio dinheiro, mas sim o da instituição financeira em questão. O pagamento, então, é feito apenas futuramente, e vem em forma de fatura. Quando paga com atraso, ou dependendo da opção de parcelamento escolhida há o acréscimo de juros ao valor original;
  • Leasing: também chamado de “arrendamento mercantil”, o leasing é uma espécie de contrato de aluguel. Nele, o arrendatário (cliente) usufrui de determinado bem a partir do pagamento de parcelas mensais para o arrendador (instituição financeira). Ao final do contrato, o arrendatário tem a opção de renová-lo, devolver esse bem (um carro ou uma casa, por exemplo), ou comprá-lo, descontando o valor de todas as parcelas que pagou até então.  

2. Pessoa Jurídica

Já para as pessoas jurídicas, a principal modalidade de crédito oferecida é a de empréstimo de capital de giro. Nesse caso, é uma forma de garantir às empresas recursos suficientes para financiamento de projetos, por exemplo, ou aquisições. Normalmente, inclusive, as instituições financeiras proporcionam condições especiais de pagamento.

Além deste, algumas opções de crédito tradicionalmente solicitadas por pessoas físicas também cabem perfeitamente aqui. O leasing é um deles: muitos contratos de arrendamento são desenvolvidos para empresas, que arrendam instalações ou maquinários.

Os cartões de crédito, tão difundidos entre a população, também apresentam versões corporativas. Em geral, os bancos elencam opções sem anuidade (ou com um valor especial), condições especiais de parcelamento, limite específico e até plataformas de internet banking focadas no gerenciamento empresarial.

Assim como o crédito para pessoas físicas existe para facilitar e estimular o consumo por parte da população, este destinado às pessoas jurídicas tem por objetivo fomentar o desenvolvimento econômico do país por meio de condições facilitadas para empreendedores e empresários.

Como funciona o mercado de crédito?

O funcionamento do mercado de crédito começa pelas suas duas figuras principais: o credor (quem fornece o crédito) e o tomador (quem solicita o recurso, sendo este pessoa física ou jurídica). Entre eles, são realizadas operações de empréstimos e financiamentos.

Para que essas operações sejam possíveis, a instituição financeira fornecedora irá cobrar uma taxa de juros sobre o montante cedido ao cliente. Em termos bem simples, esses juros são como um valor extra pago pela disponibilidade da quantia no momento em que ela foi solicitada, uma espécie de “aluguel do dinheiro”.

O pagamento desse empréstimo ou financiamento, por sua vez, ainda conta com a interferência de outros fatores, como esses aqui:

  • Prazo de pagamento: a devolução do recurso pode ser feita a curto, médio e longo prazo. Se nos cartões de crédito, por exemplo, temos uma fatura mensal, em financiamentos é comum que encontremos opções que durem anos. Esse é um dos fatores que pode influenciar no total de juros pagos;
  • Taxa de juros: naturalmente, é preciso considerar a taxa que incidirá sobre o valor de cada parcela ao longo do pagamento. Esta pode ser simples ou composta — quando simples, a taxa incide somente sobre o valor original da parcela; quando composta, incide sobre o valor original e demais juros aplicados em períodos anteriores. Esta última, aliás, é uma prática bem comum no mercado financeiro e o que pode aumentar gradualmente o nível de endividamento de alguém;
  • Destinação dos recursos: dependendo da modalidade do crédito tomado, é preciso informar à instituição financeira para o que exatamente o montante será utilizado. É importante lembrar que essa destinação deve ser real — ou seja, o empréstimo, por exemplo, deve realmente servir ao propósito informado. Em muitos bancos, aliás, há linhas especiais que já requerem essa especificação, como para financiamento de veículos;
  • Garantias: este é um mecanismo de proteção para a instituição financeira credora em caso de inadimplência. Essas garantias podem se desdobrar de inúmeras formas. Na hipoteca, por exemplo, temos geralmente um imóvel que é ofertado como garantia de pagamento. Há, ainda, a presença de um fiador: um terceiro elemento presente na operação que se compromete a arcar com o compromisso do tomador do empréstimo, caso este não pague o prometido.

O mercado de crédito ainda com um detalhe bem importante, que representa como o seu funcionamento é complexo e cíclico: o dinheiro utilizado no fornecimento de empréstimos e financiamentos vem dos depósitos e investimentos realizados pelos seus próprios clientes. Essa prática, é claro, é totalmente segura, já que é autorizada e fiscalizada pelo Banco Central.

Basicamente, as movimentações levam em consideração recursos de terceiros, não exatamente da instituição. É essa a razão pela qual o banco precisa sempre dispor um volume considerável de dinheiro em caixa, uma vez que estes clientes podem solicitar a retirada imediata de algum valor.

Quais os principais agentes do mercado de crédito?

No que tange à dinâmica do mercado de crédito, os principais agentes são o credor e o tomador de recursos. Em outras palavras, as instituições financeiras e seus clientes, que movimentam empréstimos e financiamentos.

Já no que se refere à operacionalização dessas movimentações, temos algumas instituições cuja atuação é imprescindível no mercado:

  • Promotoras de crédito: são empresas autorizadas e terceirizadas pelos bancos que também oferecem empréstimos e financiamentos, de várias modalidades, bem como abertura de contas e até seguros. A relação entre a promotora e a instituição financeira é direta, o que torna uma opção bastante versátil e segura para os clientes;
  • Correspondentes bancários: são pessoas jurídicas que estabelecem uma parceria com uma instituição financeira para oferecer linhas de crédito e financiamento em seus estabelecimentos — como acontece com as lojas de materiais de construção, por exemplo. Essa atuação também pode estar vinculada às promotoras;
  • Agentes de crédito: são pessoas físicas que trabalham em conjunto com promotoras e correspondentes, realizando o intermédio entre instituição financeira e cliente. Em resumo, seu papel é ajudar essas pessoas a encontrar as linhas de crédito mais convenientes para suas necessidades.

Quais fatores influenciam no mercado de crédito?

Produto interno bruto, lei da oferta e demanda, consumo da população e decisões do governo: esses são alguns dos fatores capazes de afetar o mercado de crédito brasileiro, tornando-o mais ou menos acessível para a população.

Como cada um desses pontos tem sua própria complexidade e relação com este mercado — e, principalmente, como eu quero que este artigo seja uma verdadeira aula para você — eu vou te explicar em detalhes tudo o que pode influenciá-lo.

Mercado de crédito e o PIB do Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de tudo o que é produzido em uma cidade, estado ou país no período de (geralmente) um ano. Essa informação serve a muitos propósitos, como o de avaliar a participação setorial na economia da nação, por exemplo, bem como identificar deficiências econômicas e mapear o seu crescimento ou diminuição.

A partir do relatório Estatísticas Monetárias de Crédito, desenvolvido e divulgado pelo Banco Central, o percentual das operações de crédito é sempre apresentado de forma a mostrar o quanto equivale ao PIB brasileiro.

A razão para isso é a seguinte: avaliar a proporção do mercado de crédito em relação ao tamanho da economia é uma forma de descobrir se os processos de avaliação, competição e segurança estão maduros o suficiente ou se precisam de melhorias e evoluções. Esses, por sua vez, são fundamentais na construção do bem-estar social.

Para você ter noção da dimensão do mercado de crédito, cito aqui o relatório de 2021, quando todas as movimentações com o Sistema Financeiro Nacional somaram mais de R$4,3 milhões — mais da metade de tudo o que é produzido no país, já que a quantia representava 52,3% do PIB.

Volume de crédito e demanda

Quanto maior for o volume de crédito destinado à população — às famílias — maior será o incentivo à produção e ao investimento empresarial. A razão disso é o aumento proporcional da demanda agregada. Ou seja: sobe o consumo, os gastos do governo, os investimentos e as exportações líquidas — benefícios generalizados, que servem aos empresários e aos consumidores.

Com o dinheiro em circulação, encontramos por aí taxas de juros menores e mais atrativas. Além disso, quanto mais recursos aplicados no mercado de crédito, mais se garante a aquisição de bens e serviços.

Mercado de crédito e a participação do consumo

Em momentos ruins para a economia, a participação do consumo por parte das famílias no PIB baixa bastante. Com uma população endividada, é natural que as pessoas façam menos compras parceladas ou busquem por empréstimos e financiamentos. 

Já as instituições financeiras, por sua vez, passam a temer a inadimplência. Por consequência, o crédito se torna mais caro — já que os juros sobem — e, assim, temos novamente um ciclo de retração.

Com a baixa circulação do dinheiro, resumindo, as famílias consomem menos e os empresários paralisam investimentos. Em um panorama macro, temos uma diminuição da economia nacional. 

Outro exemplo representativo dessa relação entre o mercado de crédito e a participação de consumo é o ano de 2006, quando essa porcentagem estava zerada no PIB. Em 2007, porém, houve um aumento de 3,7% e, posteriormente, chegou aos 4,2%, em 2010. Com a melhora de cenário, houve também investimentos maiores em bens de capital. 

Mercado de crédito e a inflação

A inflação é, com certeza, um dos fatores de maior impacto na economia e no mercado de crédito. Para medi-la, o Brasil tem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que calcula o preço de uma seleção de produtos e serviços para famílias cujo rendimento esteja entre 1 e 40 salários mínimos.

Se a inflação estiver alta, este preço será maior — assim como o custo de vida será mais caro. O poder de compra, inclusive, é bem fácil de entender: você consegue comprar, hoje, a mesma quantia de itens que podia comprar 10 anos atrás com R$100? Com certeza não — e esse é um dos efeitos da inflação. 

Por mais que se relacione tanto a circulação da moeda com essa alta nos preços, temos ainda outros fatores que a afetam, como o preço do dólar e o custo de matérias-primas.

Aqui, entra a relação com o mercado de crédito. Se a inflação estiver alta, isso significa que as taxas praticadas em empréstimos e financiamentos também serão mais caras. Por consequência, teremos os efeitos que você já sabe: a população pensará duas vezes antes de acessar esses recursos e os bancos se tornarão mais restritos, diminuindo o volume de concessões por temer a inadimplência.

Mercado de crédito e a pandemia de Covid-19

Os impactos da pandemia para o mercado de crédito foram bem expressivos. À época, o endividamento das famílias foi o mais alto desde a crise econômica de 2015. No caso das microempresas, por sua vez, a concessão de crédito foi intensamente cortada.

Para você ter noção, entre abril e setembro de 2019, o percentual de crescimento no Brasil era de 30%. Já neste mesmo período de 2020, o número já havia caído para 9%. 

Resumidamente, a queda na atividade econômica, na geração de renda e na capacidade de pagamento de dívidas levou o mercado de crédito a viver um de seus piores momentos. Com tamanha incerteza econômica, nada mais natural do que a restrição dos bancos, que já não concediam recursos com a mesma facilidade — nem os mesmos preços — de antes. O resultado: um aumento expressivo da taxa de juros e o ciclo que você já conhece. 

Felizmente, com os avanços da ciência e a chegada das vacinas, o cenário começou a apresentar melhoras após um período tão difícil para todos. Além disso, apesar dos maus momentos, decisões governamentais conseguiram manter o nível de inadimplência abaixo dos recordes históricos.

O mercado crédito e as fraudes

Até aqui, você entendeu que o mercado financeiro é de suma importância para a economia brasileira — fato que pode ser facilmente constatado através de seu percentual equivalente no PIB do nosso país. No entanto, uma das ferramentas que mais fez esse mercado evoluir nos últimos anos é, também, uma facilitadora para muitas fraudes: a tecnologia.

Ao mesmo tempo que os mecanismos fraudulentos aumentam e dificultam a concessão de crédito mais acessível, felizmente, esses mesmos recursos tecnológicos têm ajudado o SFN a manter o cenário em ordem. Em 2022, por exemplo, foram registrados mais de R$5,8 bilhões em tentativas de operações fraudulentas.

Clonagem de cartão, boletos falsos e empréstimos que não existem são alguns dos golpes mais corriqueiros — inclusive, tenho certeza que você mesmo já deve ter recebido algum e-mail ou até SMS suspeito. 

Qual o tamanho do mercado de crédito no Brasil?

De acordo com as informações mais recentes divulgadas pelo Banco Central no início de 2023, as operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) somaram R$5,4 trilhões. Os números deste mesmo relatório ainda apontam para um momento de crescimento deste mercado nos últimos meses.

Dentre os vários fatores que nos levam a esse cenário, vale destacar dois bem interessantes e que ainda não mencionei até aqui: as novas formas de efetuar um pagamento, como o PIX ou os cartões por aproximação. Ambas oferecem uma perspectiva bastante otimista para o futuro e facilitam movimentações como nunca antes.

Entretanto, como sempre, vale ressaltar que o otimismo depende de muitos outros aspectos além desse, como o câmbio, a inflação e os juros.

Quanto movimenta o mercado de crédito no Brasil?

O volume movimentado pelo mercado de crédito brasileiro varia anualmente. Em 2022, por exemplo, a quantia para pessoas jurídicas atingiu R$1,3 trilhão ainda em fevereiro. Essa porcentagem, aliás, representou um aumento de 17,5% em relação ao mesmo mês de 2021.

As razões para esse valor tão alto tiveram origem variadas: contratos de câmbio, antecipação de recebíveis, financiamento a exportações, financiamento para aquisição de veículos e capital de giro.

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Vamos recapitular? O mercado de crédito, onde credores emprestam e financiam recursos e bens a tomadores, é uma das partes do Sistema Financeiro Nacional que mais tem influência sobre a economia no Brasil.

Como eu disse, entender o seu funcionamento e sua relação com demais setores é crucial, não importa se você é um profissional da área, um aspirante ou simplesmente um cidadão.

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