Dentre todos os processos do mercado financeiro, esse é, definitivamente, um dos causadores dos efeitos colaterais mais palpáveis na rotina de todos, até mesmo de quem não está exatamente a par dos assuntos econômicos.

Por isso, esse artigo é inteiramente dedicado aos pormenores das políticas monetárias expansionistas e contracionistas – medidas que farão parte direta ou indireta de sua rotina na carreira financeira.

O que são políticas monetárias expansionistas e contracionistas?

Primeiramente, vamos pensar no conceito de política monetária, antes mesmo de nos dedicarmos a compreender o que a torna expansionista e contracionista. Ok?

Pois bem, a política monetária é um conjunto de medidas adotadas pelo governo com a finalidade de controlar a circulação da nossa moeda, o Real. Essas ações visam encontrar um balanço – assim, não devem nem estimular o consumo excessivo, nem a sua baixa frequência. 

Sabendo disso, temos a política monetária expansionista, ou seja, aquela que estimula o consumo por parte da população. A moeda circula em maior quantidade, a economia se aquece, o poder aquisitivo sobe e a população, por consequência, faz o dinheiro girar.

Quais os exemplos de política monetária expansionista?

Neste modelo, temos três medidas principais. Olha só:

Open market

Aqui, o Banco Central age através da compra de títulos do mercado. E por quê? A estratégia vem para colocar mais dinheiro em circulação, uma injeção de moeda na economia.

Esse dinheiro acaba principalmente nas mãos das instituições financeiras que, por sua vez, vão conceder mais crédito e fazer a economia girar com mais rapidez.

Depósito compulsório

Quando um banco comercial recebe um depósito, é de praxe que o Banco Central fique com 10% do valor. A razão para tal é que, dessa forma, se investe na solidez do mercado financeiro.

Em um momento de política monetária expansionista, essa taxa é reduzida. Por consequência, os bancos têm ao seu dispor mais recursos para transformar em crédito para a população. 

Redesconto

Quando falta liquidez nos bancos comerciais – quando seus recursos se tornam mais escassos, é possível pedir um empréstimo para o Banco Central para solucionar o problema.

Contudo, a taxa paga por esse empréstimo, chamada de redesconto, é bastante alta – isso porque esta funciona como uma punição aos bancos, por se encontrarem em um momento no qual não dispõem de liquidez.

Como estratégia expansionista, essas taxas são reduzidas e o redesconto se torna mais acessível e menos custoso, digamos assim. Outra vez, temos uma forma de estimular o banco a conceder mais crédito, colocar mais recursos para girar e assumir mais riscos em sua atuação.

É exemplo de política monetária contracionista…

…o Open Market, o depósito compulsório e o redesconto. Pois é, os mesmos exemplos citados como medidas expansionistas.

Quando se trata de seu oposto, a política contracionista, temos a versão contrária de tudo isso que eu acabei de explicar. As taxas de depósito e redesconto, por exemplo, voltam a subir. Por consequência, a quantidade de dinheiro circulando por aí diminui e a economia vai esfriando.

E por falar nisso, lembra da economia nos anos 2015 e 2016? Naquela época, a expectativa sobre a inflação era de que ela fosse subir bastante. Logo, era necessário uma medida contracionista, que a estagnasse. 

Foi assim que as taxas de juros aumentaram – a Selic, em 2015, chegou a ser de 14,25%. A ação deu certo: a inflação foi contida e permaneceu baixa. Aqui, inclusive, entra a complexidade das políticas monetárias. Como assim?

A política contracionista tem, sim, seus propósitos – como eu acabei de te explicar. Porém, ela também pode causar efeitos adversos: na época citada, o PIB recuou e a taxa de desemprego subiu. Outra vez, portanto, o país adotou a política expansionista, lá em 2018, diminuindo drasticamente a taxa de juros, a fim de fazer a moeda circular novamente.

Percebe como é um ciclo? Em resumo, não temos aqui uma ou outra opção que seja melhor: são dois conjuntos de ações diferentes, feitas para serem postas em práticas em momentos diferentes do país.

Qual a importância da política monetária?

Como você pode ver, a política monetária, seja ela expansionista ou contracionista, é basicamente uma estratégia de contenção de danos. Quando a inflação está alta, por exemplo, aumenta-se as taxas de juros a fim de desacelerar o consumo e a concessão de crédito. Por consequência, o Real circula menos.

É claro que, como eu disse, ambas são complexas e o mercado financeiro deve ser reavaliado a todo momento pelas autoridades, com o objetivo de encontrar sempre o meio termo, um equilíbrio.

Em termos gerais, posso dizer que a política monetária é importante principalmente por afetar a vida de todos: os preços no mercado são um exemplo simples e corriqueiro de como seus efeitos chegam até nós, em quaisquer circunstâncias. E não é só isso: temos altas e baixas nas taxas de desemprego, no poder aquisitivo e na rentabilidade daquilo que investimos.

Na carreira financeira, essas políticas cumprem o papel de nos ajudar a compreender melhor o comportamento de um ativo ou de analisar determinada carteira a fim de julgá-la como adequada ou não. Assim, tomamos melhores decisões, somos mais estratégicos e agimos de forma mais inteligente, considerando o momento pelo qual o país passa e quais são as suas consequências em diferentes ativos.

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