Quando se lida com pessoas que estão dando seus primeiros passos na carreira financeira, se nota a grande frequência com a qual esses novos profissionais desejam saber como trabalhar em banco privado e em banco público.
Apesar do mercado financeiro ser lar de inúmeros tipos de funções e caminhos, trabalhar em bancos ainda é a maior ambição de muita gente.
Aqui na Top, como eu sempre reforço, nossa missão não é apenas certificar profissionais, mas também servir de guia ao longo de sua carreira. Por isso, hoje eu trouxe algumas dicas valiosas para você que se identifica com esse objetivo. Vamos lá?
O que é preciso para trabalhar em banco?
Os requisitos para trabalhar em bancos variam de acordo com a instituição. Nos públicos, por exemplo, é preciso ser aprovado em um concurso. Para isso, outras exigências podem ser feitas, como ter ensino médio ou superior completos.
Já no caso dos bancos privados, a lista de critérios para conquistar uma vaga, entre obrigações e diferenciais, é maior:
- Graduação ou pós-graduação;
- Certificação financeira pertinente;
- Experiência na área;
- Habilidades comportamentais (trabalho sob pressão, comunicação eficiente, agilidade etc.);
- Familiaridade com tecnologia e inovação;
- Compreensão sobre o mercado de capitais.
Embora as especificações mudem de um banco para outro, as certificações financeiras são um dos itens que com certeza serão exigidos dos candidatos.
Afinal, de acordo com a Resolução CMN n° 4.984, as instituições são obrigadas a requerer as devidas capacitações dos seus colaboradores, com o objetivo de garantir que eles estejam realmente aptos para o cargo que exercem. Essa, aliás, é uma forma de assegurar o padrão de qualidade oferecido à população.
Por esse motivo, sem ter uma CPA-10 — no mínimo —, é extremamente improvável que você consiga dar os primeiros passos na carreira. Em resumo, esse é o selo básico que atesta o conhecimento técnico de um profissional em relação aos produtos financeiros com os quais vai trabalhar.
Naturalmente, quando chegar o momento de buscar uma promoção, certificações mais avançadas serão exigidas, como CPA-20 e CEA.
Passando para os requisitos que não são obrigatórios, mas que são amplamente buscados no mercado, temos as chamadas soft skills. Ou seja, habilidades comportamentais necessárias para o exercício da profissão, especialmente em tempos onde características do tipo são tão valiosas quanto conhecimentos técnicos.
Na era da transformação digital, com a digitalização dos bancos, estar a par dos avanços tecnológicos e dos novos modelos de trabalho que estes implicam é outra característica ímpar e que tem destacado aqueles em busca de uma vaga.
Quais são os tipos de carreiras em bancos?
Bancos são instituições financeiras abrangentes e, por isso, dentro de um, as opções de carreira são inúmeras. Entre elas, temos como principais as de atendimento ao cliente, vendas e marketing, e back-office.
Entender os pormenores de cada um dos cargos em banco é importante para que você consiga fazer um planejamento profissional eficiente para o futuro, delineando qual caminho seguir e o que fazer para chegar lá. Vem comigo para descobrir as possibilidades!
Carreiras de atendimento ao cliente
Operadores de caixa, atendentes e agentes comerciais estão entre as funções que têm contato direto com o cliente. Conheça as atribuições específicas de cada um:
- Operadores de caixa: auxilia o público com transferências e afins, realiza operações, tira dúvidas, entre outros;
- Atendentes comerciais: atende os clientes, capta novos prospects, apresenta os produtos da empresa e trabalha com metas;
- Agentes comerciais: assume a jornada do cliente, estimulando o consumo de novos produtos dentro da instituição. Também resolve dúvidas, ouve sugestões e consolida a reputação do banco frente ao público.
Essa breve lista está em ordem de hierarquia. É comum que muitos profissionais iniciem a sua jornada bancária como operadores de caixa. Inclusive, esse cargo de entrada é bastante proveitoso para acumular experiência e aprofundar o conhecimento sobre o funcionamento de um banco, abrindo muitas portas futuramente.
Como é de se esperar, entender sobre produtos bancários é indispensável para o exercício dessas funções. No entanto, algumas outras competências vão ser necessárias no dia a dia também, tais como:
- Paciência para resolver problemas;
- Comunicação eficaz para entender e ser entendido pelos clientes;
- Resiliência para lidar com a pressão e as urgências;
- Senso de coletividade para trabalhar em equipe;
- Proatividade para se manter continuamente atento às novidades do mercado financeiro.
Para cargos iniciais, a CPA-10 e graduações como Economia, Administração e Contabilidade são requisitos comuns. Atendentes e agentes comerciais, por outro lado, possivelmente precisarão de um selo avançado para conquistar essas posições, como a CPA-20.
Carreira de vendas e marketing
Embora o foco dessa carreira seja a comunicação, entender de finanças é crucial. Em um panorama geral, quem trabalha com marketing bancário assume a responsabilidade de fortalecer a relação entre o público, a marca e as equipes.
Em resumo, alguns dos objetivos do trabalho destes profissionais são:
- Consolidar a reputação da instituição no mercado;
- Medir a satisfação do cliente;
- Empreender iniciativas de otimização do atendimento;
- Apresentar e tornar os produtos bancários acessíveis à população;
- Atrair e manter clientes.
Se esta jornada é do seu interesse, precisa conhecer quais os cargos possíveis:
- Gerente de marketing: supervisiona a equipe, coordena campanhas publicitárias, desenvolve estratégias para promover os produtos e serviços do banco, e analisa o mercado em busca de tendências e oportunidades;
- Analista de marketing digital: gerencia plataformas digitais, planeja conteúdo relevante para esses canais, cria campanhas de comunicação, analisa métricas de desempenho e otimiza a presença digital da instituição;
- Analista de pesquisa de mercado: realiza pesquisas para compreender tendências do setor e o comportamento dos clientes, coleta e analisa dados qualitativos e quantitativos sobre o mercado e a concorrência, prepara relatórios e apresentações de resultados, orienta decisões de marketing;
- Especialista em relacionamento com o cliente: gerencia programas de fidelidade, trabalha pela retenção de clientes, mede os índices de satisfação do público, responde a consultas e reclamações, desenvolve estratégias para melhorar a experiência oferecida pelo banco.
Esse tipo de carreira implica em outras formações, como cursos de Marketing e Comunicação. No entanto, como o conhecimento sobre o mercado financeiro é indispensável, contar com cursos e certificações que atestem essas competências técnicas certamente serão um diferencial para o candidato.
Carreiras de back-office
Aqui, temos uma linha profissional que se concentra nos “bastidores” de tudo o que acontece em um banco. Ou seja, são funções determinadas para garantir a eficiência operacional e a conformidade com as regulamentações financeiras.
Dessa maneira, os cargos acabam sendo como espécie de alicerce para as demais atividades, já que o back-office oferece suporte para o resto das equipes.
Para que você entenda melhor, dá uma olhada nas responsabilidades que acompanham essa carreira:
- Processamento de transações: viabiliza saques, depósitos, transferências e pagamentos, assegurando que todos sejam realizados com precisão e conformidade regulatória;
- Suporte administrativo: preparação de relatórios, atualização de registros e gerenciamento de documentos para diferentes áreas do banco, como recursos humanos e operações;
- Contabilidade: garante a conciliação de operações e a confiabilidade dos registros financeiros da instituição;
- Gerenciamento de riscos: monitora atividades suspeitas, identifica fraudes e irregularidades, e conduz auditorias internas para fins de manter a segurança das atividades bancárias.
Considerando essas atribuições, alguns dos cargos possíveis abrangidos pelo back-office são:
- Analista de operações bancárias;
- Analista de contabilidade;
- Analista de riscos;
- Analista de compliance;
- Suporte administrativo;
- Analista de processos.
Como se candidatar a uma vaga em banco?
Para bancos privados, o candidato precisa ficar de olho nas abas de “trabalhe conosco” de cada instituição. Acompanhar a divulgação de oportunidades no LinkedIn também é uma boa estratégia. Além do envio do currículo, entrevistas e testes psicológicos fazem parte do processo seletivo.
Já em relação aos bancos públicos, a candidatura é feita via concurso. Embora as etapas específicas variem de acordo com o edital, em geral as etapas as quais você será submetido são as seguintes:
- Prova objetiva (conhecimentos específicos e gerais);
- Prova de redação;
- Perícias médicas e processos admissionais.
Note que as aberturas de concursos dependem de cada banco e não necessariamente acontecem todos os anos. Por isso, se seguir esse caminho está nos seus planos, recomendo que fique de olho nas notícias das instituições do seu interesse.
Outro conselho é averiguar qual a banca organizadora do concurso. A depender de qual é a entidade responsável pelas provas, a dinâmica do exame pode apresentar detalhes bastante específicos e que devem ser compreendidos por quem busca a aprovação.
Quais cursos podem te ajudar a trabalhar em um banco?
Uma vez que uma graduação é requisito para muitos bancos, é importante que, ao estabelecer a sua jornada de formação, escolha um curso que faça sentido com os seus planos de carreira. Normalmente, as instituições preferem estas opções:
- Ciências Contábeis;
- Gestão Financeira;
- Sistemas de Informação;
- Economia;
- Direito;
- Administração.
Obviamente, cada um destes abre um leque distinto de atuações dentro de uma instituição financeira. Por isso, a ideia é que você conheça em detalhes a grade curricular dos cursos e escolha aquele que te oferecer a melhor base de conhecimento para as suas ambições futuras.
Na dúvida, vem comigo para analisar todas as opções!
Ciências Contábeis
Os contadores que trabalham em banco têm até designações específicas: são chamados de contadores bancários ou inspetores de agências bancárias. Nessa especificidade do setor, o profissional tem a responsabilidade de analisar os números internos e orientar decisões em prol da saúde financeira da instituição.
Para tal, é necessário dominar alguns assuntos, como interpretação de dados, economia e mercado de capitais — habilidades ensinadas na graduação.
Com esse diploma em mãos, as tarefas abaixo também seriam assumidas por você:
- Desenvolvimento de relatórios econômicos, financeiros e gerenciais;
- Organização e apresentação de informações de balanço;
- Gerenciamento de custos;
- Identificação de possíveis reduções de impostos;
- Definição de procedimentos internos;
- Prestação de consultorias.
Gestão Financeira
Aqui, temos um curso do tipo tecnológico, de menor duração e cujo foco volta-se principalmente ao mercado de capitais. Afinal, a formação serve para que o profissional aprenda conceitos cruciais para a atividade bancária, tais como:
- Investimento e captação de recursos;
- Análise de demonstrativos financeiros;
- Acompanhamento de fluxos de caixa e faturamentos;
- Administração financeira;
- Avaliação de investimentos;
- Gestão de riscos;
- Planejamento financeiro estratégico.
Este curso é, inclusive, bastante interessante para aqueles que desejam eventualmente ter um contato maior com os clientes de um banco, informando sobre produtos financeiros e orientando a população em decisões financeiras mais vantajosas.
Sistemas de Informação
Agora, passamos para um viés mais tecnológico do trabalho em bancos. A segurança da informação nunca esteve tão em alta, especialmente com a chegada da Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD), do open banking e da digitalização dos serviços bancários.
Ao buscar por profissionais especializados no desenvolvimento de sistemas, essas instituições visam (principalmente) melhores formas de administrar fluxos e proteger informações sensíveis dos clientes.
Na prática, as atribuições em cargos dessa categoria são:
- Desenvolvimento e implementação de políticas e procedimentos de segurança cibernética, a fim de proteger os sistemas de informação do banco contra ameaças externas e internas;
- Monitoramento contínuo dos sistemas de TI, em busca de atividades suspeitas, tentativas de intrusão ou violações de segurança;
- Gestão de firewalls e sistemas de detecção de intrusões;
- Implementação e manutenção de medidas de autenticação e controle de acesso;
- Colaboração com equipes internas e externas para investigar incidentes de segurança, responder a incidentes e implementar soluções de mitigação;
- Condução de auditorias regulares.
Economia
O curso de Economia costuma ser uma opção bem popular entre os profissionais do mercado financeiro por unir conhecimentos de ambas as áreas, exatas e humanas. Logo, além de se aprofundar em relação aos números, ainda tem a chance de conhecer melhor as nuances do comportamento humano — fundamentais para exercer funções como consultorias e análises no futuro.
Dentre as funções específicas que um profissional com essa formação pode desempenhar, temos:
- Analista de investimentos: recomenda oportunidades de aplicação, analisa o desempenho de portfólios, produz relatórios e acompanha as movimentações do mercado;
- Gestor de riscos: identifica e monitora riscos financeiros, desenvolve estratégias para mantê-los sob controle e garante a conformidade regulatória das operações;
- Consultor financeiro: assessora clientes ao gerir seus portfólios, faz o planejamento de aposentadorias, contribui pela educação financeira dos clientes e oferece soluções personalizadas;
- Analista de crédito: avalia a solvência de clientes e empresas, checa históricos financeiros e tem poder de decisão em concessões de crédito;
- Gerente de relacionamento: atende clientes de alta renda, oferece produtos financeiros personalizados e trabalha em prol da fidelização do público.
Direito
Bancos costumam contar com departamentos jurídicos próprios, logo, a formação em Direito também é útil para quem deseja seguir esse viés da carreira.
A necessidade desse setor vem da alta frequência com a qual a instituição lida com leis, regras e contratos — considerando não somente os clientes, mas outras empresas e os funcionários também.
Conheça algumas portas que se abrem com esse diploma:
- Advogado: fornece aconselhamento jurídico interno, trata de questões contratuais e regulatórias, revisa contratos e outros documentos legais, além de representar o banco judicialmente;
- Especialista em Compliance: garante que a instituição esteja de acordo com leis e regulamentações aplicáveis, auxilia no desenvolvimento de políticas internas e realiza auditorias de conformidade;
- Analista de riscos regulatórios: desenvolve estratégias de mitigação de riscos e assegura que as operações financeiras da instituição estejam em concordância com a legislação;
- Consultor jurídico: assessora banco e clientes em questões jurídicas, oferece soluções legais para problemas e atua em casos de disputas;
- Gerente de recuperação de crédito: supervisiona a recuperação de inadimplentes, negocia acordos de pagamentos e representa a instituição em processos judiciais.
Administração
Por fim, outra escolha bastante popular dos profissionais e que se assemelha bastante ao curso de Gestão Financeira. No caso da Administração, porém, o aprendizado se volta principalmente para funções gerenciais. Em suma, um apanhado que mescla estratégias, recursos humanos e questões operacionais. Para quem deseja uma formação abrangente, é certamente uma excelente opção.
Com esse diploma, a gama de portas que se abre é ampla. Desde funções mais operacionais até as específicas — de gerente comercial até o marketing, por exemplo — você estará apto para se candidatar a todas elas.
Justamente por causa da abrangência do curso, recomenda-se que invista em desenvolvimento profissional específico também. Assim, consegue trilhar um caminho mais estratégico e eficaz até os seus objetivos de carreira.
Sobre isso, fica a recomendação de buscar pós-graduações, mestrados e doutorados nas áreas do seu interesse e, é claro, obter as certificações financeiras que o habilitem a ocupar os cargos que almeja.
Como é o processo de seleção para trabalhar em banco?
O processo é distinto para bancos públicos e privados. No primeiro, é preciso prestar um concurso e ser aprovado. No segundo, a maneira de conseguir uma oportunidade é por meio de programas de estágio, trainee ou se candidatando às vagas abertas pela instituição.
Em bancos privados, os processos seletivos são diferentes dos concursos, já que seguem os procedimentos estipulados por cada instituição. Embora as etapas variem em cada caso, em geral é isso que você vai encontrar:
- Análise de currículo e candidatura;
- Entrevistas;
- Dinâmicas em grupo;
- Testes psicológicos.
Essa estrutura serve para que os recrutadores consigam compreender quem você é profissionalmente, para além da formação, da experiência e tudo o mais que constar no currículo.
As dinâmicas, por sua vez, existem com o objetivo de avaliar como o candidato coloca a teoria em prática. É isso o que será observado na sua performance:
- Liderança;
- Assertividade;
- Iniciativa;
- Criatividade;
- Comunicação;
- Trabalho em equipe.
Em tempos de RH humanizado e transformação digital, é possível que você encontre, ao passar por processos seletivos, versões mais e menos tradicionais dessa estrutura.
Mesmo assim, em ambos os casos, recomendo que se prepare para apresentar o melhor em relação aos seus conhecimentos técnicos e também para provar que não deixou as soft skills de lado.
Como trabalhar em banco privado?
Quem almeja tentar uma chance em um banco privado deve saber que, nesse caso, é preciso passar por processos seletivos. Estes, por sua vez, podem acabar sendo longos e concorridos.
A jornada pode até ser complicada, mas não se preocupe — eu estou aqui para facilitar ela para você!
1. Escolha a faculdade certa
Naturalmente, o curso de graduação que você escolheu vai moldar os caminhos que seguirá ao longo de sua carreira, assim como as funções que vai desempenhar dentro de uma instituição. Por isso, se ainda estiver em vias de decidir qual faculdade fazer, considere, antes, quais são suas ambições para o futuro.
Economia e Administração, por exemplo, são duas das principais escolhas para quem deseja atuar diretamente no mercado financeiro dentro de um banco. Marketing, Tecnologia da Informação e Ciências Contábeis possibilitam caminhos um tanto diferentes, mas ainda assim são excelentes opções também.
2. Desenvolva afinidade com números
Parece até algo clichê de se afirmar, mas é fato que muita gente se sente atraída pelo mercado financeiro devido ao seu lado teórico — a forma como ele afeta a vida da população, por exemplo.
Entretanto, ao longo da sua carreira — e até mesmo na faculdade ou na hora de estudar para as certificações financeiras — os números, os cálculos e as estatísticas da matemática financeira serão uma constante. Por isso, aprenda desde o princípio a se relacionar bem com eles!
3. Aprimore seu inglês
Há anos o inglês vem sendo considerado como uma língua universal — tanto que, ultimamente, apesar de geralmente não ser uma obrigatoriedade, o domínio desse idioma tem sido visto mais como algo que você deva ter, do que como apenas um diferencial.
Além disso, essa skill não apenas te abre portas incríveis ao longo de sua carreira, como também te dá a chance de estabelecer uma rede mais ampla de networking, e de conseguir se atualizar a nível global a partir de materiais escritos em inglês.
Aqui, eu tenho mais uma dica importante: estude inglês para finanças. Nas escolas de idiomas, provavelmente você vai aprender a se comunicar nesse idioma de forma geral. Contudo, esse nicho está repleto de um vocabulário específico. Assim, para aprimorar suas habilidades em outro idioma, não deixe de considerar a forma como irá usá-lo em sua rotina.
4. Faça estágio como experiência
Eu poderia passar horas escrevendo sobre os benefícios de se fazer um estágio antes de concluir o ensino superior. Primeiramente, temos a experiência — algo valioso na hora de procurar novas vagas após o diploma, ou ainda de ser efetivado na empresa onde estagiou.
Ainda, temos o networking. Durante um estágio, nos relacionamos com inúmeras pessoas diferentes: colegas, chefes, clientes… Uma rede bem construída não serve somente para te ajudar a conquistar novas oportunidades no futuro, mas também para te fazer crescer como profissional.
O estágio também é o momento ideal para investir, se possível, em outros aspectos do seu desenvolvimento profissional — como seu inglês, conhecimento de matemática financeira, entre outros.
5. Jovem Aprendiz como experiência
Jovens entre 14 e 20 anos podem trabalhar em instituições financeiras sob a modalidade de Jovem Aprendiz. Todos esses lugares, inclusive, oferecem essa possibilidade, considerando que estas devem legalmente preencher 5% de suas vagas dessa forma.
Dentro desse contexto, esse Jovem Aprendiz poderá trabalhar por até 2 anos no lugar. Na sua rotina, vai trabalhar com tarefas administrativas básicas. Para aqueles que desejam tentar uma vaga “oficial”, digamos assim, no futuro, é preciso começar a cursar alguma faculdade.
6. Como trabalhar em um banco privado como Trainee
Esse tipo de programa, ao contrário do Jovem Aprendiz, é para quem recém concluiu a graduação e deseja ter suas primeiras experiências no mercado de trabalho. Em geral, essa modalidade dura 1 ou 2 anos, e oferece bons salários para começar a carreira.
É preciso ter em mente, aliás, que os processos seletivos para Trainees podem ser bastante longos e cansativos.
Currículos, dinâmicas de grupo, testes onlines e outros métodos de contratação são alguns dos desafios que você vai enfrentar. Por isso, comece o processo preparado para se mostrar sempre como um profissional humilde, ávido por aprender e cheio de energia.
7. Invista em networking
Essa é uma dica que pode ser seguida em todos os demais conselhos que dei até agora. Na faculdade e nos estágios, por exemplo, você naturalmente vai conhecer muita gente.
Ao longo da sua carreira, é essa rede de pessoas que poderá te indicar para vagas, compartilhar conhecimento com você ou ser o seu suporte quando você precisar de um. Por isso, lembre-se sempre de, ao longo de toda a sua trajetória, desde o começo, de ser uma pessoa aberta, honesta, comunicativa e empenhada em ensinar e aprender com os demais.
8. Tenha uma certificação financeira como diferencial
Aqui, vale lembrar que, apesar de muitas certificações financeiras não serem oficialmente obrigatórias, não são poucas as instituições que as tornaram uma exigência.
Uma certificação do mercado financeiro é mais do que um diferencial para o currículo: ela é, ainda, um atestado de que você está apto para exercer determinadas funções, que detém conhecimento suficiente para estar no mercado financeiro. Logo, elas te trazem muito mais credibilidade.
Ademais, eu reforço o seguinte: uma certificação só não deve ser o suficiente. Comece aos poucos, é claro. Contudo, não se permita estagnar. Quanto mais certificações nós temos, mais portas se abrem pelo caminho, e mais nós mostramos ao mercado de trabalho que somos profissionais sérios e que constantemente nos atualizamos e desenvolvemos.
9. Faça seu melhor currículo para banco
O currículo será como o seu cartão de visita. Antes de um recrutador saber quem de fato você é, o seu currículo será a única fonte de informação sobre o seu lado profissional. Por isso, ele deve ser atrativo e bem feito.
De nada adianta ser um profissional qualificado, certificado e fora da curva se você não conseguir comunicar isso de maneira assertiva. Se precisar de ajuda, saiba que o curso de “Como Montar o Currículo Perfeito” da TopInvest está disponível a qualquer momento em nosso site!
10. Cadastre seu currículo online
Todos os sites de bancos têm uma aba de “Trabalhe conosco” disponível para o público. Logo, não tem motivo para perder tempo: basta acessá-los e deixar o seu currículo por lá.
É importante que, após o cadastro, você fique de olho no seu e-mail, caso entrem em contato. Além disso, não se esqueça de atualizar regularmente as suas informações.
Para te ajudar, trouxe alguns bancos para você cadastrar o seu currículo agora mesmo:
- Trabalhe Conosco Itaú;
- Trabalhe Conosco Santander;
- Trabalhe Conosco Bradesco;
- Trabalhe Conosco Mercantil do Brasil;
- Trabalhe Conosco Sicredi;
- Trabalhe Conosco Citibank.
11. Esteja preparado para a entrevista
Quando tudo dá certo, um recrutador te convida para uma entrevista. Tudo bem ficar nervoso: todas as pessoas ficam, independente de suas profissões. Contudo, é necessário controlar esse nervosismo e saber como se comunicar de forma assertiva nesse momento.
Primeiramente, lembre-se de que esses recrutadores já têm suas informações gerais — formação e experiências prévias, por exemplo. Então, este é o momento de apontar tudo o que não coube no papel: suas conquistas, como o seu trabalho trouxe resultados positivos anteriormente, o que seu histórico te trouxe de aprendizado, etc.
Outra dica importante é que você estude a empresa para a qual está aplicando. Assim, fica claro que o seu interesse está naquele lugar e naquela posição específicos, não apenas na ideia geral de conseguir um emprego — até mesmo quando essa segunda parte é a verdade!
Antes da entrevista, prepare-se para possíveis perguntas que normalmente são feitas, como seus objetivos profissionais, suas qualidades e seus defeitos. Prepare-se, mas não seja robótico. E também seja honesto — listar “perfeccionista” como defeito não vale mais!
Ademais, preste atenção em alguns detalhes físicos para transmitir uma imagem melhor de si mesmo. Saber o que fazer com as mãos, tentar controlar sinais de nervosismo e falar devagar para não se sentir ansioso são boas técnicas que te fazem parecer mais calmo e centrado.
12. Aprenda com as negativas
Não tenha dúvidas: você vai ouvir muitos “não” pelo caminho. Eu ouvi muitos, meus colegas de profissão ouviram muitos. Às vezes, eles vêm em forma de uma vaga que nos foi negada. Outras vezes, uma nota baixa em uma prova ou uma reprovação na hora de tentar uma certificação financeira.
Em todos esses momentos, há um motivo pelo qual levamos esse “não”: faltou conhecimento? Deixamos de nos esforçar em algum ponto? O que poderia ter sido melhor?
O “não” deve servir como aprendizado, e não como razão para desistirmos. Ok?
Como trabalhar em banco público?
Para trabalhar em bancos públicos, é preciso prestar um concurso público. Como a abertura dos editais depende de cada instituição, bem como a dinâmica das provas, vale ficar de olho nos bancos que deseja trabalhar, para não perder os prazos quando as inscrições forem abertas.
Agora, vamos focar a nossa atenção nos bancos públicos.
Se prepare para o concurso público
O processo para conseguir uma vaga em um banco público é diferente. Nesse caso, é necessário aplicar e prestar um concurso.
Como eu acabei de mencionar, mesmo assim é bom que você considere as dicas que leu até aqui. Afinal, mesmo conseguindo seu lugar em uma instituição pública, o desenvolvimento profissional deve ser uma constante na sua carreira.
Não perca as datas dos editais
Diferente de muitas certificações financeiras, por exemplo, os concursos públicos não podem ser feitos a qualquer momento. Pelo contrário: eles têm data para acontecer. Por isso, se essa é a sua ambição, é necessário ficar de olho nas datas dos editais e nas vagas que te interessam.
É nos editais, inclusive, que você obterá mais informações sobre a prova que deverá fazer. Assim, na hora de estudar, vai saber exatamente os tópicos que precisa revisar e estar preparado!
Qual o valor do salário de um bancário?
O salário de um bancário muda de acordo com a região do país, o cargo específico, a instituição e o currículo do candidato. No Brasil, de acordo com o site Glassdoor, a média é de R$ 6.083 mensais. A variação vai de R$ 1.258 a R$ 7.767, sem contar demais benefícios, como vale-alimentação e planos de saúde.
Note que o termo “bancário” é simplesmente uma designação geral utilizada para descrever os profissionais que têm contato diário com as operações do banco. Especificamente, essas pessoas podem ser operadoras de caixa, atendentes, supervisores, gerentes e assim por diante.
Naturalmente, a remuneração será mais alta conforme os cargos forem subindo. Os ganhos de um gerente, por exemplo, facilmente ultrapassam os R$ 10.000,00 por mês. Para alcançar essa conquista, porém, lembre-se de não estagnar profissionalmente. Ou seja, se mantenha sempre atualizado e em uma jornada contínua para obter certificações financeiras e cursos de maior prestígio.
Outra grande vantagem de trabalhar em um banco são os benefícios extras que os colaboradores recebem, que costumam ser bem generosos. Cada instituição terá a sua própria lista — e aqui vai um compilado do que você pode encontrar por aí:
- Vale-alimentação;
- Vale-refeição;
- Plano de saúde;
- Plano odontológico;
- Vale-cultura;
- Programas de incentivo ao exercício físico;
- Programas de apoio psicológico;
- Licenças maternidade e paternidade estendidas.
Vem com a Top!
Deu pra entender que, seja qual for o seu caminho, para trabalhar em banco privado e em banco público, precisa ser um profissional excelente, certo? E olha só que coincidência: transformar você em um profissional top de linha é a nossa especialidade! Por aqui, não somente temos cursos preparatórios para certificações financeiras, como também cursos de desenvolvimento profissional e muito conteúdo útil no blog da TopInvest!
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