Bora estudar um pouco mais sobre rentabilidade? Na carreira financeira, ela vai estar presente na sua rotina o tempo todo – e não é só lá: nas provas de certificações também.

Hoje, vamos observar mais de perto a rentabilidade observada e esperada.

Quais são os tipos de rentabilidade?

Primeiramente, saiba que, quando se trata de rentabilidade, temos inúmeras categorias distintas. Como essas três aqui:

Rentabilidade nominal

Sabe quando você vai aplicar em um título? A rentabilidade informada nesses casos é a rentabilidade nominal. A grande questão aqui é que esse valor não considera o desconto de taxas, impostos ou inflação. Logo, ele não representa exatamente quanto o investidor receberá ao final do prazo combinado.

Rentabilidade líquida

A rentabilidade líquida, por sua vez, é o exato oposto da nominal. Esta, então, considera o valor exato que o investidor vai receber após o desconto de taxas e impostos. Aqui temos, inclusive, uma das rentabilidades que deve ser analisada antes de aplicarmos nosso dinheiro em algum título. 

Rentabilidade real

Pode-se até dizer que a rentabilidade real se assemelha, de certa forma, à rentabilidade líquida, já que ambas consideram outros fatores na hora de calcular os lucros de um investimento. A real, no entanto, considera a inflação – ou seja, quanto exatamente um valor rendeu, considerando a inflação do momento.

O que é rentabilidade observada?

Este tipo de rentabilidade volta seus olhos para o histórico de determinado investimento. Na prática, considera geralmente um período de 12 meses, no qual observa-se, como indica seu nome, o desempenho médio de determinado título.

Esse desempenho, inclusive, é comumente divulgado para o público, assim como acontece com os fundos de investimento.

O que é rentabilidade esperada?

Nesse caso, considera-se a expectativa do investidor em relação aos ganhos – todo mundo que investe deseja obter um retorno, certo?

Aqui, assim como na rentabilidade observada, também utiliza um cálculo da média de desempenho do título ao longo de 12 meses. Contudo, não considera o valor obtido como algo absoluto, já que também espera pelas oscilações do mercado, que interferem no lucro de um investimento.

O que é rentabilidade absoluta?

A rentabilidade absoluta é relativamente simples: é um percentual que mostra qual foi o ganho sobre o valor investido inicialmente. No entanto, há um adendo a ser considerado: ela não representa o lucro real, pois não considera nenhum parâmetro como referência – Ibovespa, CDI, inflação e outros.

O que é rentabilidade relativa?

Percebeu como a rentabilidade, quando desprovida de indicadores financeiros como parâmetro, não fornece um valor muito real sobre quanto exatamente um investidor vai receber? Pois é, a modalidade relativa existe para solucionar esse problema.

Ao contrário da absoluta, ela sempre vai estar atrelada ao que chamamos de benchmark – ou seja, algum dos indicadores que eu citei acima.

Ao considerar esses outros índices, é possível saber de verdade se um investimento será bom ou não. Imagine, por exemplo, o que você pode comprar com R$100 hoje. Se pensarmos em um futuro a longo prazo, digamos 5 anos, será que esses R$100 representarão o mesmo poder de compra, te permitindo adquirir tudo o que você pode hoje? Provavelmente não. 

É assim que funciona o conceito de rentabilidade atrelada a um indicador – ela avalia quanto o dinheiro de um investidor realmente vai valer.

Como calcular a rentabilidade de um investimento?

Agora, eu vou te ensinar a fórmula para calcular a rentabilidade real de um investimento – isto é, quanto ele realmente rendeu, após o desconto da inflação. 

(1 + rendimentos) / (1 + inflação) – 1

Um investimento que tenha rendido 8%, por exemplo, terá, na verdade, rendido apenas 2.8% caso a inflação do período seja de 4%. Grande diferença, não é? Quando for aplicar seus valores à fórmula, lembre-se de transformar as porcentagens em números decimais.

Como saber se a rentabilidade é boa?

Em geral, pode-se dizer que uma rentabilidade boa é aquela cujo percentual é maior que a inflação, após o desconto deste valor. Contudo, há outros fatores a serem analisados também. Se um investimento estiver atrelado ao CDI, então é melhor que este ofereça pelo menos uma porcentagem de 100% em relação ao índice.

Para considerar uma rentabilidade como positiva, é preciso também levar em conta o prazo combinado para seu resgate, uma vez que, se o valor for retirado antes do previsto, os impostos são maiores e podem levar alguém a ter prejuízo.

Qual é o impacto das taxas na rentabilidade?

Na hora de investir, sempre nos deparamos com algumas nomenclaturas que especificam que tipo de taxa estaremos lidando se aplicarmos nosso patrimônio em determinado título. São elas:

  • Taxa prefixada: no ato da aquisição do título, o investidor sabe de antemão qual será, exatamente, o desempenho percentual do investimento a cada mensal. A desvantagem dessa opção é que, no final do prazo, a rentabilidade estará sujeita aos descontos da inflação;
  • Taxa pós-fixada: nesse caso, a rentabilidade só será conhecida no final do prazo, já que ela está atrelada a indicadores econômicos que vão corrigir o valor do lucro. Essa é uma forma de proteger o patrimônio e não perder poder de compra;
  • Taxa híbrida: essa é uma taxa que, em sua forma percentual, considera uma taxa prefixada e outra atrelada a algum indicador econômico.

Qual a relação entre riscos de investimento e rentabilidade?

Quando se trata de riscos e retornos, é bastante comum nos depararmos com uma ideia bastante preto no branco, na qual considera-se apenas o ganho ou o prejuízo. Afinal de contas, esses dois extremos são sim considerados e, é claro, são importantes para o investidor. Porém, há mais fatores para serem pesados nessa balança.

Primeiramente, há de se dizer que os riscos podem variar de acordo com cada modalidade de investimento. Em um fundo imobiliário, há o risco de um inquilino não pagar o aluguel. Em um título de renda fixa, há o risco de a rentabilidade não ser tão boa quando consideramos a inflação atual, que pode diminuir nosso poder de compra. No mercado de ações, as oscilações de um setor e a governança de uma determinada empresa podem ser cruciais, entre muitas outras razões, para fazer um investimento valer a pena ou não. 

Outro aspecto dessa relação é que, sem dúvidas, investimentos que representam mais riscos também são aqueles que envolvem mais liquidez e mais lucros. Os melhores retornos são obtidos com maior tolerância aos riscos.

Investidores iniciantes, por exemplo, costumam estagnar nesse dilema: investir com segurança e retorno baixo, ou aceitar riscos maiores em prol de uma rentabilidade também maior? Em resumo, o risco é algo presente em todas as opções de investimento, apresenta-se de formas variadas e sempre deve ser levado em consideração, inclusive nas modalidades mais seguras – enxergue ele como uma espécie de orientação, um guia que nos faz investir de forma mais inteligente.

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