Seja enquanto pessoa investidora ou profissional do ramo, isso é certo: a palavra “diversificação” será bastante presente na sua rotina. Já ouviu a frase “não coloque todos os seus ovos em uma cesta só”? Ela é bastante usada para traduzir em poucas palavras a ideia desse conceito, ou seja, a recomendação de jamais aplicar todo o seu patrimônio em um único ativo.
Embora esse assunto seja bem simples à primeira vista, não se engane: é preciso entender a diversificação de investimentos em detalhes para conseguir, por exemplo, fazer uma distribuição equilibrada e inteligente do dinheiro em um portfólio, ou para evitar selecionar uma quantidade exagerada de ativos, a ponto de diluir seus lucros.
Topa seguir comigo para sair daqui dominando o conceito? Siga na leitura para aprender tudo isso:
- O que é diversificação de investimentos;
- Qual é o objetivo da diversificação da carteira de investimentos;
- Qual a importância da diversificação de investimentos em uma carteira;
- Como diversificar sua carteira;
- Exemplos de diversificação de investimentos;
- Quais tipos de risco a diversificação pode trazer.
Bora?
Qual é o objetivo da diversificação da carteira de investimentos?
A diversificação serve principalmente para reduzir os riscos de prejuízos significativos nos investimentos. Se uma carteira estiver bem diversificada, o bom desempenho de um investimento pode equilibrar as perdas de outro, o que torna os resultados gerais mais estáveis. Em outras palavras, diversificar é uma maneira de se proteger contra as oscilações do mercado.
Outra missão dessa estratégia é abrir mais oportunidades de retorno. Lembre-se: cada tipo de investimento se comporta de um jeito em momentos diferentes da economia. Logo, enquanto um está em queda, outro pode estar subindo. Quando combinamos essas aplicações de maneira equilibrada, aumentam as chances de o portfólio apresentar um crescimento mais estável e consistente no longo prazo.
Qual a importância da diversificação de investimentos em uma carteira?
Diversificar os investimentos é importante pois:
- Reduz riscos;
- Aumenta as chances de obter retornos estáveis;
- Viabiliza a exposição a diferentes setores e ativos;
- Protege contra a volatilidade do mercado.
Vem comigo entender melhor cada uma dessas vantagens.
Redução de riscos
Diversificar o portfólio significa se proteger de eventos inesperados que afetam setores ou ativos específicos — daí vem a famosa frase “não deixe todos os seus ovos em um cesto só”.
Por exemplo, se você investe apenas em ações de uma empresa e uma nova pandemia afeta justamente seu setor de atuação, seu patrimônio pode sofrer bastante. Mas se parte da carteira estiver em fundos logísticos, recebíveis ou até mesmo em renda fixa, o impacto negativo se dilui. Ou seja, é uma forma prática de não deixar seu dinheiro vulnerável a um único cenário.
Potencial de retorno mais estável
Combinando ativos que se comportam de maneiras diferentes, você suaviza os altos e baixos de um portfólio. Imagina o seguinte cenário: um FII de papel pode se beneficiar da alta dos juros, enquanto um FII de tijolo tende a performar melhor com a economia aquecida.
Quando você equilibra essas forças, o resultado tende a ser um retorno mais previsível — ainda que menor em picos, também menos sujeito a quedas abruptas.
Exposição a diferentes setores e ativos
Investir em diferentes classes — como renda fixa, ações e Fundos Imobiliários — amplia suas possibilidades de ganho. Enquanto uma crise local pode afetar a bolsa brasileira, investimentos atrelados ao dólar ou ao CDI podem se valorizar.
Diversificar assim é uma forma de aproveitar o que cada mercado tem de melhor, sem depender de um único cenário para ter resultados positivos.
Proteção contra volatilidade de mercado
Oscilações são normais em qualquer investimento, mas seus efeitos podem ser amenizados se o patrimônio aplicado no portfólio em questão for bem distribuído.
Se a bolsa cair, investidores ainda podem ter ganhos em ativos conservadores, como Tesouro Selic ou CDBs. Esse equilíbrio entre risco e proteção funciona como um amortecedor: ele não evita os impactos, mas reduz bastante a intensidade com que eles chegam até você.
Como diversificar sua carteira?
O primeiro passo para diversificar uma carteira é entender o perfil de investidor em questão. Essa definição existe para entender qual o grau de risco tolerado, logo, serve de guia para orientar as escolhas de ativos na hora de construir o portfólio.
Depois, a diversificação pode acontecer de diferentes formas. Alguns dos exemplos mais comuns são:
- Entre ativos;
- Entre classes;
- Entre setores;
- Geograficamente.
Aqui, a ideia não é necessariamente seguir um caminho ou outro, mas fazer uma combinação estratégica para ampliar o seu leque de oportunidades, sempre respeitando o seu perfil de investidor. Vamos entender melhor cada tópico?
Diversificação entre ativos
Diversificar entre ativos significa distribuir o dinheiro entre diferentes investimentos dentro de uma mesma classe. Por exemplo, se você investe em ações, não faz sentido colocar tudo em uma única empresa. Ao comprar ações de várias companhias, com tamanhos e atuações distintas, o risco de um evento isolado prejudicar toda a sua carteira é reduzido.
O mesmo vale para renda fixa: ao investir em CDBs de bancos diferentes ou em mais de um título do Tesouro, você evita concentrar o risco em um único emissor.
Diversificação entre classes
Aqui, a tarefa de equilibrar o portfólio vai além de escolher diferentes ativos e foca em misturar tipos de investimentos com comportamentos distintos — como renda fixa, renda variável, Fundos Imobiliários, Fundos Multimercado e até criptoativos.
Classes distintas costumam reagir de maneiras diferentes aos movimentos do mercado. Enquanto a renda variável pode cair em um momento de crise, por exemplo, a renda fixa tende a oferecer mais estabilidade. Essa mescla ajuda a equilibrar riscos e suavizar os impactos negativos no portfólio, mas ainda assim é necessário que a mistura seja feita de acordo com o perfil em questão!
Diversificação entre setores
Outra estratégia na hora de construir o portfólio é investir em empresas ou ativos ligados a diferentes áreas da economia, como energia, saúde, tecnologia e finanças. Afinal, setores distintos vão responder de diversas maneiras frente a mudanças econômicas.
A lógica é a seguinte: ter exposição a múltiplos setores evita que sua carteira dependa demais da sorte de um único segmento.
Diversificação geográfica
A diversificação geográfica envolve aplicar parte do seu capital fora do Brasil, em ativos internacionais. Inclusive, isso não significa investir diretamente em outros países: você pode fazer isso por meio de BDRs, ETFs globais, Fundos Internacionais ou até contas em corretoras no exterior.
Essa estratégia é uma tática para proteger carteiras de riscos específicos do país, como instabilidade política ou econômica, e ainda permitir que oportunidades em economias mais estáveis ou em crescimento sejam aproveitadas.
Exemplos de diversificação de investimentos
Algumas maneiras de diversificar o portfólio incluem:
- Mesclar diferentes títulos de renda fixa, o que é bastante comum entre perfis conservadores que preferem priorizar a segurança na hora de aplicar;
- Separar uma porcentagem do portfólio para investir em renda variável, como uma forma de buscar retornos mais significativos, sem abrir mão de estabilidade;
- Investir em diferentes setores da economia. Na dúvida, acompanhe análises de especialistas para se manter atualizado sobre como movimentos do mercado afetam cada um deles;
- Incluir investimentos com prazos variados, ou seja, equilibrar aplicações de curto, médio e longo prazo, sempre de acordo com os objetivos financeiros;
- Alocar parte do portfólio em ativos internacionais, como forma de proteger o patrimônio contra riscos locais e aproveitar o desempenho de outras economias. Aqui, o tamanho da fatia destinada a essa categoria vai depender do apetite pelo risco;
- Investir em Fundos de Investimento, que são um excelente veículo para aplicar em um cesto pronto de ativos com um único aporte.
Importante: a lista acima é apenas uma sequência de exemplos de estratégias de diversificação. Não representa, portanto, nenhuma recomendação de aplicação, ok?
Quais tipos de risco a diversificação pode trazer?
Embora a diversificação seja uma estratégia para diminuir riscos, distribuir o patrimônio aleatoriamente, sem uma meta clara, pode trazer problemas como:
- Risco de complexidade: quanto mais diversificado for o portfólio, mais difícil pode ser monitorar e entender todos os investimentos. Isso pode levar a decisões mal informadas ou falta de controle sobre a carteira;
- Diluição de ganhos: ao espalhar os recursos entre muitos ativos, o impacto positivo de um investimento que tenha desempenho excepcional pode ser bastante limitado, consequentemente reduzindo o potencial de retorno;
- Diversificação ineficiente: acontece quando os investimentos escolhidos acabam se comportando de forma parecida, mesmo parecendo diferentes. Isso reduz o efeito de proteção da diversificação, já que, se um cair, os outros também podem cair junto;
- Aumento de custos: esse risco existe especialmente ao diversificar com produtos internacionais ou fundos com taxas elevadas, o que pode impactar a rentabilidade líquida ao longo do tempo.
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