Todos nós temos dívidas para honrar, seja enquanto pessoas físicas ou jurídicas – isso é um fato. Mais do que isso: todos temos, cada um a seu modo, planos para o futuro, metas, estudos para bancar, negócios para empreender, família para sustentar e, não menos importante, necessidades que dizem respeito unicamente ao nosso bem estar. O que um Financial Advisor tem a ver com tudo isso?

Chegamos a um patamar no qual a relevância e o papel das finanças são amplamente conhecidos. Assim, seja no âmbito pessoal ou profissional, a expertise de um profissional que possua uma visão completa sobre o assunto não é mais um luxo, mas uma necessidade.

A profissão de Financial Advisor é uma novidade para você? Vem comigo, então: neste artigo eu vou te mostrar por que essa carreira é um caminho de ouro a ser trilhado.

O que é um Financial Advisor?

Suponhamos que você não saiba dirigir e tenha decidido que precisa aprender. Você simplesmente entraria em um carro e tentaria se virar sozinho, ou pediria a ajuda de alguém experiente? A resposta é bastante óbvia, especialmente se considerarmos que, também obviamente, a primeira opção seria, no mínimo, perigosa.

No que tange ao nosso patrimônio, a história não é muito diferente. Quando tentamos administrá-lo sem ter a menor ideia do que estamos fazendo (e de onde queremos chegar), um par de decisões equivocadas pode resultar em prejuízos sérios.

É por isso que empresas, famílias e indivíduos precisam de um Financial Advisor. A atuação desse profissional é tão ampla que podemos pensar nele como uma espécie de parceiro. 

Mais do que fornecer aconselhamento financeiro, como o nome sugere, um Financial Advisor usará a sua expertise até mesmo nos detalhes – e, para isso, precisará desenvolver um conhecimento profundo sobre o seu cliente.

Portanto, mais do que sugerir melhores formas de investir e realizar essas aplicações, esse profissional também provê orientações relacionadas ao abatimento de dívidas, gestão de rendimentos, hábitos financeiros, manutenção de patrimônio, estratégias para alcançar metas, entre outros. Legislação e outras questões de cunho fiscal também estão sob o domínio dos Advisors.

Qual a diferença entre um Financial Advisor e um planejador financeiro?

A confusão é compreensível. Ambos os termos parecem, de fato, indicar a mesma forma de atuação.

No entanto, o conceito de Financial Advisor é como um funil. Enquanto a sua atuação se encontra no topo deste – sendo, então, abrangente -, um planejador financeiro localiza-se em seu fundo, trabalhando de forma mais específica. 

Basicamente, todo Financial Advisor pode ser um planejador financeiro, mas nem todo planejador financeiro pode ser um Financial Advisor. Parece confuso? Vou te explicar o porquê.

O termo “planejador financeiro” é um tanto mais genérico e pode ser adotado por inúmeros profissionais – contadores, administradores, consultores, gerentes… Dessa forma, na prática, as suas funções diárias serão, digamos, um pouco mais limitadas.

O Financial Advisor, por outro lado, desponta então como uma profissão de nível superior, detentora de um conhecimento, experiência e prática mais profundos e abrangentes sobre o mercado financeiro e econômico e suas nuances.

Onde o Financial Advisor pode atuar?

Dada a sua abrangência, a variedade de frentes que um Financial Advisor pode assumir é grande. 

Por trabalhar de forma independente, pode atender diretamente qualquer pessoa que necessite de ajuda com suas finanças, seja para investir dinheiro, construir uma reserva de emergência, economizar recursos para a faculdade, comprar uma casa ou qualquer objetivo do tipo. 

As famílias também costumam ser clientes frequentes. Nesse caso, vemos com bastante frequência pessoas que desejam manter o patrimônio familiar, estabelecer planejamentos sucessórios e definir heranças, por exemplo.

Essas duas vertentes de atuação têm apresentado uma mudança bem interessante nos últimos anos, aliás: hoje, a contratação desse tipo de serviço não parte apenas de quem detém grandes fortunas – um estigma bastante comum até então.

 Por fim, temos as empresas. Não raro empreendedores contratam Financial Advisors para encontrar meios e estratégias mais efetivas de fazer o seu negócio dar o giro e prosperar. Lembra de quando eu mencionei que a expertise desse profissional se estende pelos campos legal e fiscal, para além do financeiro? Pois é, eis aqui mais um grande benefício não somente para indivíduos e famílias, mas definitivamente também para empresas.

Agora, já que mencionei a contratação por parte de empresas, você deve estar se perguntando…

Advisor tem relação com banco ou corretoras?

Não! Um Financial Advisor é um profissional independente e sob nenhuma hipótese pode estar vinculado a um banco ou corretora

Esta regra, aliás, vem do princípio ético de que a sua atuação deve atender unicamente aos objetivos de seus clientes, sem favorecer nenhuma instituição durante o exercício de seu trabalho.

O que faz um Financial Advisor?

Conseguiu, até aqui, ter uma noção mais completa de como é a profissão de Financial Advisor? Agora, eu quero entrar em detalhes sobre a sua atuação.

Análise de custos

Esta parte do trabalho pode ser bastante distinta dependendo do cliente em questão. No caso de empresas, os custos irão contemplar, naturalmente, as despesas relacionadas à produção de bens e serviços, de manutenção de equipamentos e de pagamento de funcionários, por exemplo. 

Indivíduos e famílias terão, por outro lado, outras despesas a serem consideradas, de cunho mais pessoal.

Seja como for, o Financial Advisor terá a responsabilidade de mapear todos esses custos a fim de construir uma base de informações que irá sustentar outras tarefas de sua rotina, como gestão de dívida e corte de gastos.

Relatórios financeiros

Aqui, cabe mencionar outro princípio ético inerente à profissão: a transparência. Estes relatórios existem para deixar o cliente a par de sua situação financeira e do status das estratégias que estão em andamento.

Normalmente estes registros serão apresentados de forma periódica, em momentos nos quais Advisor e cliente irão verificar, juntos, os resultados do trabalho do profissional a fim de detectar possíveis melhorias que venham para atingir os objetivos e expectativas combinados no fechamento do contrato.

Análises financeiras

Qual a situação financeira atual desta família? Como está, exatamente, o fluxo de caixa desta empresa?

As análises financeiras seguem a mesma lógica da análise de custos. Aqui, porém, temos um olhar mais abrangente sobre tudo o que envolve as finanças do cliente: pormenores legais e fiscais, reserva de emergência, gastos, rendimentos, salários e dívidas. 

Esta é uma tarefa minuciosa. Afinal, é a partir desta análise que se poderá encontrar estratégias para melhorar a saúde financeira do cliente e alinhar todas as expectativas deste em relação ao trabalho do Advisor.

Conselhos de investimento

O aconselhamento em relação ao mercado de investimentos é outra forma de atuação bastante comum. Primeiramente, é preciso compreender o cliente. Mais do que isso: neste caso, não me refiro somente à compreensão sobre a situação financeira do indivíduo, da família ou da empresa, mas de realmente entender seus sonhos, objetivos, expectativas e dificuldades.

A partir da junção desses dois tipos de conhecimento, o Financial Advisor deve estudar quais são os títulos de investimento mais adequados para cada situação.

Uma dica: aqui, cabe ao profissional, antes de tomar qualquer ação, traçar um bom perfil de investidor de seu cliente – e que este seja reaplicado de tempos em tempos, para contemplar quaisquer mudanças que aconteçam com esse perfil. Esta técnica envolve perguntas de cunho pessoal e financeiro, especialmente desenvolvidas para atingir um grau profundo de compreensão sobre quem vai investir seu patrimônio.

Gestão da dívida

No começo desse artigo eu mencionei que, independente de quem contratar um Financial Advisor, este cliente terá dívidas para honrar. Essa, inclusive, é uma parte bem importante da atuação desse profissional.

Por isso, o Advisor deverá mapear as dívidas, organizá-las, estudar rendimentos, objetivos e salários e encontrar a melhor forma de geri-las e, é claro, de liquidá-las. 

Análise de cobertura de seguro

As opções de seguro são inúmeras, você já deve saber disso. Para muitas pessoas, as diferentes apólices são incompreensíveis e, dessa forma, fica difícil fazer uma escolha inteligente na hora de contratar alguma.

Assim, o Financial Advisor também precisa oferecer expertise sobre o mercado de seguros, a fim de conseguir traduzir seus pormenores para seus clientes e sugerir opções assertivas, que se enquadrem na realidade e na necessidade de seus assessorados.

Planejamento tributário

Lidar com a saúde financeira de alguém jamais abrangerá somente o dinheiro em si. Tão importante quanto este mercado, os aspectos fiscais e referentes à legislação do país também são fundamentais para o exercício da profissão e para o sucesso dos clientes.

Assim, além de esclarecer leis a fim de segui-las corretamente, o Advisor também pode sugerir possíveis economias nos custos fiscais – uma vantagem bem especial para empresas, aliás.

Planejamento de aposentadoria

Um dos maiores requisitos de pessoas físicas em busca de um Financial Advisor é a definição de um bom planejamento para quando chegar a hora de se aposentar. 

Nesse grupo de clientes, não somente há pessoas prestes a encerrar suas atividades no mercado de trabalho, mas também jovens que desejam se organizar com antecedência e garantir um futuro confortável.

Planejamento imobiliário

Eis aqui um sonho que ainda é compartilhado por muitos: o da casa própria. Assim, uma das maiores razões pelas quais famílias e indivíduos buscam um Financial Advisor é o desejo de adquirir um imóvel – e de ter uma ajuda profisisonal para lidar com toda a burocracia que isso abrange. 

Por outro lado, temos também quem precise vender e administrar imóveis e até empresas com escritórios físicos que possam aproveitar, neste âmbito, as vantagens de ter a expertise de um Financial Advisor ao seu dispor.

Planejamento de financiamentos estudantis

Um diploma também é um objetivo bem frequente e que requer um planejamento enorme quando precisamos arcar com todos os gastos relacionados.

Um Financial Advisor não atua somente em conjunto com a própria pessoa que deseja estudar, aliás. Muitas vezes, famílias adiantam esse planejamento em prol de um bom futuro para filhos e filhas que ainda são crianças.

Vale a pena ser um Financial Advisor?

Ao analisar o trabalho de um Financial Advisor de perto, é impossível não constatar que sua atuação é ampla e sua expertise é gigante. Assim, também é fácil deduzir que essa é, sem dúvidas, uma profissão que vale a pena.

Para mostrar isso para você, eu trouxe algumas informações e tendências sobre a profissão e seu mercado que, acredite, são bastante otimistas e encorajadores.

Financial Advisor prospects

Seja Gen Z ou Millennial, é gritante o fato de que as gerações mais novas demonstram um interesse e uma preocupação sobre suas vidas financeiras que os mais velhos não demonstravam na juventude. 

Daqui pra frente, portanto, teremos levas cada vez maiores de pessoas em busca de soluções consistentes que as ajudem de verdade a lidar com o dinheiro e extrair o melhor dele, seja de forma individual, dentro de suas famílias ou até como empreendedores.

Ao mesmo tempo que vemos essa onda comportamental se formar entre os mais novos, temos a influência do mercado financeiro alcançando públicos que antes não percebiam a sua importância. Ou seja: as gerações mais velhas também têm se mostrado mais dispostas a economizar, investir e planejar.

O cenário também é otimista no que diz respeito à relação desses públicos com os Financial Advisors. Todas essas pessoas determinadas a trabalhar sua saúde financeira estão contratando esses profissionais?

A resposta para essa pergunta implica em uma oportunidade de ouro para a sua carreira: o mercado financeiro ainda não conta com tantos Financial Advisors assim, suficientes para suprir essa demanda. Quanto menor a concorrência for, maiores são suas chances de prosperar.

Ainda sobre o que o presente e o futuro reservam para essa profissão, há algumas tendências de mercado e de público que impactam diretamente a atuação de um Financial Advisor – e conhecê-las pode ser a sua carta na manga. Olha só:

Como ser um bom Financial Advisor?

Como você pode perceber, o mercado tem apresentado um comportamento bem específico, com a mudança de comportamento das gerações mais velhas e a sede por informações das gerações mais novas.

Na prática, mais do que apenas demandarem profissionais que as ajudem a conquistar saúde financeira, ambos os públicos tem algumas exigências em comum em relação ao trabalho dos Financial Advisors. Dá uma olhada nessa lista:

  • Transparência;
  • Credibilidade;
  • Agilidade;
  • Adequação à tecnologia;
  • Acessibilidade (para clientes de todos os portes).

Para onde todas essas exigências apontam? Para o desenvolvimento de soft skills dos Advisors, ou seja, habilidades comportamentais, complementares às técnicas. 

Transparência e credibilidade são necessidades clássicas. Afinal, um cliente que compartilha informações privadas sobre seu patrimônio deseja, naturalmente, que o profissional em questão honre essa confiança.

Essa sensação de segurança, por sua vez, pode ser trabalhada de várias formas: comunicação consistente, informações transparentes, relatórios completos e plataformas de divulgação bem trabalhadas, por exemplo.

No que tange à tecnologia e à agilidade, temos um público ávido por informações e que as desejam com rapidez. Assim, cabe ao Financial Advisor encontrar formas de adaptar o seu trabalho à era digital que vivemos, utilizando a tecnologia ao seu favor.

Por fim, a acessibilidade é um ponto que eu já comentei anteriormente: o aconselhamento de um Financial Advisor deixou de ser uma vantagem exclusiva dos detentores de grandes fortunas. Assim, esses profissionais precisam ser acessíveis e mostrar-se preparados para atender públicos diversos, com patrimônios diversos também.

Quanto ganha um Financial Advisor?

A média salarial no Brasil para a profissão de Financial Advisor é de aproximadamente R$7.000, podendo ultrapassar os R$10.000.

A remuneração, é claro, mudará de acordo com a experiência e a formação de cada profissional, bem como da região do país na qual atua. 

É importante ressaltar que a precificação do trabalho não deve incluir comissão sobre o rendimento de ativos, uma vez que isso pode ocasionar conflito de interesses entre assessorado e Advisor. 

Em contrapartida, há uma taxa de performance que pode ser agregada à remuneração. Funciona assim: quando o desempenho dos ativos de uma carteira supera algum benchmark, pode ser negociada, entre contratante e contratado, uma espécie de comissão. Lembre-se: essa não é uma regra, mas sim um acordo.

Como ser um Financial Advisor?

Primeiramente, eu quero reforçar que não há uma fórmula exata no que diz respeito à educação formal. Porém, há, sim, uma série de caminhos possíveis que podem te ajudar a chegar lá, e a conquistar todo o conhecimento necessário para atuar como um Financial Advisor.

As graduações mais comuns são a de Administração de Empresas e Economia. Ambas podem te dar uma boa base para continuar a escalar a sua carreira no futuro. 

No âmbito das certificações, a CFP (Certified Financial Planner), da Planejar, é a mais indicada. Além de ser um selo de grande prestígio, o exame é baseado em padrões internacionais e avalia o seu conhecimento sobre uma gama enorme de áreas financeiras e similares – um exame bastante completo, que não somente te capacita a atuar como Financial Advisor, como também traz credibilidade ao seu trabalho.

Para quem está começando agora a carreira no mercado financeiro, as certificações mais básicas também são extremamente importantes para trilhar essa jornada, como a CPA-10, CPA-20 e CEA. Todas estas são selos que vão construir sua expertise e sua experiência para se tornar um profissional mais completo no futuro.

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