Essa aqui é uma taxa muito confundida com a TJLP, a Taxa de Juros de Longo Prazo, porém a TLP é a Taxa de Longo Prazo. Ou seja, você deve ter muito cuidado com isso!

Tínhamos a TJLP

Se tínhamos – preste atenção, tínhamos do passado – a TJLP era uma taxa do BNDES para conceder empréstimos a longo prazo. Contudo, existíam alguns problemas com ela.

Um destes problemas é que a taxa era baixíssima, mas era necessário captar recursos a longo prazo para abastecer a oferta de crédito. Bem diferente do cenário que possuímos hoje.

A captação dos recursos acontecia pela Taxa Selic ou NTN-b.

Só que, já imaginou se o BNDES captase a 8% ao ano e emprestase a 3% ao ano?

Se todo mundo pagasse os empréstimos teríamos um défict de mais ou menos 5% ao ano. Logo, neste ritmo todo esse “bagulho” iria quebrar.

Assim, foi necessário haver diversas mudanças dentro desse assunto, surgindo então a Taxa de Longo Prazo.

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Surge uma nova taxa: a Taxa de Longo Prazo

A TLP, do mesmo modo como a TJLP, também é uma taxa de longo prazo, porém nesta o BNDES repassa o custo da captação.

Qual é esse custo?

O custo dela é da NTN-b para 5 anos. Desta maneira, o custo de empréstimo repassado para as empresas é da taxa de juros + a correção pelo IPCA.

Além disso, ela funciona a partir de suas características:

  • Calculada e divulgada pelo BACEN;
  • Taxa de juros utilizada pelo BNDES;
  • Teve início em 2018.

É importante você saber que esta taxa tende a se modificar gradualmente. Isto é, sua intenção é deixar de indexar a TLP pela inflação. Então, sua formulação contaria somente com um índice de juros pré-fixados encontrados no mercado, realizando assim sua transição a cada cinco anos.

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Mas, por que aconteceu a mudança de taxas?

Bom, já falamos que com a Taxa de Juros de Longo Prazo podería haver um défict com o passar do tempo, porém, vale você saber mais.

A TJLP sempre foi definida por uma entidade governamental, o Conselho Monetário Nacional (CMN), ou seja, estava sempre sujeita a decisões políticas, o que levava a uma situação onde os juros poderiam ser baixos por vontade do governo.

Deste modo, se por um lado esta operação subsidiava o crédito, por outro esta taxa impactava de forma negativa as contas públicas. Assim, ocorria o défict.

Consequentemente, com a mudança, os juros do BNDES deixam de ser subsidiados, e a Taxa de Longo Prazo utiliza as taxas de juros encontradas no mercado, que são maiores ao seu custo de captação.

Logo, a cobrança desta se tornou mais adequada, visto que, diminuiu presença política sobre os bancos.

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