Todo mundo quer tomar as melhores decisões sobre o próprio dinheiro. Ninguém age de forma a ter prejuízo — isso é bastante óbvio. Entretanto, alguns “equívocos” comportamentais podem prejudicar a nossa tomada de decisão. O nome de todo esse conceito? Finanças comportamentais.

Muitas vezes acreditamos que estamos sendo racionais. Porém, não é raro que as nossas emoções nos atrapalhem. Para driblar esses obstáculos, não tem jeito: é preciso entender eles.

Isso porque a partir do momento em que você passa a identificá-los, vai saber também como contorná-los. E eu não trago esse assunto aqui apenas para te ajudar a ser um profissional melhor no dia a dia. Sabia que isso também é conteúdo de prova?

Presta atenção nos seguintes vieses comportamentais:

  • Heurística da representatividade: este viés se trata da tendência que o ser humano tem em julgar os demais por meio de estereótipos
  • Heurística da disponibilidade: tendência que temos em tomar decisões baseadas apenas em fatos e informações
  • Heurística da ancoragem: quando tomamos uma decisão tomando como referência unicamente a situação atual na qual nos encontramos

Entendeu todos? Agora, vamos dar uma olhada em como essa teoria toda se manifesta na prática.

O viés de confirmação

Suponha que sua intenção seja investir em ações de X empresa. Ao sondar o terreno para garantir que essa é realmente uma boa decisão, você vai acabar sendo parcial.

Em outras palavras, vai dar mais importância aos argumentos que confirmem a sua ideia de que investir nessa empresa é um bom negócio. Por consequência, vai ignorar todos os fatos que apontem o contrário.

Um bom profissional da carreira bancária sabe identificar esse viés. Logo, será racional o suficiente para pesar os prós e os contras de uma decisão sem que esse viés o afete.

O viés do retrovisor

Basicamente, esse viés se resume à tendência de tratar eventos do passado como se eles tivessem sido previsíveis. 

Após uma crise, por exemplo, sempre surgem ideias e mais ideias de como ela poderia ter sido facilmente evitada e prevista. Contudo, se fosse mesmo assim tão fácil, por que ela teria acontecido?

Em suma, você deve manter o passado em vista como fonte de informação, sim. Porém, para prevenir erros futuros.

O viés do excesso de confiança

Depois de muito tempo lidando com finanças, nos sentimos mais seguros e experientes. E isso, é claro, faz todo sentido. 

Entretanto, nada nos torna imunes ao risco de errar. O profissional que se esquece disso tende a tomar decisões sem ponderar muito. Logo, se expõe a riscos desnecessários. Quem nunca confiou demais no próprio taco, não é?

O viés do comportamento de manada

Somos seres sociáveis. Ou seja, adoramos fazer parte de um grupo e, naturalmente, de estar de acordo com a maioria. 

É por isso que muitas decisões são tomadas unicamente pelo fato de que é isso que todas as outras pessoas têm feito. Aqui, o meu conselho é: seja independente.

Antes de tomar qualquer decisão, estude sobre ela. Seja crítico, cético e racional. Essa, sim, é uma forma efetiva de reduzir riscos.

As finanças comportamentais serão sempre parte da sua rotina

Eu sou um ser humano e você também é. Obviamente, sentimos emoções e deixamos, muito mais do que gostaríamos, que nossos sentimentos afetem nossas ações. Não há como a gente aprender a parar de sentir. Podemos, entretanto, aprender como lidar com essas emoções.

É por isso que as finanças comportamentais devem ser compreendidas para muito além da prova CPA-20 e CEA, por exemplo. Inclusive, essas certificações não abordam esse assunto à toa. É porque você realmente precisa aprender a ser racional.

Portanto, volte sempre a esse artigo quando tiver dúvidas. Estude as finanças comportamentais, faça uma jornada de autoconhecimento e aprenda a não se sabotar. Acredite, o seu dinheiro e a sua carreira agradecem.

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