Se você acompanha o noticiário do mercado financeiro, provavelmente já se deparou com a notícia de que determinado grupo se tornou o acionista majoritário de uma empresa. Isso significa que passou a deter mais de 50% das ações com direito a voto e, com isso, assumiu o controle da companhia.

O que muita gente não sabe é que existem empresas criadas justamente para esse fim. São as chamadas holdings companhias cuja principal função é controlar outras empresas por meio da participação acionária. Em outras palavras, elas são a estrutura por trás de muitos grandes grupos empresariais.

Quer entender melhor como tudo isso funciona? Então fica comigo! Neste artigo, você vai descobrir:

  • O que é uma holding?
  • Como funciona uma holding empresarial?
  • Quais as funções de uma holding?
  • Quais são os tipos de holding?
  • Como criar uma holding?
  • Quais as diferenças entre holding, joint venture e truste?
  • Quais são as vantagens de uma holding?
  • Quais as desvantagens de uma holding?
  • Quando abrir uma holding?
  • Quais os exemplos de holding no Brasil?
  • Como diminuir custos com uma holding empresarial?
  • Vale a pena criar uma holding?

Vamos nessa?

O que é uma holding?

No mercado financeiro, o termo holding é utilizado para designar companhias que atuam como controladoras de uma ou mais empresas, geralmente listadas na bolsa de valores. A palavra vem do inglês to hold, um verbo com múltiplos significados, mas que, neste contexto, pode ser traduzido como “manter” ou, de forma ainda mais precisa, “controlar”.

Uma holding pode ser entendida, portanto, como a empresa por trás de um grupo empresarial — razão pela qual também é chamada de “empresa-mãe”.

Como normalmente detém a maioria das ações ordinárias — aquelas que dão direito a voto em assembleias de acionistas —, a holding é responsável por definir e gerir as políticas internas das suas subsidiárias. Apesar disso, esse tipo de companhia costuma não ter operações comerciais próprias.

As empresas sob gestão de uma holding podem atuar no mesmo setor ou em áreas completamente distintas, sem qualquer ligação entre si. Além de ações, é comum que essas companhias também detenham outros tipos de ativos, como títulos, marcas registradas, patentes, imóveis, fundos de investimento, entre outros.

Como funciona uma holding empresarial?

O verbo hold (controlar/manter), do qual deriva o termo holding, dá uma ideia clara de como esse tipo de companhia funciona: as holdings têm como principal fim deter ativos em outros negócios, influenciando direta ou indiretamente as suas atividades.

O poder dessa influência, porém, depende do tamanho da participação da holding em cada empresa na qual aplica.

 No caso de participações minoritárias (comum em “holdings de participação”, das quais falarei adiante), essa interferência é menos sentida. Atuando como sócia majoritária — ou seja, possuidora da maior parte das ações —, porém, a holding possui poder de controle sobre as subsidiárias, influenciando as decisões do conselho deliberativo

Via de regra, sua função não é operacional, mas apenas administrativa. Ou seja, as companhias controladas costumam operar por conta própria, de forma independente. A empresa-mãe preocupa-se apenas com a organização da estrutura de capital, tomando decisões estratégicas e definindo políticas internas.

Assim como qualquer acionista, as receitas de uma holding vêm, na maioria dos casos, da sua participação na distribuição de dividendos das empresas das quais detém ações. Além do controle acionista sobre outras companhias, a empresa-mãe, porém, pode ainda incrementar os seus lucros com atividades secundárias, como a participação em fundos de investimento, por exemplo.

Quais as funções de uma holding?

As funções de uma holding são de ordem administrativa, não operacional. Isto é: cada subsidiária possui sua própria gestão interna e opera de maneira independente. A empresa-mãe atua influenciando as decisões do conselho deliberativo e de assembleias de acionistas

Como controladora, entre suas atividades mais comuns estão:

  • Centralizar decisões financeiras, como a distribuição de dividendos;
  • Definir diretrizes estratégicas para o grupo empresarial;
  • Distribuir recursos entre as subsidiárias;
  • Gerir a estrutura de capital das empresas pertencentes ao grupo;
  • Implementar políticas corporativas;
  • Intervir em fusões, aquisições ou desinvestimentos;
  • Monitorizar o desempenho e as ações das subsidiárias — sem interferência direta nas operações diárias;
  • Otimizar a eficiência tributária;
  • Padronizar políticas internas e de governança corporativa;
  • Proteger o patrimônio dos sócios ou do próprio grupo;
  • Reorganizar sociedades controladas.

A depender do tipo de holding — como explicarei melhor a seguir —, esse tipo de companhia pode ainda assumir outras funções mais específicas. Uma das razões por trás das chamadas holdings familiares, por exemplo, é o planejamento sucessório, que facilita a transmissão de bens entre gerações com segurança jurídica e eficiência fiscal.

Quais são os tipos de holding?

As holdings são comumente classificadas de duas formas principais, a depender do critério considerado:

  1. Quanto à natureza de atuação:
    • Holding pura;
    • Holding mista.
  1. Quanto à finalidade ou objetivo:
    • Holding patrimonial;
  • Holding familiar;
  • Holding administrativa;
  • Holding de controle;
  • Holding de participação.

É possível pensar nessas duas categorizações como camadas sobrepostas. Assim, uma mesma holding pode acumular características de ambas as classificações, formando diferentes combinações possíveis entre o tipo de atuação (pura ou mista) e a finalidade (patrimonial, familiar, administrativa, etc.). Por exemplo, uma holding pode ser patrimonial pura, administrativa mista — e assim por diante.

Para tornar tudo mais claro, óbvio, faz falta compreender melhor o que caracteriza cada uma dessas categorias. É exatamente isso que você verá a seguir:

1. Holding pura

Tipo mais comum no mercado, as holdings puras são aquelas criadas com o propósito único de controlar outras companhias. Ou seja, não exercem nenhuma outra atividade econômica além da participação acionista.

Dessa forma, as suas receitas provêm exclusivamente dos dividendos distribuídos pelas empresas subsidiárias que controlam.

2. Holding mista

As holdings mistas recebem esse nome porque, além de exercerem o papel de holding — isto é, controlar outras companhias —, também atuam em atividades empresariais próprias. São, em outras palavras, empresas que mantêm operações comerciais ou industriais paralelamente à função de holding.

Diferentemente das holdings puras, esse modelo gera receitas a partir de duas fontes: os dividendos recebidos das empresas controladas e os lucros provenientes da sua própria atividade operacional.

3. Holding patrimonial

A holding patrimonial é criada com o objetivo de gerir o patrimônio de seus sócios ou de famílias, como imóveis, integrando esses bens ao capital social da organização. 

Seu objetivo é centralizar e facilitar a gestão e o planejamento, além de permitir uma maior eficiência fiscal.

4. Holding familiar

Variante da holding patrimonial, a holding familiar é criada especificamente com o propósito de organizar o patrimônio de uma família e facilitar o planejamento sucessório. Pode ser vista, de certo modo, como uma espécie de “empresa familiar” que administra um grupo de negócios pertencentes aos membros de um mesmo clã.

Ao reunir bens, empresas e participações societárias em uma única estrutura, esse tipo de holding evita conflitos entre herdeiros, reduz custos com inventário e garante uma transição mais eficiente e segura do patrimônio entre gerações.

5. Holding administrativa

As holdings administrativas atuam diretamente na gestão e coordenação das empresas subsidiárias. São, em outras palavras, companhias que se tornam sócias de empresas menores, oferecendo uma gestão profissional e centralizada.

Esse modelo de holding centraliza decisões estratégicas, define políticas internas, aloca recursos e monitora o desempenho das empresas controladas, com o objetivo de impulsionar o sucesso e a eficiência do grupo empresarial.

6. Holding de controle

As holdings de controle, como o nome sugere, são companhias criadas com o objetivo de assumir a gestão de uma ou mais empresas, por meio do controle societário.

Esse é o modelo mais comum entre as grandes holdings nacionais. Nele, a empresa adquire a maior parte das ações ordinárias — aquelas que conferem direito a voto — das companhias que deseja controlar.

Na prática, é essa estrutura que define os rumos estratégicos das subsidiárias, exercendo forte influência sobre o conselho deliberativo, assembleias de acionistas e decisões-chave do grupo.

7. Holding de participação

As holdings de participação concentram seus esforços em adquirir participações minoritárias em um amplo leque de empresas. Ou seja, não buscam o controle das companhias, mas apenas manter um percentual acionário com fins estratégicos ou financeiros.

Funcionam, em certa medida, como um fundo de investimento: compram ações de diferentes empresas e geram receita por meio da distribuição de dividendos e da valorização das participações.

Como criar uma holding?

Entre as etapas de planejamento e os trâmites legais, o processo de criação de uma holding não difere, em essência, da abertura de qualquer outro tipo de empresa no Brasil.

O passo a passo básico para criar uma holding costuma seguir estas etapas:

  1. Elaboração de um plano de negócios: definir os objetivos da holding, sua estrutura e os bens ou empresas que serão incorporados;
  2. Planejamento tributário: avaliar o regime fiscal mais vantajoso para o grupo, considerando benefícios e obrigações legais. Vale observar que holdings não podem optar pelo Simples Nacional;
  3. Escolha do tipo societário: decidir se a holding será uma sociedade limitada (LTDA) ou uma sociedade anônima (S/A), conforme o porte e a complexidade desejada;
  4. Redação do contrato social ou estatuto: elaborar um documento que estabelece as regras de funcionamento da holding, os sócios, o capital social e suas participações;
  5. Criação do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica): procedimento feito junto à Receita Federal, após registro da empresa;
  6. Registro nos órgãos competentes: registro do contrato social na Junta Comercial e, se for o caso, em outros órgãos reguladores;
  7. Transferência de ativos: é a etapa final, em que são formalmente transferidos para a holding os bens, participações societárias ou imóveis dos sócios.

Atenção: embora o processo possa parecer simples à primeira vista, abrir uma holding envolve questões patrimoniais, fiscais e societárias mais complexas. Por isso, é altamente recomendável contar com o auxílio de advogados, contadores e consultores especializados.

Quais as diferenças entre holding, joint venture e truste?

Os conceitos de holding, joint venture e truste podem causar alguma confusão, já que todos estão relacionados a formas de reorganização empresarial e à estrutura societária de diferentes empresas. Contudo, essas três modalidades apresentam diferenças importantes. Veja só:

  • Holding: é uma empresa constituída com o objetivo principal de controlar uma ou mais companhias, por meio da posse majoritária de ações ou quotas societárias;
  • Joint Venture: trata-se de um acordo estratégico e temporário entre duas ou mais empresas que se unem para realizar um projeto ou atingir um objetivo comum. Cada empresa mantém sua autonomia, e, uma vez alcançado o propósito, a sociedade pode ser desfeita;
  • Truste: ocorre quando duas ou mais empresas de um mesmo setor se fundem de forma definitiva, formando uma nova companhia. O objetivo costuma ser concentrar poder de mercado, reduzindo a concorrência e aumentando o controle.

Observação: para preservar a concorrência e evitar práticas abusivas, as trustes são proibidas em muitos países, incluindo o Brasil

Por aqui, todas as fusões passam pela análise do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que avalia os termos do contrato para evitar prejuízos ao mercado e aos consumidores. Um exemplo emblemático foi a fusão entre Sadia e Perdigão, aprovada em 2011 com várias restrições para impedir a concentração excessiva do setor.

Quais são as vantagens de uma holding?

As holdings têm se tornado cada vez mais comuns — só no Brasil, já são mais de 100 mil empresas desse tipo. Mas por que esse modelo de negócio tem ganhado tanta popularidade? A resposta está nas diversas vantagens estratégicas que uma holding pode oferecer. As mais notáveis são:

  • Planejamento financeiro e tributário: facilita a organização das finanças e permite reduzir a carga tributária de forma legal;
  • Planejamento estratégico integrado: holding pode alinhar os objetivos de todas as empresas do grupo, otimizando decisões de longo prazo e aproveitando sinergias entre elas;
  • Proteção patrimonial: resguarda os bens da família ou da empresa contra riscos e dívidas;
  • Planejamento sucessório:  facilita a transferência de bens e empresas para herdeiros, evitando conflitos familiares e altos custos com inventário;
  • Diversificação de investimentos: permite reunir diferentes ativos e negócios numa única estrutura, o que facilita a diversificação e o crescimento patrimonial;
  • Benefícios tributários: simplifica a tributação e, a depender do regime adotado, possibilita o pagamento de menos impostos em comparação com empresas operacionais ou pessoas físicas;
  • Separação entre empresas do grupo: cada empresa controlada pela holding mantém sua autonomia jurídica, o que limita o risco de uma eventual crise em uma subsidiária afetar todo o grupo;
  • Economia de escala: reduz custos ao centralizar atividades administrativas, financeiras e contábeis;
  • Facilidade para realizar diferentes investimentos: a holding pode investir em diversos setores ou ativos sem precisar abrir novas empresas para cada operação, reduzindo burocracia e custos;
  • Centralização das decisões financeiras: neste modelo de negócio, as decisões estratégicas e financeiras ficam concentradas em uma estrutura única, o que favorece a governança e o alinhamento dos objetivos do grupo.

Quais as desvantagens de uma holding?

Os benefícios de abrir uma holding são diversos, mas como qualquer outro tipo de empresa, esse modelo de negócio não é perfeito. A formação de uma holding pode trazer diferentes tipos de prejuízo, seja para os administradores, para as subsidiárias ou, ainda, para os consumidores e investidores:

  • Custos de criação e manutenção: a constituição de uma holding exige investimento inicial com assessoria jurídica, contábil e societária. Mesmo que não exerça atividade operacional, ainda há custos contínuos de manutenção;
  • Complexidade de gestão: gerenciar um grupo de empresas exige uma estrutura administrativa mais robusta e maior capacidade de coordenação, especialmente quando as subsidiárias atuam em áreas diferentes;
  • Exploração de subsidiárias: pode acontecer da holding priorizar seus próprios interesses, em detrimento das necessidades específicas das subsidiárias, prejudicando a autonomia e desempenho das empresas que controla;
  • Risco aos investidores de subsidiárias: decisões centralizadas na holding podem afetar negativamente o desempenho e a valorização das empresas controladas, gerando insegurança para investidores, principalmente os minoritários;
  • Risco de carga tributária maior: holdings sem planejamentos fiscais adequados podem ter incidência duplicada de impostos ou anular benefícios fiscais;
  • Risco para o mercado e consumidores: holdings que concentram grande fatia de um setor podem enfraquecer a concorrência, o que, em última instância, pode afetar negativamente os preços, inovação e qualidade de produtos e serviços;
  • Risco de fraudes em contas de subsidiárias: a estrutura complexa pode dificultar a fiscalização interna e externa, abrindo brecha para manipulação contábil, omissão de passivos ou movimentações entre empresas para mascarar resultados.

Quando abrir uma holding?

Uma das principais vantagens de uma holding é a facilidade para incorporar novos investimentos, sem a burocracia e os custos envolvidos na abertura de novas empresas — tudo é feito por meio de participação societária.

Além disso, os benefícios tributários costumam ser determinantes para a sua constituição. Holdings permitem, por exemplo:

  • A compra de imóveis com carga tributária reduzida, em comparação com a aquisição por pessoa física;
  • Tributação mais eficiente sobre ganho de capital, especialmente na venda de bens ou participações societárias.

Por fim, a estrutura também é muito vantajosa para o planejamento sucessório, pois permite antecipar a transmissão de patrimônio com menor incidência de ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), além de evitar o inventário judicial — o que reduz prazos, custos e riscos de conflitos familiares.

Quais os exemplos de holding no Brasil?

Todo conceito fica mais fácil de entender e fixar com exemplos conhecidos, não é mesmo? Por isso, abaixo cito algumas holdings famosas com atuação no Brasil — muitas das quais com certeza você provavelmente já conhece ou pelo menos já ouviu falar:

  • Itaúsa: holding pura que controla empresas de diferentes setores como o Itaú Unibanco, Duratex, Elekeiroz, Alpargatas, entre outras;
  • Bradespar: holding de participações do grupo Bradesco, com destaque para investimentos na mineradora Vale;
  • Votorantim:  uma das maiores holdings do Brasil, atua nos setores de cimento, energia, metais e financeiro. Entre as empresas que controla estão a Votorantim Cimentos e o Banco Votorantim, entre outras;
  • J&F Investimentos: uma das maiores holdings privadas do país, a J&F controla uma série de subsidiárias como a JBS, PicPay, Canal Rural, Eldorado Brasil, Banco Original;
  • Equatorial energia: holding que controla diversas distribuidoras de energia elétrica no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

Além de empresas nacionais, vale ainda citar aqui um par de exemplos de holdings globais, com algum grau de presença no Brasil:

  • Alphabet: conhecida principalmente como controladora da Google, a Alphabet também está por trás de marcas como Calico, Capital G e muitas outras
  • Berkshire Hathaway: maior holding do mundo, a empresa liderada pelo famoso investidor Warren Buffett conta detém participações em gigantes do mercado global como American Express, Apple, Coca-Cola, Duracell, entre outros.

Como diminuir custos com uma holding empresarial?

Ter uma empresa-mãe (holding), responsável por fazer a gestão de todas as controladas, pode resultar na diminuição de custos para o grupo empresarial, por uma série de motivos:

  • Economia em escala: a centralização de processos — como contabilidade, jurídico, compras ou RH — reduz a duplicação de estruturas e permite diluir custos fixos entre várias empresas do grupo;
  • Poder de barganha: com maior volume de compras concentradas em uma só entidade, a holding pode negociar melhores condições comerciais com fornecedores e prestadores de serviços;
  • Mais capital de giro: a gestão unificada facilita o equilíbrio entre as necessidades financeiras das empresas do grupo, otimizando o uso do capital e reduzindo a dependência de crédito externo;
  • Redução de tributos: a estrutura permite um planejamento tributário mais eficiente, com possibilidade de pagar menos impostos sobre lucros, dividendos, ganho de capital e bens patrimoniais;
  • Redução de custos com novos investimentos: a holding pode fazer aportes em novas empresas ou negócios sem os custos de constituir uma nova pessoa jurídica;
  • Planejamento sucessório: evita o processo judicial de inventário, reduzindo custos com taxas, honorários e tributos como o ITCMD.

Vale a pena criar uma holding?

Em geral, esse modelo de negócio é especialmente vantajoso quando há expectativa de crescimento patrimonial, diversificação de investimentos ou a necessidade de um planejamento tributário e sucessório mais eficiente.

Além disso, quanto maior a complexidade da estrutura empresarial ou familiar, mais sentido faz a adoção de uma holding. Ela reduz atritos entre sócios ou herdeiros, otimiza o controle dos ativos e viabiliza decisões mais estratégicas a longo prazo. Outros cenários em que a constituição de uma holding costuma valer a pena incluem:

  • Grupos empresariais com diversos negócios em diferentes setores;
  • Famílias com elevado patrimônio e múltiplos herdeiros;
  • Empresas que buscam proteção patrimonial e blindagem contra riscos jurídicos;
  • Negócios com alta frequência de operações societárias (compra, venda ou fusão de empresas).

Contudo, a decisão deve ser sempre acompanhada de análise jurídica, contábil e tributária especializada. Só assim é possível garantir que os benefícios esperados de fato superem os custos e a complexidade de implementação. Ou, para voltar a questão deste tópico: se vale a pena criar uma holding.


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Perguntas frequentes

Ainda tem dúvidas sobre o tema? Dá uma olhada nas respostas para algumas das perguntas mais frequentes sobre holding.

O que é uma empresa de holding?

Holding é uma companhia criada para controlar outras empresas, geralmente por meio da posse majoritária de ações com direito a voto. Atua como a “empresa-mãe” de um grupo empresarial, sendo responsável por definir estratégias e gerir as políticas internas das subsidiárias.

Quem administra uma empresa de holding?

A holding é administrada por um corpo diretivo que pode incluir sócios, administradores ou um conselho designado para essa função. Como controla outras empresas, cabe à ela tomar decisões estratégicas e coordenar a gestão das subsidiárias, mesmo que cada empresa controlada tenha sua própria equipe de administração.

Como funciona uma holding?

Uma holding funciona como uma empresa que controla outras, por meio da posse de ações ordinárias. Ela não atua diretamente na operação de suas subsidiárias, mas sim na gestão estratégica e financeira do grupo. Seu papel principal é organizar os ativos, tomar decisões administrativas e definir políticas internas. 

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