Hoje falarei sobre os Riscos Inerentes do CDB, os certificados de depósito bancário.

A partir do memento que começamos a investir em algo assumimos um risco. Neste caso o principal risco é o de não receber a quantia investida.

Mas além desse risco primário, temos vários outros que não estão muito claros para muitos investidores.

Nesse artigo vamos abordar diferentes riscos que assumimos na hora de investir em CDBs.

O risco de crédito do CDB

Como dito anteriormente esse é o risco primário, e com certeza o maior de todos. Já pensou aplicar grande parte do dinheiro de uma vida inteira e de repente tudo desaparecer! Como em um passe de magica!

Hoje esse risco está bem menor devido a mecanismos que o sistema bancário nacional desenvolveu ao longo dos anos.

O principal e mais conhecido sem dividas, é o Fundo Garantidor de Credito – FGC. Sem esse tipo de garantia, muitos investidores provavelmente não iriam se arriscar em comprar CDB de bancos pequenos.

Mesmo pagando 120% do DI tal rendimento não seria suficiente para tomar esse tipo de risco. Então temos o FGC dando suporte para tais operações e garantindo até 250 mil reais por CPF e instituição.

Ou seja, vamos supor que o leitor tenha alguns investimentos em diferentes bancos. No banco X que é um dos maiores do Brasil, ele tem maior parte do patrimônio. Em torno de 200 mil reais.

Já no banco Y, o mesmo investidor detém parcela menor cerca de 150 mil reais. Em caso de falência da instituição financeira (qualquer uma delas) o investidor estaria 100% assegurado. Isso acontece devido ao valor inferior aos 250 mil reais, que ele possui em ambos os bancos.

Porem, em um caso extremo onde o cenário poderia ser de uma crise generalizada no sistema bancário e os dois venham a falir, como fica?

Felizmente o investidor está resguardado, pois a garantia é de R$ 250.000,00 por CPF e por instituição financeira.

Compreendeu? Super seguro não é mesmo?

Vale lembrar que tal situação é bem difícil de acontecer. Até porque os grandes bancos vêm com uma espécie de lema…

Too big to fail…

Em português: muito grande para falir! Os grandes do varejo comportam a maioria das negociações diárias no Brasil.

Estamos falando de folhas de pagamento, contas de clientes, fornecedores, financiamentos, investimento no Tesouro Nacional e diverso outras coisas.

Tudo isso poderia virar poeira em caso de falência de uma grande instituição. Fato que ninguém quer que ocorra.

Outros Riscos

Os rendimentos de nossos papeis podem de certa forma representar um risco enorme sobre os nossos ganhos.

Podendo até tornar prejuízos. Uma das formas de investir que ganhou diversos adeptos há pouco tempo, foram as aplicações prefixadas.

Comprar um título com o juro prefixado era um excelente investimento. Na realidade de qualquer forma, esse forma de aplicação representa um risco.

O risco de o juro subir e o seu papel ficar pagando o mesmo rendimento até o vencimento. Em 2015 e inicio de 2016, o Brasil não estava nada bem.

As perspectivas para economia iam de mal a pior, e com isso o juro subia. No mercado futuro o DI chegou a alcançar valores superiores aos 16% ao ano.

Fato que atualmente, é inimaginável. Mas naquele período poderia ser totalmente compreensível.

Se naquele tempo tinham títulos pagando valores acima da Selic, hoje a historia é outra. As reformas estão acontecendo, o lado fiscal está sendo ajustado e com isso as perspectivas estão melhoraram muito.

Ou seja, temos uma Selic menor antes em 14,25% agora em 12,25%. Já a inflação está ficando bem próxima da meta dos 4,5%. Com perspectivas para terminar 2017 abaixo disso.

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Por outro lado, os títulos prefixados hoje, estão pagando menos do que a Selic. Alguns CDB com vencimento mais longo, não pagam acima dos 11%.

O risco com isso é acabar ocorrendo alguma mudança econômica, que possa jogar o juro para cima, enquanto você está comprado em um titulo que é prefixado.

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