Neste tópico vamos abordar sobre as decisões do investidor na perspectiva de finanças comportamentais.

Muitas vezes presenciamos o medo de investir por parte dos investidores. Uma parte se deve ao nosso passado turbulento em que até mesmo as poupanças foram congeladas antes da estabilização econômica.

Mas normalmente isso ocorre por falta de educação financeira, a qual em nosso país é quase nula. E justamente para lhe ajudar neste desafio, escrevi um artigo sobre como perder o medo de investir.

Por este medo ser bem comum, os economistas sempre buscam entender o comportamento dos agentes financeiros. Desta forma fica mais fácil mapear a tomada de decisões referente aos investimentos.

Mas como compreender isso?

Basicamente, o que você deve saber é que existem dois tipos de homens:

  • Homo Economicus x Homo Sapiens

Quando se estuda economia na faculdade, administração ou qualquer coisa de exatas, acreditamos que o ser humano é sempre racional. Mas, isso é bem pelo contrário, não é?

Muitas decisões de nossa vida, não apenas financeiras, são tomadas com base emocional e automática. E é aí que entram os dois tipos de homens: o racional é o Homo Economicus, enquanto o emocional é o Homo Sapiens.

Essa diferenças acaba demonstrando a falha das teorias e modelos econômicos que existem. Por isso que possuímos as Heurísticas.

Heurísticas

Elas possuem vieses comportamentais e influências do nosso histórico emocional, como:

Heurísticas da Representatividade

Avaliação da probabilidade de um evento “B” pelo nível de semelhança do evento “A”.

Exemplo de pessoa:

  • Uma pessoa tímida, retraída, pouco sociável tende a ser?
  • Uma pessoa comunicativa e espontânea tende a ser?

Nós criamos muitos estereótipos para realizar julgamentos, como se resultados passados fossem garantia de resultados futuros. Podemos até pensar que uma pessoa mais tímida vai ser um bibliotecário ou programador. Porém, há números que informam que essas pessoas retraídas trabalham com profissões que necessitam mais abertura.

Por isso que é uma representatividade que possuímos. Funciona como um pré julgamento apenas por vermos alguém parecido com outra.

Heurística da Disponibilidade

Também julgamos um evento pela facilidade em que o exemplo ocorre na sua mente.

Pense: qual a cidade mais violenta, Altamira no Pará, ou o Rio de Janeiro?

Nos ocorre que é o Rio de Janeiro, certo? Logo, é um julgamento pelo disponibilidade de notícias sobre o Rio de Janeiro. 

Mas, você vai saber, até porque estou lhe contando que, Altamira no Pará, é a primeira na lista de cidade mais violenta no Brasil.

Heurística da Ancoragem

Esta está ligada diretamente à Representatividade, sendo o seu desdobramento. A âncora traz um “valor” relevante para a tomada de decisão. 

Pensa comigo: ao ver o preço de quatro 4 tv’s de 40 polegadas por R$ 1.200,00, você tende a acreditar que uma TV de 80 polegadas custa aproximadamente R$ 2.400,00. Correto?

Aqui fizemos uma espécie de ancoragem com as polegadas de cada TV e quem lida com valores reais vai saber que isso é uma inverdade. Visto que, uma TV de 80 polegadas custa em torno de R$ 13.000,00.

Heurística da Aversão à Perda

Maior importância às perdas do que os ganhos. E isso é fato de todo ser humano, damos mais valor sempre ao que perdemos do que quando ainda possuímos algo.

E isso é tudo do nosso psicológico, pois possuímos receio de perder o que já foi ganho.

Como por exemplo, a crise de 2008 fez com que investidores jamais queiram retornar a Bolsa de Valores, em função de suas grandes perdas. 

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