O que é um grupo empresarial?

O termo grupo empresarial serve para identificar um conjunto de empresas que estão sob a mesma administração, geralmente de uma companhia matriz. Essas organizações não necessariamente devem ser parte do mesmo setor ou ter características semelhantes.

Multinacionais costumam ser grandes exemplos de grupos empresariais, bem como grandes marcas que fazem parte de uma holding (matriz). Essa configuração possui operações contábeis e jurídicas específicas e geralmente é criada para fins de domínio de mercado.

Quais são os objetivos de um grupo empresarial?

De forma geral, pode-se dizer que grupos empresariais são formados para manter a estabilidade de suas organizações participantes, bem como de potencializar a lucratividade média do conglomerado.

Além destes, ainda podemos destacar alguns outros objetivos, tais como:

  • Possibilidade de estimular diferentes setores da economia simultaneamente;
  • Assegurar a viabilidade e a longevidade das atividades do grupo;
  • Reforçar o crescimento contínuo das empresas, fortalecendo a sua presença em seus respectivos mercados;
  • Melhorar processos internos e níveis de produtividade;
  • Reduzir custos operacionais.

Como um grupo empresarial funciona?

Naturalmente, há uma hierarquia dentro de um grupo empresarial. Ou seja, seus participantes dividem-se em: organizações controladoras, controladas ou coligadas

O funcionamento de cada uma é o seguinte:

  • Controladoras: também conhecida como holding, é a empresa matriz que administra o grupo e possui o poder acionário sobre as organizações controladas. Um de seus principais papéis é garantir que o dinheiro fique concentrado em um único nicho, desenvolvendo estratégias de circulação de capital entre todos os setores integrantes;
  • Controladas: como seu nome indica, são as empresas administradas pela matriz. Podem oferecer bens ou serviços e ser integrantes de mercados distintos. No balanço patrimonial da controladora, o capital de todas as controladas deve ser informado;
  • Coligadas: estas empresas são apenas parcialmente influenciadas pela controladora. Vale lembrar que, ao contrário do regime de um administração, o sistema de influência depende da porcentagem de participação no conselho administrativo e na diretoria. Se a matriz possuir, por exemplo, de 20% a 49% do capital votante, então a organização em questão será uma coligada. 

Quais são as características de um grupo empresarial?

De acordo com a Lei nº6.404, um aglomerado de empresas, composto por uma controladora e suas controladas ou coligadas, pode formar um Grupo de Sociedades. Dessa maneira, unem esforços e recursos em prol de determinados objetivos ou de empreendimentos em comum — embora este último não seja estritamente necessário.

Nessa estrutura, é a matriz que vai controlar as suas filiadas, direta ou indiretamente. Para tal, pode ser titular de direitos de sócio ou acionista, ou até mesmo por meio de um acordo.

Vale lembrar um detalhe importante: cada grupo empresarial terá personalidade jurídica e patrimônio distintos. É durante a convenção do conglomerado que se estabelecem questões como a estrutura exata, o papel de coordenação e os de subordinação — caso hajam, uma vez que não é necessário a relação de hierarquia entre as empresas.

Como um grupo econômico é formado dentro do grupo empresarial?

Primeiramente, tenhamos em mente que um grupo econômico se forma a fim de otimizar recursos, reduzir custos, compartilhar estratégias e diversificar investimentos. Em suma, é uma maneira bem eficaz de se posicionar melhor no seu mercado.

Dentro de um grupo empresarial, esse conglomerado econômico se manifesta a partir de uma relação de coordenação entre as organizações integrantes. Como já dito, um sistema de hierarquia não é um requisito obrigatório — basta que exista uma holding e que as companhias estejam unidas.

A formação do grupo econômico, então, se dá a partir de três aspectos: formação, personalidade jurídica e responsabilidade dos sócios. Veja só:

  • Formação: um grupo econômico requer a presença de uma empresa matriz para coordenar as demais, sem necessariamente alterar o quadro societário das controladas. Pode ser, portanto, formado por fusões, aquisições ou incorporações, atendendo às demandas do mercado;
  • Personalidade jurídica: todas as empresas que compõem o grupo econômico devem possuir CNPJ próprio, mantendo suas identidades separadas. Além disso, o conglomerado inteiro tem a responsabilidade de focar no esforço em busca de resultados positivos para a holding;
  • Responsabilidades dos sócios: por fim, os sócios do grupo econômico têm suas responsabilidades bem definidas, tais como a responsabilidade do sócio retirante por dois anos, conforme declara o Código Civil.

Quais são as vantagens de um grupo empresarial?

A diversificação do modelo de negócios e a redução dos riscos em investimentos são as duas maiores vantagens de formar um grupo empresarial.

Vamos supor que o país passe por uma grande crise econômica, onde alguns setores são mais afetados do que outros. Nesse caso, esse conglomerado pode reverter seus prejuízos se contar também com organizações de áreas que não foram prejudicadas, podendo até gerar lucros durante o período.

No que tange aos investimentos, é natural que a população prefira aplicar seu patrimônio em empresas (ou grupos) estáveis economicamente, justamente para se prevenir contra grandes oscilações e momentos delicados do panorama geral.

Além dessas vantagens mencionadas, ainda há algumas outras para listar:

  • Redução de custos, especialmente no que diz respeito aos fornecedores;
  • Aumento da competitividade;
  • Potencialização dos resultados;
  • Maior acesso a negócios e opções de negociação;
  • Maior acesso a capital.

Quais são as desvantagens de um grupo empresarial?

Entre as principais desvantagens de um grupo empresarial, temos a complexidade das contas e a dificuldade em formar uma gestão experiente e eficaz nos diferentes setores que o compõem.

Além destas, podemos destacar:

  • Excesso de capitalização;
  • Desvio de poder;
  • Possibilidade de fraudes;
  • Vulnerabilidade ao monopólio.

Note que, ao passo em que investir em um grupo empresarial tem suas vantagens, ainda conta com lados negativos. Conglomerados do tipo podem, por exemplo, ocultar informações mais facilmente ao divulgar seus resultados financeiros, dificultando a análise de suas atividades. 

Por esse motivo, recomenda-se que investidores investiguem de forma profunda as empresas que desejam elencar para fazer suas aplicações. Afinal, cada grupo tem suas particularidades e, por mais que sejam aqui listadas características gerais, o melhor é sempre realizar uma análise personalizada.