O que são bens não duráveis?

Os bens não duráveis são bens de consumo que precisam ser repostos ao cliente final com uma frequência alta. Em outras palavras, são produtos bastante consumidos pela população, que precisam adquiri-los várias vezes por dia ou mês.

Como os itens podem fazer parte de diferentes categorias (cosméticos, alimentos, medicamentos etc.), impactam o cenário de maneiras distintas. No entanto, os padrões comportamentais atrelados aos bens são extremamente relevantes para os sistemas de produção e desenvolvimento econômico do país.

Como os bens não duráveis funcionam?

Os bens não duráveis englobam todos os produtos que são amplamente consumidos pelas pessoas e, por isso, precisam ser repostos com mais frequência — muitas vezes diariamente. 

Vale frisar que essa categoria se refere somente a itens que chegam ao consumidor final, e que são especificamente fabricados para que durem apenas por um curto período de tempo.

Para você entender melhor o funcionamento, pense em todas as refeições que faz em uma semana. Antes de cozinhar, é necessário ir ao mercado para comprar legumes, verduras, carnes e o que mais for necessário. Essas compras, então, precisam ser feitas regularmente, já que os ingredientes naturalmente não duram por anos — como uma televisão, por exemplo — e devem ser repostos periodicamente.

Exemplos de bens de consumo não duráveis

Recapitulando, os bens não duráveis são produtos que têm uma vida útil relativamente curta e são consumidos em um curto período de tempo. Por isso, são substituídos com frequência devido ao uso ou deterioração natural. Confira alguns exemplos:

  • Alimentos perecíveis: frutas, vegetais, laticínios e carne, que têm validade limitada e podem se deteriorar rapidamente;
  • Produtos de higiene pessoal: sabonetes, shampoos, cremes dentais e papel higiênico;
  • Produtos de limpeza doméstica: detergentes, desinfetantes, esponjas e itens similares;
  • Jornais e revistas: publicações periódicas que são lidas uma vez e geralmente descartadas ou recicladas após o uso;
  • Medicamentos: muitos itens dessa categoria são considerados não duráveis, pois têm uma validade específica e são consumidos de acordo com prescrições médicas.

Quais as vantagens dos bens não duráveis?

Como dito, os bens não duráveis, embora sejam diversos, impactam a economia e a rotina da população. Logo, é natural que apresentem algumas vantagens relevantes, tais como:

Preço mais baixo

Itens dessa classificação frequentemente oferecem a vantagem de apresentarem preços mais baixos em comparação com bens duráveis. A razão para isso é que esses produtos são projetados para um ciclo de vida mais curto e geralmente são produzidos em grande escala, logo, possibilitam economias na fabricação. 

Essa característica, portanto, torna os bens não duráveis mais acessíveis a um público mais amplo, contribuindo para a satisfação das necessidades diárias dos consumidores a um custo razoável.

Aqui, aliás, temos umas das maiores diferenças entre esses bens e os duráveis — vamos tomar um carro como exemplo. Quando compramos um automóvel, a intenção é permanecer com o mesmo durante vários anos. Além disso, a fabricação de um veículo é mais complexa do que a de um esmalte ou perfume, o que torna o bem mais caro

Acessibilidade

Os bens não duráveis são produzidos para atenderem às necessidades imediatas e cotidianas da população. Por essa razão, são mais baratos e, consequentemente, acessíveis para um vasto grupo de pessoas, sem que estas precisem comprometer seus ganhos mensais para adquiri-los. 

Aqui, a acessibilidade ainda serve para que mais cidadãos tenham condições de comprarem itens essenciais, como alimentos e produtos de higiene. 

Variedade

Como mencionado no início e como você pode ver na lista de exemplos alguns parágrafos atrás, bens não duráveis são diversos e partes de diferentes categorias. Logo, a população encontra à disposição uma gama vasta de opções, que facilmente atendem às suas preferências individuais. 

Na prática, isso significa que uma pessoa pode escolher entre várias marcas, sabores, tamanhos e características, desfrutando de uma experiência de compra mais precisa e personalizada. 

Flexibilidade

Por serem variados, os bens não duráveis também possibilitam às pessoas uma flexibilidade maior no momento da aquisição de determinado produto, na qual as escolhas podem ser alteradas e adaptadas de acordo com as constantes mudanças nas circunstâncias de cada um e nos padrões de comportamento vigentes.

Os itens, afinal, são normalmente adquiridos justamente para que possam sanar necessidades imediatas, logo, são convenientes e adaptáveis.

Qual é o impacto econômico dos bens não duráveis?

O impacto econômico mais claro dos bens não duráveis diz respeito ao seu estímulo ao consumo. Afinal, dada a sua curta vida útil, fomentam a aquisição regular de novos bens, impulsionando a produção e as vendas. 

Essa alta rotatividade nos leva a outro ponto de relevância geral: a competitividade saudável entre as empresas. Uma vez que os padrões comportamentais e as preferências da população são variados, cada companhia pode aproveitar a chance de investir em inovação e melhorias, impulsionando os negócios.

Além destes dois pontos principais, outros impactos são visíveis, tais como:

  • Aceleração do ciclo econômico;
  • Geração de empregos;
  • Resiliência em tempos de incerteza.

Esse último, inclusive, é um aspecto relevante para investidores também. Como vimos, os bens não duráveis são adquiridos com uma frequência bastante alta pela população e, muitas vezes, são de primeira necessidade — alimentos e remédios, por exemplo. Sob essa perspectiva, aqueles cujo objetivo é investir em ações têm nas grandes empresas desse segmento uma excelente opção de aplicação, uma vez que, mesmo em muitos cenários negativos da economia, são companhias que provavelmente permanecerão com as atividades sólidas frente às adversidades.