Quando falamos em concessão de crédito existem diversas variáveis envolvidas como o risco, prazo, caráter do cliente e outros. Para que você domine esse assunto para sua certificação financeira ou concurso bancário neste material trataremos sobre as principais variáveis do crédito.

Veja o vídeo abaixo para facilitar seu entendimento:

Principais variáveis do Crédito

Todas as características do crédito estão diretamente interligadas. Por exemplo, o carácter do cliente está ligado diretamente com a sua capacidade de gestão. Assim como o patrimônio do cliente, que por sua vez também está ligado diretamente com a garantia de crédito que ele pode oferecer.

Veja detalhadamente cada uma das etapas abaixo:

Caráter do Cliente

O carácter do cliente está muito ligado a pontualidade do cliente no pagamento das contas. Por exemplo, temos dois clientes. Um que em 10 anos nunca atrasou suas contas, e temos outro cliente que mês sim, mês não atrasa uma conta. Obviamente para o banco o cliente que nunca atrasou uma conta é um cliente muito melhor do que o segundo.

Mas Kleber, o cliente que atrasa paga juros se ele está regularizado não?

Aqui temos um quesito muito importante que é o da previsibilidade. Se um cliente nunca atrasou ele é muito melhor para conceder crédito. Pode-se prever com mais facilidade que ele vai pagar em dia.

Quando um banco empresta um valor a um cliente a instituição financeira precisa ter uma previsibilidade que esse dinheiro vai voltar para o banco. Afinal de contas, o investidor (agente superavitário) possa ser pago.

Capacidade de Gestão

Da mesma forma o caráter do cliente está ligado a pontualidade no pagamento de suas contas, temos também a capacidade de gestão do cliente. Você já ouviu aquela frase que: “não importa o quanto se ganha e sim o quanto sobra”?

Ela está relacionada diretamente a capacidade de gestão. Neste caso não importa se o cliente ganha R$30.000,00 por mês se ele gasta R$35.000,00 mensais.

Ou seja, fica bem claro que ele não é um bom pagador. Agora, se tivermos outro cliente que ganha R$2.000,00 mas tem R$0,00 de gastos mensais porque vive com os pais ou algo do gênero a gestão dos recursos acaba sendo muito superior a do que ganha R$30.000,00.

Com esse raciocínio, qual você acha que é o melhor para o banco oferecer um empréstimo? O que já está com a corda no pescoço ou o outro que apesar de ser mais humilde, talvez esteja começando a carreira e ganha um salário menor e não tem nada de dividas?

Obviamente a segunda opção. Há muito menos risco de crédito para a instituição financeira, ou seja, o risco de este cliente (o com renda de R$ 2.000,00) não pagar o banco é muito menor se levado em comparação com o que está com dividas até o pescoço.

Patrimônio do Cliente

O patrimônio do cliente é quanto dinheiro e quantos bens ele possui. Estamos falando de patrimônio liquido, que é quanto dinheiro e bens ele possui subtraindo as suas dividas. Por exemplo, se eu tenho um imóvel que vale R$200.000,00 e devo R$100.000,00 meu patrimônio liquido vai ser de apenas R$100.000,00.

Isso é importante pois o seu patrimônio vai servir de garantia de crédito.

Por exemplo. Eu quero comprar um imóvel, o que eu vou dar em garantia desse financiamento imobiliário? Obviamente é o próprio imóvel. Se eu quero comprar um carro, este meu carro meu carro será a garantia. Faz sentido?

Agora, essa lógica também não é obrigatória. Imagine por exemplo que eu Kleber, tenho um apartamento quitado e eu quero um empréstimo para abrir uma nova empresa, ou qualquer outra finalidade.

Eu não tenho que necessariamente financiar esse novo empreendimento para conseguir dinheiro. É possível chegar em uma instituição financeira mostrando o imóvel para dar em garantia e solicitar um empréstimo de por exemplo R$1500.000,00 emprestado para abrir uma padaria. É possível? Sim.

Oferecendo o imóvel como garantia vai ser muito mais fácil conseguir o crédito do que se eu não desse garantia alguma. E, é por isso que o patrimônio do cliente está relacionado diretamente as garantias de crédito.

Afinal não é necessário necessário um financiamento para obter um empréstimo com taxas menores utilizando uma garantia. Em geral, as garantias podem ser imóveis, automóvel, pode ser uma máquina ou qualquer coisa que possa ser vendido e não perca o valor muito rápido.

Finalidade

Em relação ao contexto ou finalidade, existem duas finalidades principais. Você pode querer pagar uma divida ou fazer um investimento. Por exemplo, meu cheque especial estourou. É uma divida caríssima que custa em torno de 10% a 12% ao mês. Ou ainda eu não tive dinheiro suficiente para pagar o cartão de crédito e entrei no crédito rotativo. O que eu vou fazer?

Todos os consultores financeiros vão te indicar a ir no banco renegociar e procurar uma divida mais barata.

Porém essa divida mais barata você já está usando para sair de outra divida. Isso significa que você está fazendo uma dívida. A outra opção é basicamente um crédito para realizar um investimento como comprar um imóvel, comprar máquinas ou coisas do gênero.

Esses conceitos se aplicam tanto na pessoa física quanto na jurídica.

Se eu quero comprar um imóvel fazendo uma dívida, não deixa de ser um investimento pois terei uma garantia de crédito. É considerado um investimento porque estou o fazendo para melhorar a vida da minha família.

É preciso ter um certo dinheiro para dar de entrada para comprar este imóvel (ou mesmo automóvel) e esse imóvel me fará poupar com aluguel. Outro exemplo é uma empresa que compra uma máquina porque não está dando conta de atender todos os pedidos. Com esse investimento é possível gerar mais lucros.

Revisando

Nesse artigo nós vimos:

  • Caráter do Cliente;
  • Capacidade de Gestão;
  • Patrimônio do Cliente;
  • Finalidade;

Todos estas principais variáveis do crédito são super importantes também para algo que chamamos de Score de crédito. No Brasil o mais conhecido é o Score do SERASA (cadastro positivo) e também tem o Score do próprio banco.

Na hora de ver se o cliente “merece” ou não o empréstimo serão analisados todos estes quesitos que vão gerar uma nota, ou um score. É com base nesta nota que um comitê de crédito que vai decidir se com aquela nota o cliente vai ter ou não o crédito.

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